(por Henrique Rodrigues) Ganhar o Vince Lombardi e o anel de campeão do Super Bowl é o sonho de vários garotos ao redor dos Estados Unidos e de todo jogador da NFL, mas apenas 53 deles realizam esse sonho a cada ano, e alguns nunca o fazem. Com este pensamento em mente, resolvi montar um time usando só jogadores que nunca ganharam o grande jogo.Antes que alguém me xingue por não ter colocado nomes como Larry Fitzgerald ou JJ Watt, é importante lembrar que, por motivos óbvios, essa lista só conta com jogadores aposentados. Além disso, para não ficar muito extenso, dividi a seleção entre jogadores ofensivos, neste texto, e defensivos juntamente com os de Special Teams, que serão apresentados amanhã. Vamos aos jogadores de ataque: Quarterback: Dan Marino, Miami Dolphins Essa é a escolha mais fácil, visto que Marino é considerado o melhor jogador a nunca ganhar um título. Quando se aposentou em 1999, ele possuía praticamente todos os recordes possíveis de um quarterback, recordes que mais tarde foram quebrados por Brady, Manning e companhia. Em seus 17 anos na NFL, Marino foi eleito para um dos times da temporada 8 vezes e foi para 9 Pro Bowls,além de ter sido o primeiro jogador a passar para mais de 5000 jardas em um ano. Running Backs: Barry Sanders, Detroit Lions; LaDainian Tomlinson, San Diego Chargers/New York Jets Sanders é outro que foi fácil colocar aqui, visto que ele entra na conversa de melhor da história na posição e os Lions jogaram sua carreira fora por não dar um time bom para ele. Se não tivesse se aposentado prematuramente, provavelmente Sanders teria o recorde de jardas corridas na carreira, e com chances de quebrar a marca de 20000. Em seus 10 anos na liga, Barry atingiu pelo menos 1000 jardas todos os anos, foi eleito para um dos times da temporada e para o Pro Bowl em cada um desses 10 anos, e é um dos poucos a correr para mais de 2000 jardas em um ano.Tomlinson é um nome mais discutível e que provavelmente não estaria aqui se Adrian Peterson já tivesse se aposentado. Mesmo assim, Tomlinson teve uma excelente carreira, conseguindo pelo menos 1000 jardas entre 2001 e 2008 e conseguindo pelo menos 10 TDs entre 2001 e 2009, alcançando a marca de 28 TDs em 2006. Tomlinson era também muito bem com as mãos, recebendo pelo menos 50 passes em 9 das suas 11 temporadas. Wide Receivers: Randy Moss, 5 times; Calvin Johnson, Detroit Lions; Cris Carter, Minnesota Vikings/Philadelphia Eagles/Miami Dolphins Mais uma vez um nome fácil nessa lista. Randy Moss é o segundo melhor recebedor na história da liga, atrás apenas de Jerry Rice. Se Moss tivesse se concentrado mais no jogo, talvez ele teria até passado Rice nos números. Considerado por Bill Belichick um dos jogadores mais inteligentes com quem já trabalhou, Moss chegou na liga em 1998 fazendo estrago. Com recepções acrobáticas e de deixar todos de queixo caído, ele colecionou recordes onde passou, como o de mais TDs por um calouro (17 em 1998) e mais TDs em uma temporada (23 em 2007).Calvin “Megatron” Johnson é, assim como Barry Sanders, um jogador que os Lions desperdiçaram o talento. Em seus 9 anos na liga, Johnson foi 4 vezes para o time da temporada e 6 Pro Bowls, além de ser o jogador que chegou mais perto de 2000 jardas recebidas em um ano, atingindo 1964 em 2012. Um dos melhores da posição na sua geração, Megatron foi um jogador protótipo da posição, possuindo grande envergadura e velocidade.Cris Carter é talvez um outro nome contestável, com Terrell Owens e Steve Largent na disputa. O que pesa a favor de Carter aqui é a sua longevidade, tendo jogador na liga por 16 