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Prévia Playmaker Brasil: NBA – Divisão Central

(por Matheus Correia)A temporada de 2023/24 da NBA está perto de seu início. Celebrando o retorno da principal liga de basquete do mundo, a Playmaker Brasil preparou um esquenta falando sobre os times e os principais destaques para a temporada de 23/24 da NBA.Desta vez, vamos analisar a Divisão Central da Conferência Leste do torneio, composta por Milwaukee Bucks, Cleveland Cavaliers, Chicago Bulls, Detroit Pistons e Indiana Pacers.Cenário geralSem muitas surpresas, iniciaremos mais uma temporada com um favorito óbvio na Divisão Central. Mesmo sem Damian Lillard, o Milwaukee Bucks já seria facilmente considerada a melhor equipe da divisão. Chicago Bulls e Cleveland Cavaliers batalham pelo posto de segunda força da divisão, enquanto Indiana Pacers e Detroit Pistons aparecem como “incógnitas”, possuindo talento, mas ainda sendo equipes “cruas”. Prévia1º – Milwaukee BucksUm dos times mais fortes e sólidos da NBA elevou ainda mais seu nível. Não se trata mais apenas de Giannis Antetokounmpo com um core entrosado e eficiente em quadra. Agora, é o time do Grego e de Damian Lillard. Para a franquia de Wisconsin, o céu é o limite. Estamos falando de uma equipe que pode ser considerada favorita da divisão, da conferência e da liga inteira.Obviamente, perder Jrue Holiday é algo impactante, mas quando ele é reposto com Lillard, você sequer sente falta das habilidades defensivas do armador de 33 anos. Além disso, a equipe segue tendo uma profundidade invejável em seu elenco. Adrian Griffin deve iniciar a temporada com um fantástico quinteto titular formado por Lillard-Beasley-Middleton-Giannis-Lopez, com a segunda rotação sendo composta por Cameron Payne, Pat Connaughton, MarJon Beauchamp, Jae Crowder e Bobby Portis.A equipe de Milwaukee ainda tem atletas jovens e com potencial em AJ Griffin e Andre Jackson. Ambos tiveram boas atuações pelos Bucks na pré-temporada.A impressão é que a única previsão que deve ser feita em relação à franquia de Wisconsin é de luta pelo título. Adrian Griffin tem tanto talento em mãos que é difícil cometer um equívoco. Em termos de entrosamento, versatilidade e profundidade, apenas uma outra equipe da liga se equipara à Milwaukee. E estamos falando dos atuais campeões.Ponto forte: É difícil elencar as valências da equipe de Milwaukee. Bola de três, defesa de perímetro, jogo ofensivo no garrafão, e principalmente, dois dos jogadores mais fantásticos e habilidosos da liga. Adrian Griffin, apesar de estreante, tem ótimos “professores” (Nick Nurse e Scott Skiles) e é famoso por desenvolver jovens atletas. Desta forma, o elenco dos Bucks pode se tornar ainda mais profundo do que o esperado.Ponto fraco: Obviamente, nem tudo são flores. O principal ponto fraco dos Bucks é bastante claro: a posição de Shooting Guard. Adrian Griffin, inicialmente, terá Malik Beasley, Pat Connaughton e quem sabe, Andre Jackson. Não é uma situação animadora. Beasley é bastante inconsistente, assim como Pat. Sem dúvidas, será a principal dor de cabeça de Griffin.2º – Cleveland CavaliersA diferença é pouca entre Cavs e Bulls. No entanto, a equipe de J. B. Bickerstaff, caso desempenhe aquilo que é esperado, possui certa vantagem na luta pela segunda colocação da divisão. Já fomos impactados pelo possível potencial da equipe de Ohio, e a temporada de 2023/24 tem potencial para ser o momento em que os Cavs irão finalmente ‘florescer’ e se estabelecer como uma equipe de qualidade no leste.Mas claro, para atingir esta posição, tudo depende de dois atletas: Darius Garland e Evan Mobley. O armador e o ala-pivô possuem um potencial assustador. Claro, já estamos falando de jogadores nível All-Star, mas ainda falta certo polimento e consistência para que atinjam um nível de protagonismo na equipe igual o de Donovan Mitchell.Jarrett Allen e Max Strus são os outros dois atletas que devem completar o quinteto titular da equipe. De Allen, não há muito o que esperar além da sua ótima capacidade defensiva e de defender a cesta. Mas Strus, contratado nesta off-season, chega para corrigir um dos principais defeitos da equipe em 2022/23: a bola do perímetro.Por fim, o banco de reservas, que foi um verdadeiro desastre nos playoffs da última temporada, também ganha reforços, como Georges Niang, um ala-pivô que se destaca pelas bolas de três, além de Damian Jones e o novato Emoni Bates, que surpreendeu na Summer League.Ponto forte: O “core” (leia-se base) de Cleveland é jovem, versátil e decisivo. Um armador de qualidade assustadora, um shooter imparável e um ala-pivô que tem tudo para ser um dos melhores defensores da liga pelos próximos anos. O trio Garland-Mitchell-Mobley irá ditar qual será o sucesso da equipe na temporada.Ponto fraco: Ainda não é possível confiar apenas em Max Strus para melhor a bola de três pontos da equipe. O ala foi muito inconsistente nas finais contra Denver, e além dele, o Front Office dos Cavs não contratou nenhum outro atleta perito nos arremessos de longa distância.3º – Chicago BullsO