(por Bruno Braz)Olha, não sei nem bem como começar esse texto após saber que a FIA proibiu que os pilotos de F1 protestem sem sua autorização, a fim de manter a posição de “neutralidade política” da entidade. Nesse aspecto, a FIA e a F1 sempre estiveram desalinhadas com o resto do mundo, persistindo em um atraso proposital, focado única e exclusivamente nos dólares. Essa “neutralidade política”, era a mesma que levava a F1 para a África do Sul, no auge do regime do Apartheid, onde pretos eram tratados como subespécie, sem poder sequer frequentar os mesmos lugares da “elite” branca. O mundo inteiro pressionava pelo fim dessa nojeira. A F1? Ia para lá, desfilar seus carros, gastar combustível e borrachas de pneus. Voltava para sua base com os dólares, que era o que interessava. Nesse aspecto, a F1 sempre foi predadora. Se apequena ao invés de se agigantar. Tem dinheiro? Não importa. Vão para países com ditaduras, países com perseguição e mortes aos assumidamente homossexuais, países que não respeitam as mulheres, etc. O mundo está em constante evolução. As pessoas começam a entender e praticar igualdade de oportunidades independente de gênero, cor de pele e condição sexual. Neste aspecto, há uma busca global por um lugar melhor nesse planeta chamado Terra. A F1 se isenta de consciência social ao querer bancar a “neutra”. Não é neutra. É apenas inescrupulosa quando o assunto é ganhar dinheiro. Não precisamos entrar em guerra. Isolar economicamente, já seria bastante interessante. Já tem tanto país mais maduro por aí que é injustificável ir para esses lugares, onde grande parte de seus habitantes não tem valor. Agora, é aguardar os próximos passos. Vettel já se foi, mas tenho quase certeza que depois disso, vai aparecer pelo paddock protestando. Vai ser punido com o que? Só se chegarem ao cúmulo de proibir sua presença nas corridas. Já Lewis, bom, esse eu não consigo palpitar, mas não me surpreenderia nada se reagisse com o tamanho que um 7 vezes campeão mundial tem. Afinal, essa pseudo “neutralidade política” é neutralidade humana atrás de dólares. Isso não cabe mais.
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