(Por Isaac Simões) A chegada de Romelu Lukaku elevou o Chelsea a outro patamar na Europa. Não é exagero algum dizer que um jogador é sim capaz de mudar os rumos de uma equipe ou do próprio clube. Longe de qualquer comparação, mas só para ilustrar, em meados de 2003, Ronaldinho Gaúcho era apresentado ao torcedor do Barcelona. Dali para frente, não só os resultados dentro do campo melhoraram, como a marca Barcelona e o clube conseguiram crescer ainda mais. A Era R10 tirou, de fato, o Barça de uma crise histórica na Espanha. A história de Lukaku é mais simples e totalmente voltada para o âmbito esportivo, dentro das 4 linhas. Com Lampard na maior parte da temporada passada, o Chelsea oscilava entre os jogos, perdia pontos fáceis, mas conquistava outros difíceis. Uma verdadeira incógnita que não passava confiança nem ao mais fanático torcedor. Por mais que o setor defensivo cometesse erros, a falta de uma referência e um grande nome no ataque prejudicava a equipe. A aposta do eterno camisa 8 dos Blues em trazer Timo Werner, pagando incríveis 60 milhões de libras (R$ 358 milhões, na época) se comprovou fracassada em pouco tempo: custou resultados e o emprego de Frank. Veio Thomas Tuchel e com ele uma defesa sólida (que se mantém até hoje), mas faltava a referência. Werner decepcionou até na final da Champions contra o City, sobrou para os companheiros suprirem a falta de um artilheiro. Agora com Lukaku, a coisa mudou. Muito se falou sobre o estilo reativo do Chelsea e das jogadas de ultrapassagem dos pontas não atrapalharia o desempenho do atacante belga, mas o que se confirmou foi um sincronismo perfeito entre o novo camisa 9, os companheiros e a estratégia de Tuchel.Lukaku é forte para disputar bolas aéreas e para ser o pivô tão aguardado por Tuchel, afim de explorar a velocidade de Mount, Havertz, Ziyech e Pulisic. O quarteto é bom nas finalizações da entrada da área e, ao mesmo tempo, conseguem infiltrar com velocidade por meio das tabelas com Romelu. Além de trabalhar bem de costas para a defesa adversária, Lukaku é um exímio finalizador. Seu repertório é vasto, já marcou gols de cabeça, arremate de fora da área e completou para as redes. São 4 tentos em apenas 6 jogos pelos Blues, todos decisivos. Um deles contra o Zenit na estreia da Champions, enquanto os outros nos clássicos contra Aston Villa, Arsenal e Tottenham. Com Lukaku, o Chelsea se transformou em um tempo completo e definido no cenário europeu. 2021/22 promete reservar coisas boas aos torcedores dos Blues. Um momento fortíssimo defensivamente e perigoso no ataque. Tudo graças a chegada de um camisa 9 que pretende seguir os passos de um velho conhecido que mudou para sempre a camisa número 11 do Chelsea.
Futebol
