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Automobilismo

O que a Mercedes e Hamilton querem?

(por Bruno Braz) Pois é, muito se tem falado de que Hamilton estaria esperando a investigação da FIA para decidir se corre ou não em 2022. A mídia inglesa e a alemã já cravaram: há um acerto entre Mercedes e FIA para que a cabeça de Michael Masi role. O fato de seu nome ter saído do organograma oficial da FIA, corrobora com essa teoria.Mas, de fato, qual seria o objetivo de Hamilton e a Mercedes? É extremamente improvável, para não dizer, impossível, que a FIA mude o campeão. Se o GP tivesse seu resultado anulado, em último caso, Max seguiria como campeão pelo critério de desempate.Então, o que estaria por trás disso? O bem do esporte? Talvez. Lembrar que diretores precisam seguir o regulamento à risca, sem fazer interpretações “inovadoras” de última hora? Talvez. Aqui fico sempre com a dúvida: existia ou não o acordo entre equipes e direção de não encerrar uma prova em Safety Car? Acho que nós, mortais, não teremos essa resposta. A lógica me faz crer que, se havia o acordo de não acabar um GP em Safety Car, fazia mais sentido interromper a prova com bandeira vermelha.Com tudo isso no contexto, o que dá para tirar de conclusão, na minha visão? Que a Mercedes já aceitou a “derrota”. Hamilton, também. Porém, há um preço por isso. Acredito que se a Mercedes seguisse com sua apelação, talvez tivesse cancelado o GP. Se Hamilton estivesse um ponto na frente de Verstappen antes da prova, seguiriam nesta trilha com chance de sucesso. Mas, e aí? O que querem afinal de contas?Acredito que o plano, considerando o pedido da cabeça do diretor de provas e do responsável pela divisão de monopostos, é bem simples: manchar para todo o sempre o título de pilotos de 2021. Deixar cravado na testa de Verstappen que ele só venceu porque, de alguma maneira, foi beneficiado pela direção de provas. Tão simples quanto isso.O que me preocupa, é que se a FIA atender a todos os desejos da Mercedes e de Hamilton, estará atestando, sem sombra de dúvidas, que eles são maiores que a FIA e que a F1. Uma pena Charlie Whiting ter partido de sopetão, forçando a subida precoce de Michael Masi para o cargo. O ano de 2021 foi recheado de discórdias por parte dele, hora beneficiando Lewis, outras vezes sendo benéfico para Max.Logo saberemos o que acontecerá. Só lamento profundamente que, mais uma vez, o esporte, que deveria ser simplesmente esporte, seja decidido por política e arranjos, se apequenando diante de algo que deveria ser simples e, apenas, esporte.

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