(por Rafael Lima) A Argentina foi para a semifinal enfrentar a Croácia, carrasca do Brasil, com uma estratégia pré-definida. Os argentinos deram a bola para o adversário, marcaram bem e souberam partir em transição com velocidade para tornar o jogo mais fácil, construindo os gols necessários para anotar 3 a 0 e se garantir em mais uma final de Copa do Mundo.A Croácia começou a partida controlando o ritmo. Com mais posse de bola e jogadores de toque refinado, a Seleção Croata ditava a velocidade em que o duelo era disputado. O time europeu girava a bola de uma lado para o outro, enquanto a Argentina corria atrás e só marcava, sem conseguir acionar Messi. Os croatas tentavam criar jogadas explorando os pequenos espaços deixados pelos argentinos. Porém, quando a Argentina estava muito retraída, uma bola lançada da defesa encontrou Julián Álvarez na cara de Livakovic, após um choque entre os dois o árbitro marcou pênalti. Messi cobrou a infração e anotou o primeiro da partida. Jogando de forma defensiva e esperando o erro dos croatas, a Argentina abriu o placar, podendo então manter essa postura para trabalhar os contragolpes para tentar ampliar a diferença. E, logo depois, os argentinos ampliaram desta forma. Julián Álvarez, aproveitando a desorganização defensiva da Croácia, foi avançando desde o meio-campo, tabelou com a zaga croata, e só foi parar dentro gol. A albiceleste marcava dois a zero e a seleção sul-americana tomava conta do confronto. Daí até o fim do primeiro tempo, a Argentina tinha a armadilha montada, esperando os croatas para tentar o contragolpe. A Croácia tentava adiantar as linhas e pressionar, mas a lentidão no toque de bola da seleção europeia facilitava a vida da defesa argentina. E assim, com metade dos pés na vaga para a final, atuando de forma consistente, defendendo com duas linhas de quatro jogadores e com muita compactação, os argentinos fizeram um primeiro tempo sólido, diante de uma Croácia totalmente desorganizada em campo. Na etapa complementar a Croácia tentou se lançar ao ataque, mas não conseguia jogar. Tinha a bola, porém, não apresentava repertório, pois as linhas compactas argentinas encaixavam completamente. Não havia espaço para os croatas acelerarem o jogo e a equipe ainda se tornava vulnerável a contragolpes por estar exposta. Em uma jogada de transição rápida, Messi parou em Livakovic. Porém, minutos depois, com cinco defensores, após as mudanças de Lionel Scaloni, os argentinos ficaram ainda mais sólidos com cinco jogadores na defesa, entretanto, não abdicaram ao ataque. O time continuava saindo com velocidade e, com Messi bagunçando com Gvardiol na defesa e cruzando por baixo para Julián Álvarez estufar as redes, a seleção portenha anotou o terceiro tento. Após esse gol argentino, a Croácia desmoronou psicologicamente e já não tinha mais nenhuma organização, indo para o ataque de forma desordenada, sem tabela, aproximação e nem espaçamento do campo, se tornando presa fácil para a defesa Argentina. Os argentinos, por sua vez, descansaram alguns jogadores, controlaram a bola e gastaram o tempo para garantir uma vitória incrível sobre uma abatida Croácia. Aula de futebol da Seleção Argentina.
Futebol