limbo eterno em que o Bulls se encontra é agoniante de ver. Nem tão bom, nem tão ruim. Na linha tênue entre uma pós-temporada surpreendente e o início de um rebuild. De uma coisa sabemos: esta pode ser a última temporada do trio DeRozan-LaVine-Vucevic juntos.Por isso, vamos focar inicialmente no que é possível para Chicago em 2023/24. Com Billy Donovan, não pode se esperar algo muito diferente de uma equipe: uma sólida defesa e um ataque focado nas jogadas rápidas de transição.Chicago tem ataque – aliás, é nisso que Vucevic, LaVine e DeRozan se destacam. Mas a temporada de 2022/23 já mostrou que isso não é o suficiente. Mas é um setor ofensivo que ainda não consegue dialogar, mesmo depois de diversas temporadas atuando juntos. Na off-season, o Front Office achou de bom tom não mexer em praticamente nada da base da equipe. Para piorar a situação, Lonzo Ball deve desfalcar Chicago durante toda a temporada. Desta forma, é impossível prever uma melhoria significativa no time. O que é possível prever é uma temporada surpreendente baseada nos crescimentos inesperados e pouco prováveis de Coby White e Patrick Williams. Ponto forte: Apesar dos diversos defeitos, Chicago ainda tem dois ótimos jogadores em Zach LaVine e DeMar DeRozan. Uma dupla que tem qualidade para produzir ofensivamente com consistência e dar a vitória para a equipe quando necessário.Ponto fraco: A falta de profundidade, dificuldade em implementar um sistema de jogo e a ineficiência ofensiva da equipe além de suas estrelas são fatores que podem acabar com a temporada dos Bulls. E como dito anteriormente, são problemas que, aparentemente, só serão resolvidos com o famigerado rebuild.4º – Indiana PacersO Indiana Pacers está há alguns anos de atingir seu potencial. Estamos falando de umas equipes mais jovens da liga e com um talento imensurável. O quarto lugar da divisão é mais por uma questão de encaixe e entrosamento do que necessariamente de qualidade no roster.Claro, quando falamos de Pacers, um nome já vem na mente: Tyrese Haliburton. Um dos armadores mais intrigantes da liga e que deve ditar o ritmo da posição nos próximos anos ao lado de Ja Morant, Trae Young e Shai. E para complementar, Tyrese terá ao seu redor um “core” intrigante e que promete possibilidades animadoras. Bennedict Mathurin tem tudo para se desenvolver como um atleta de extrema qualidade no ataque na atual temporada; Myles Turner continuará contribuindo como um dos melhores defensores da liga; e Bruce Brown e Obi Toppin prometem uma “breakout season”.No banco, Jalen Smith e Andrew Nembhard demonstraram sua qualidade na temporada de 2023/24 e podem despontar como ótimos role-players para a equipe, enquanto a experiência de TJ McConnell e Buddy Hield com certeza irá auxiliar no desenvolvimento dos jovens do elenco.E por fim, mas não menos importante, Indiana ainda tem um dos melhores prospectos do Draft de 2023. Jarace Walker tem tudo para tirar a titularidade de Obi Toppin no decorrer da temporada, já que foi considerado como um dos novatos mais “prontos” para a NBA segundo a imprensa americana.Ponto forte: Juventude e expectativa. São estes dois fatores que animam os torcedores de Indiana para a próxima temporada. Não há pressão nenhuma para chegar à pré-temporada, e muitos consideram os Pacers como uma equipe que deve ficar fora do Top 10 da conferência leste. O objetivo é o desenvolvimento de seus atletas e definir uma “cara” para os próximos anos com Rick Carlisle.Ponto fraco: Nem só de Myles Turner vive uma defesa. Para indicar o ponto fraco de Indiana, basta citar os nomes do quinteto inicial tirando o pivô: Haliburton, Bruce Brown, Mathurin e Obi Toppin. Tratam-se de jogadores que deixam muito a desejar no setor defensivo.5º – Detroit PistonsTalvez o último ano de rebuild total de Detroit. Depois de muito tempo, a franquia de Michigan parece finalmente ter chegado a um alicerce. Sem dúvidas, ainda falamos de um dos times que devem ser “saco de pancadas” na Conferência Leste. Mas, o futuro é animador…Iniciando pelo backcourt. Cade Cunningham, Jaden Ivey e Ausar Thompson são jovens, mas com um potencial enorme. Cada um possui uma qualidade única: Cade se destaca pela qualidade no passe, Ivey na produção ofensiva e Ausar na versatilidade, mas com destaque para a defesa.No frontcourt, também há grande potencial em Isaiah Stewart e Jalen Duren. Marvin Bagley e James Wiseman, atletas que muitos já chamam de “busts”, ainda podem encontrar seu bom basquete em Detroit.Ponto forte: Além da expectativa do desenvolvimento do talento da equipe, um dos pontos fortes dos Pistons em quadra é o complemento do frontcourt e do backcourt. Duren e Stewart são físicos – o ala-pivô é excelente no ataque e o pivô se destaca na capacidade de defesa e rebotes. São características que parecem casar perfeitamente com um backcourt que tem qualidade no passe e que podem pontuar nas três fases diferentes do jogo.Ponto fraco: Mesmo com a chegada de novos atletas, Detroit ainda possui uma das piores defesas da liga inteira. 

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