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Tenis

Favoritas ao US Open: Naomi Osaka, a força do Oriente

(por João Vitor Nascimento) A série sobre as principais candidatas ao título do Aberto dos EUA chega ao seu quinto capítulo, com a japonesa Naomi Osaka.Osaka ainda não chegou nem na metade da carreira, mas já pode ser considerada a maior tenista asiática de todos os tempos.Quatro vezes campeã de Grand Slam (guarde essa informação) e dona de uma personalidade singular, Osaka conseguiu, no circuito WTA, e continua conseguindo, superar seus problemas pessoais a cada dia que se passa.Nascida no Japão e criada nos Estados Unidos, desde os três anos de idade, Naomi tem um pai haitiano e uma mãe japonesa. Começou a treinar aos seis anos de idade, e teve uma carreira júnior bem curta, nunca chegando a jogar nenhum grande torneio de base. Decidiu estrear em torneios de nível ITF, no dia do seu aniversário de 14 anos. Mas em 2014, chamou a atenção do mundo quando, aos 16 anos de idade, bateu a ex-campeã do Aberto dos EUA, Samantha Stosur, durante o Stanford Classic. Esta atuação atraiu os olhares para a japonesa.Ascendeu ao top 50 pela primeira vez ao atingir sua primeira final de torneios de nível WTA em 2016, em Tóquio. O título do WTA 1000 de Indian Wells, de 2018, foi somente um prelúdio, do que viria a seguir neste mesmo ano.Em setembro, no Aberto dos EUA, Naomi Osaka derrotou Serena Williams (cuja história inspirou seus pais a incentivarem uma carreira no tênis, para ela e sua irmã mais velha), para se tornar a primeira mulher japonesa a vencer um título de Grand Slam.Venceu torneios deste nível por quatro anos seguidos, o que elevou Osaka ao estrelato global. Foi patrocinada por várias empresas, fez muitas ações de propaganda, foi embaixadora de diversos eventos e organizações, e se tornou uma das atletas mais rentáveis, a nível de marketing, do mundo. Porém, a mais importante e honrosa das ações, foi o convite para acender a pira olímpica dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Uma honraria sem igual, no mundo dos esportes.Infelizmente, a pressão do mundo corporativo e da carreira esportiva fizeram Naomi desenvolver depressão. Após meses jogando mal e sendo eliminada de vários torneios, decidiu tirar um tempo, para cuidar de sua saúde mental, em 2021.Após vários meses parada, Naomi Osaka retornou às quadras no começo deste ano. E teve como seu melhor resultado, o vice-campeonato em Indian Wells. Desde então, tem falhado em recuperar a boa fase. Mas nunca se dá por vencida, e mostra sempre que não deixa a depressão dominá-la novamente.A pergunta que você deve estar se fazendo agora é: “Se a Naomi Osaka está tão mal em quadra, e ainda está em processo de recuperação… Porque motivo ela está na série de favoritas ao título?”A explicação vem do fato de que Naomi tem um total de sete títulos na sua curta carreira. Destes sete, quatro foram Majors. Ou seja, ela tem o DNA de Grand Slam!Osaka é uma jogadora de jogos grandes. Quanto maior o palco em que se apresenta, mais ela brilha. Sendo uma jogadora de força e bem agressiva, Naomi tem, sim, as habilidades necessárias para ganhar de qualquer adversária.Pode mostrar em quadra, para o mundo inteiro, que a depressão é um poço em que se pode sair. Ela já surpreendeu antes, e tem total condição tenística, de chegar ao topo do mundo de novo.

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