(por João Zarif)Os primeiros jogos da última rodada da fase de grupos da Copa do Catar colocaram em campo os times do Grupo A. Enquanto Holanda e Catar se enfrentavam em um jogo muito desigual, com o time europeu com amplo favoritismo, na partida entre Equador e Senegal muito equilíbrio, e também muito em jogo. O vencedor estaria classificado, o perdedor voltaria pra casa, e o empate garantia os equatorianos na próxima fase.A equipe do Equador, apostando na técnica de seus jogadores e no controle da posse, com Valencia, Caicedo e Preciado. Já o time africano contava com muita força e velocidade para defender e contra-atacar, liderados pelo ótimo goleiro Mendy, e com excelentes jogadores como Koulibaly, Pape e Idrissa Gueye, além de Saar e Dia na frente.A partida começou como esperado, com o time sul-americano tentando cadenciar o jogo, trocando passes para envolver o sistema defensivo de Senegal, enquanto a equipe senegalesa retomava a posse e acelerava suas ações, buscando aproveitar os espaços dados pela “La tri”, utilizando principalmente Ndiaye pelo lado direito, que infernizava a defesa equatoriana nos primeiros 15 minutos de jogo.Aos poucos Senegal subiu mais suas linhas, pressionou a saída do Equador e começou a encurralar a equipe latina, que apesar de ter a vantagem do empate, parecia em apuros da metade do primeiro tempo para a frente, e não conseguia jogar, apesar de evitar grandes sustos.Tudo parecia sob controle, mas no futebol, o jogo muda em qualquer descuido. O badalado Hincapié derrubou Sarr dentro da área aos 41, o juiz marcou o pênalti e o próprio Sarr bateu com categoria, deixando o goleiro Galíndez sem reação.O gol trouxe de volta o panorama inicial, com o Equador tentando controlar novamente, e Senegal esperando para sair em velocidade. Nesse momento os africanos classificavam e eliminavam os sul-americanos.A segunda etapa começou e a situação era igual, Equador com posse, sem agredir, mostrando certa tranquilidade mesmo com o placar adverso, e Senegal esperando o momento certo para tentar marcar o 2º, mas sem sucesso.O Equador não conseguia fazer nada com a bola, o tempo passava e parecia que o time não tinha alternativas para buscar o empate, mas aí entrou a bola parada. Aos 21 minutos do segundo tempo, cruzamento de escanteio, desvio na pequena área e Caicedo apareceu sozinho no segundo pau completando para as redes, deixando tudo igual em 1×1, e novamente colocando o time da América do Sul na segunda fase, eliminando o Senegal.O sorriso no rosto da torcida equatoriana não durou 3 minutos. Aos 24, cruzamento de falta pela direita na área, a defesa se atrapalhou no corte e a bola sobrou com Koulibaly, que chapou de primeira, cruzado, no alto, para fazer 2-1 Senegal. Em 5 minutos ficou muito claro, que mesmo em um jogo com pouca inspiração, os detalhes podem decidir partidas, e a bola parada pode ser um recurso essencial em momentos de equilíbrio e até mesmo falta de inspiração.Precisando empatar, o Equador tentava pressionar mas sem sucesso. Não tinha amplitude, não conseguia acelerar o jogo pelas pontas, afunilava o jogo e facilitava as ações defensivas de Senegal, que não tinha dificuldades para segurar o placar restando pouco mais de 5 minutos no tempo regulamentar.Quando recuperava a bola, diferentemente do primeiro tempo, e da primeira parte do segundo tempo, Senegal tentava ficar com a bola, trocando passes, cansando e frustrando o adversário, além de fazer o tempo passar.O desespero tomou conta do Equador, que cruzava bolas na área, sem nenhum perigo. O Senegal estava bem postado e tinha vantagem física nos lances, aguardando o fim da partida para comemorar a classificação, e foi assim que terminou. Uma vitória madura de Senegal, que mostrou durante os 90 minutos, merecer a segunda vaga do grupo A.Final: Equador 1 x 2 SenegalSenegal classificado na segunda posição do grupo, atrás da Holanda, que venceu o pior time da Copa, o Catar, por apenas 2×0, para ficar com 7 pontos na ponta do grupo A. As duas equipes aguardam a definição do grupo B no segundo horário do dia, para conhecer seus adversários nas oitavas.
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