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Futebol

Mercado de apostas esportivas pode bater recordes com a Copa do Mundo

(da Redação)

A Copa do Mundo é um dos maiores eventos de todo o planeta. Para muito além apenas do meio esportivo, a competição internacional de futebol movimenta diferentes mercados ao redor do globo, como turismo, alimentação, jornalismo e conteúdo. E falando sobre produção audiovisual, o Mundial do Catar será um marco na história, já que nunca antes houve uma cobertura tão multiplataforma como ocorrerá em 2022. 

A Copa da produção de conteúdo?

A pandemia de Covid-19 criou um boom nas redes sociais, sobretudo com o crescimento de plataformas como Kwai, TikTok e Twitch. No Brasil, por exemplo, a transmissão oficial do torneio continua sendo feita pela rádio e pela TV. Porém, pela primeira vez na história, um streamer terá direito a highlits e a transmissões dos jogos da Seleção Brasileira.

Além da produção de conteúdo, a Copa do Catar vai impulsionar o crescimento de outro nicho da área de esportes, as apostas esportivas. Em outros centros consumidores de futebol como o Reino Unido, a prática de apostar em jogos já é antiga. Porém, no Brasil, o crescimento do setor se deu neste intervalo entre a Copa de 2018 e de 2022; entenda um pouco mais sobre o assunto!

Como está o mercado de apostas esportivas?

Em 2018, o então Presidente da República, Michel Temer, assinou a Lei 13.756, que enquadrou as apostas na categoria de loteriais esportivas e autorizou a operação das casas no espaço on-line brasileiro, desde que as marcas tenham registro em outros países. Portanto, de acordo com a lei, o apostador pode realizar suas apostas pela internet sem nenhuma pena. 

Dessa maneira, de lá para cá, o mercado cresceu muito. De acordo com o BNL Data, no ano de 2020, o Brasil movimentou mais de R$7 bilhões em apostas esportivas. A expectativa para os próximos anos é de que o número supere a casa dos R$20 bilhões. A nível mundial, a perspectiva é parecida, e deve chegar aos US$ 230 bilhões em 2023; e um dos grandes responsáveis pelo salto financeiro será a Copa do Mundo. 

Qual o planejamento das casas de apostas para a Copa?

Segundo o atual presidente da FIFA, Giani Infantino, a Copa do Catar deve ter uma audiência planejada de 5 bilhões de pessoas. A multiplicidade de plataformas para a comunicação e para a produção de conteúdo deve expandir a repercursão do evento em vídeos, textos e imagens. E as casas de apostas estão de olho nisso!

O primeiro objetivo das marcas é atingir o público com o investimento em publicidade. Pela primeira vez na história, uma casa de apostas será patrocinadora máster das transmissões da Copa na TV Globo. No próprio Brasileirão, todas as 20 equipes da Série A têm alguma marca do setor dentre os seus apoiadores. 

Após atrair o torcedor, a casa de apostas precisa transformá-lo em apostador. Para isso, têm investido firmemente no layout de suas plataformas. Um exemplo é a página de jogo a jogo da Midnite, que otimizou o desing para um esquema de cores e ícones bem simples que facilita a navegação do usuário para escolher com rapidez a entrada em um confronto da Copa.

E para além da primeira aposta, a casa precisa fidelizar o cliente. Para isso, as marcas têm ‘apostado’ em promoções, ofertas especiais, canais de conteúdo e outras tantas formas de se conectar com o torcedor. 

O que esperar do mercado de apostas após a Copa?

Ao observar o mercado de casas de apostas, fica evidente que o investimento massivo para a Copa do Mundo tem o objetivo real de realizar essa transformação do torcedor em um apostador fiel. De acordo com o relatório do Jornal O Globo ainda em 2021, 59% dos apostadores relataram que começaram a apostar nos últimos 12 meses antes da pesquisa. 

A Copa do Mundo é tradicionalmente conhecida no Brasil por atrair torcedores que não acompanham com frequência os clubes nacionais, mas que gostam de assistir aos jogos do torneio mundial. O foco então é captar essa audiência por meio da publicidade e dos investimentos nas plataformas em potenciais consumidores das apostas esportivas. 

A necessidade da regulamentação

Apesar do exercício das apostas esportivas em ambiente on-line ser legalizado no Brasil, ainda não há uma regulamentação consistente. Os projetos de lei tramitam no Congresso Nacional há pelo menos dois anos, mas a discussão vem sendo postergada em razão de outras prioridades como o próprio Covid-19.

A expectativa é de que 2023 seja o ano decisivo para a aprovação de novos textos para regulamentar de fato a criação e a operação de casas de apostas totalmente em território nacional. Tal medida é importante para dar mais confiabilidade ao mercado. São corriqueiras as denúncias de fraudes, golpes e até de manipulação de resultados. A colocação de tudo em Lei é fundamental para, dentre outros tópicos:

  • Permitir o devido registro de casas de apostas no território nacional;
  • Criar bases para melhorar a fiscalização das casas de apostas;
  • Criar leis específicas para evitar a manipulação de resultados;
  • Direcionar porcentagens de ganhos das casas para leis de incentivo à educação e ao esporte.  

Com o aumento do tráfego impulsionado pela Copa do Mundo, o mercado de apostas brasileiro pode esperar que haja ainda mais pressão para uma regulamentação mais rápida e eficiente. Assim, as marcas só têm a alavancar o crescimento financeiro ao longo dos próximos anos. 

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