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Futebol

Em jogo nervoso, Brasil tem dificuldades na criação e perde para a Argentina no Maracanã

(por Rafael Lima) O Brasil foi a campo em busca de uma recuperação, após pela primeira vez ter duas derrotas seguidas em eliminatórias. Com desfalques pesados de Casemiro, Vinicius Júnior e Neymar, a Seleção Brasileira precisava demonstrar outra postura em relação aos últimos jogos e uma melhor organização em campo, se esperava um time mais compacto e uma entrega maior.A Seleção Argentina, líder das eliminatórias sob a batuta de Messi, estava disposta a afundar o time brasileiro, atuando no erro do Brasil. Com muito mais tranquilidade e uma mescla interessante de juventude e experiência, os campeões do mundo, mesmo fora de casa, não poderiam ser considerados como azarões.Antes do início da partida, se instaurou uma briga generalizada entre torcedores brasileiros e argentinos, além de policiais. Messi chegou a declarar que a Argentina não jogaria, por tamanha barbaridade que acontecia no conflito nas arquibancadas, só que os policiais conseguiram contornar os problemas e deram o aval para que a partida ocorresse normalmente. Assim, os argentinos voltaram a campo e o jogo finalmente deu início.Muita briga e pouco futebolDepois de toda tensão e confusão, a partida começou com os jogadores pilhados. O que se viu nos primeiros minutos foi muita briga, faltas, discussões e nada de futebol. Com 15 minutos, o saldo era de dois cartões amarelos para o Brasil e um nariz sangrando de Rodrigo de Paul.O tempo passava e o panorama da partida não mudava. O Brasil forçava uma marcação por pressão, mordendo bastante a saída de bola da Argentina e isso trazia muitas dificuldades para os hermanos, que não conseguiam jogar de forma compacta, pecando na criação. Já a Seleção Brasileira dava a bola para o adversário e, quando atacava, era na base da correria, sem jogadas criadas naturalmente.Aos 38’, a primeira finalização do Brasil veio numa cobrança de falta de Raphinha, que teve um desvio e levou perigo. A partir daí, a  nossa seleção ensaiou uma pressão, chegou a rondar a área da Argentina, Martinelli levou perigo e os brasileiros foram para o intervalo com um sentimento de que anularam os argentinos e estiveram mais próximos do gol adversário.Cabeçada de Otamendi e drama brasileiroA etapa complementar começou do mesmo jeito em que a primeira se desenvolveu. Muita briga, times com as linhas bem definidas, compactas e com raríssimos espaços para trocas de passes no campo ofensivo. O Brasil tentava acelerar o jogo e a Argentina ficava mais com a bola e cadenciava.Aos 12 minutos, a grande chance do Brasil. Gabriel Jesus fez grande jogada, puxou a seleção para o ataque, se livrou dos zagueiros e deixou Martinelli na cara do gol, mas o atacante chutou em cima de Dibu Martínez.O Brasil era melhor no segundo tempo, porém, num escanteio, aos 17’, Lo Celso bateu o escanteio na cabeça de Otamendi e o zagueiro subiu mais que todos os brasileiros para cabecear no ângulo, sem chances para Alisson. A Argentina, mesmo não fazendo uma boa partida, abria o placar.Após o gol e algumas substituições, o Brasil se desorganizou, tentando pressionar na base do abafa, povoando o campo de ataque, mas sem volume de jogo no meio-campo, a equipe brasileira não criava oportunidades na base do toque de bola.A Seleção Brasileira já tinha dificuldades para criar oportunidades, entretanto, o que era ruim ficou ainda pior. Joelinton acabou fazendo falta em De Paul e o árbitro enxergou como agressão, expulsando o jogador brasileiro em um rigor acima do que ele vinha apresentando.Depois disso, o Brasil ainda tentou fazer chuveirinho na área, Douglas Luiz deu um chute de fora da área e nada mais aconteceu. A terceira derrota seguida da Seleção Brasileira em Eliminatórias acabava de acontecer. Final: Brasil 0x1 Argentina ConsideraçõesO Brasil lutou, se empenhou, mas foi pobre tecnicamente, desorganizado taticamente e se abalou muito quando saiu atrás no placar. Ficou claro que Fernando Diniz não deu liga de forma rápida, a Seleção Brasileira não entendeu a forma dele jogar, o 4-2-4 tampouco deu certo e, assim, estamos vivenciando uma das piores fases da história da equipe canarinho.Algo precisa ser feito rapidamente para que o Brasil consiga dar a volta por cima e passe a apresentar um padrão de jogo condizente com a nossa história.Enquanto isso, do outro lado, a Argentina “jogou para o gasto”, se defendendo com duas linhas sólidas, marcando a cada palmo de campo e tentando esfriar o jogo o tempo todo, buscando uma bola, que veio na cabeçada de Otamendi.Os atuais campeões mundiais e sul-americanos, com a vitória, se mantém na liderança também das eliminatórias, configurando o ótimo momentos do futebol argentino em relação aos resultados.

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