(por Rafael Lima)Pela primeira vez os rivais de Manchester disputavam uma final de copa. O jogo, além do título da competição, valia a conquista sobre um rival, a oportunidade de manter a chama da tríplice coroa do City acesa e a chance do United de conquistar pela primeira vez em sua história as duas copas do país.A tendência era do Manchester City entrar em campo disposto a dominar a partida territorialmente, enquanto os Red Devils buscariam os contragolpes em velocidade para tentarem surpreender. Porém, o planejamento para o duelo mudou em frações de segundos.Não deu tempo nem de se ajeitar na cadeira e, aos 12 segundos, aproveitando rebatida de Lindelof, Gundogan chutou de fora da área e abriu o placar, fazendo a torcida azul enlouquecer logo de cara.Mesmo após o gol, o City continuou apertando a saída de bola do United e as chances apareciam em abundância. Aos três minutos Rodri aproveitou cruzamento de De Bruyne e cabeceou com perigo. E, dois minutos depois, foi Grealish que tentou de fora da área e a bola também assustou.O jogo teve um hiato de muita disputa no meio-campo, porém, em dois minutos o destino do jogo mudou. Aos 27’, De Bruyne chutou com perigo o que poderia ser o segundo gol do City, mas, dois minutos depois, um pênalti num toque de mão involuntário de Grealish, gerou um pênalti para os Red Devils. Bruno Fernandes bateu e empatou a decisão.Após o gol sofrido, o City adiantou as linhas e tentou pisar mais na área adversária. Porém, o United deu campo para os Citizens, mas tinha o contragolpe encaixado. E, aos 42’, foram os Red Devils que estiveram mais próximos do segundo gol. Depois de um escanteio pela direita, Casemiro raspou de cabeça e Varane, sozinho, jogou a chance fora.E assim, com o City sendo o time que buscava o ataque com frequência e o United muito bem postado com um esquema tático de futebol reativo, apostando em saídas velozes, o primeiro tempo terminou.A etapa complementar começou muito movimentada, o Manchester United parecia não querer ficar só se defendendo, dando um panorama diferente para a partida. Os dois times tentavam imprimir um ritmo mais veloz, o que dava uma premissa de muita emoção.Logo aos cinco minutos, De Bruyne teve uma falta do lado direito para cobrar. Ele fez um sinal para a área e bateu fora dela, encontrando Gundogan sozinho e ele, de primeira, pegou mascado na bola, mas, com certa colaboração de De Gea, ela morreu no fundo das redes. O segundo do alemão e do City na partida, voltando a liderar o placar.O Manchester United tentava povoar mais o campo ofensivo, mas não conseguia reter a bola com qualidade na frente e muito menos finalizar a gol. Se não bastasse, os Red Devils passaram a dar mais espaço ao adversário e aproveitando dessa maior liberdade, os Citizens, aos 16’, por pouco não fizeram o terceiro com De Bruyne, só que dessa vez De Gea fez boa defesa com o pé esquerdo.O tempo passava e o senso de urgência dos Red Devils aumentava. Numa jogada com os zagueiros ganhando campo de ataque, Bruno Fernandes serviu Rashford que bateu com perigo por cima.Porém, do outro lado, os Citizens mostraram que quando atacam é com muito perigo. Três minutos depois, o Manchester City desceu bem pela esquerda, De Bruyne cruzou rasteiro e Haaland bateu muito bem, mas De Gea fez uma defesaça. No rebote, Gundogan colocou na rede, mas estava claramente impedido. Na sequência, o United tentou pegar o City desguarnecido, e Garnacho, que tinha entrado a pouco tempo, bateu com muito perigo, incendiando o torcedor vermelho.Depois dos momentos mais ofensivos do United, o Manchester City voltou a ficar mais com a posse de bola e rondar a área do clube vermelho. E assim, com a bola passeando perto da meta, os Citizens namoravam o terceiro gol. Enquanto isso, do outro lado, os Red Devils eram encaixotados e não mostravam forças para construírem uma jogada consciente, rifando a bola com chutões para a frente.Na base do abafa o Manchester United sufocou o rival na reta final. Aos 46’, num cruzamento na área, Varane bateu mascado com Ortega e a bola beijou o travessão, na sobra, McTominay dividiu de cabeça com Rodri e a bola incrivelmente foi para fora, na última esperança de prorrogação para o torcedor dos Red Devils.A partir daí, os Citizens gastaram o tempo e esperaram para levantar a taça.Final: Manchester City 2×1 Manchester UnitedConquista do time que pratica o melhor futebol do mundo. Que tem em Pep Guardiola um treinador inovador, o maior da história do clube e um dos principais de todos os tempos no esporte, que sabe medir a temperatura do jogo e tem o plantel nas mãos. O Manchester City, a cada taça levantada, segue imprimindo seu DNA vencedor e agora terá muita moral para chegar na final da UEFA Champions League e se colocar entre os maiores clubes do planeta.Mais um título do City, se tornando ainda mais especial por ser em cima do maior rival, que vendeu caro e deixa uma boa perspectiva de futuro, porém, vivendo um momento bem abaixo dos Citizens, que seguem imparáveis na Inglaterra e bem dispostos a estender a supremacia para toda a Europa.
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