anos. Desses 16, seus 12 anos com os Vikings foram surreais, liderando o time em recepções por 10 anos seguidos (1991-2000) e tendo 8 anos seguidos com pelo menos 1000 jardas, entre 1993 e 2000. Em 1994 e 1995, Carter recebeu 122 recepções (recorde em uma temporada na época) e suas 244 recepções combinadas também eram um recorde. Além de longevidade, a sua durabilidade também era invejável, jogando todos os 16 jogos em 13 de suas 16 temporadas. Tight End: Tony Gonzalez, Kansas City Chiefs/Atlanta Falcons A disputa de melhor tight end da história fica entre dois jogadores, Gonzalez e Rob Gronkowski. Como Gronk voltou da aposentadoria e ganhou – alguns – títulos, colocar Gonzalez aqui fica fácil. Em sua carreira de 17 anos, Tony foi um dos principais responsáveis por colocar a posição em outro patamar, aumentando a busca por tight ends com passado no basquete e que recebem bem a bola. Em sua longa carreira, Gonzalez foi para 14 Pro Bowls, 8 times da temporada, com exceção do seu ano de calouro, nunca recebeu menos de 59 passes e possui todos os recordes da posição. Left Tackle: Joe Thomas, Cleveland Browns Chegamos nas posições mais difíceis de justificar na lista, já que estatísticas de linha ofensiva são complicadas. Thomas é, sem sombra de dúvidas, o melhor na posição nesse século e um dos melhores no esporte. Jogando por times pífios em Cleveland, Thomas só soube o que é terminar o ano com recorde positivo em 2007, seu ano de calouro, além de nunca ter jogado na pós-temporada. Thomas foi para 10 Pro Bowls seguidos (2007-2016) e 3 vezes seguidas para o melhor time da temporada duas vezes (2009-2011 e 2013-2015). O fator durabilidade dele também impressiona, ainda mais pra posição, com Thomas tendo a marca de 10000 snaps seguidos na carreira. Left Guard: Steve Hutchinson, Seattle Seahawks/Minnesota Vikings/Tennessee Titans Hutchinson provavelmente entraria no time se colocássemos jogadores que foram campeões. Um jogador extremamente sólido durante toda a carreira, ganhou o prêmio de melhor jogador de linha ofensiva duas vezes, em 2006 e 2009. Hutchinson abriu caminho para Shaun Alexander ganhar o MVP de 2005 com quase 1900 jardas e 27 TDs, além de ajudar os Seahawks a chegarem no primeiro Super Bowl de sua história em 2005, além de bloquear para Peterson e Favre nos Vikings que alcançaram a final da NFC em 2009. Center: Kevin Mawae, Seattle Seahawks/New York Jets/Tennessee Titans A posição de center talvez seja a mais cerebral e difícil na linha ofensiva, já que geralmente é a encarregada de fazer ajustes na proteção e avisar possíveis blitzes. Dito isso, os feitos de Mawae ficam ainda maiores. Draftado em 1994 pelos Seahawks, ele jogou 2 anos como right guard antes de ir para o meio da linha, onde se tornou um dos melhores do esporte. Sua habilidade para bloquear no jogo terrestre se evidencia em 13 running backs atingindo 1000 marcas em seus 16 anos na liga, incluindo a temporada em que Chris Johnson atingiu 2000 jardas. Sua habilidade no jogo aéreo não fica atrás, mostrada pela temporada de 2008, quando a linha dos Titans cedeu apenas 12 sacks e ficou 5 jogos seguidos sem ceder um sack sequer. Right Guard: Randall McDaniel, Minnesota Vikings/Arizona Cardinals McDaniel é outro que provavelmente ficaria no time se o abríssemos para jogadores campeões. Possivelmente o melhor guard da história da liga, McDaniel foi para 12 Pro Bowls seguidos, além de 9 eleições para um dos times da temporada. Em 1994, ele foi uma das âncoras da linha ofensiva que teve a segunda melhor marca de sacks na história dos Vikings, cedendo um sack a cada 22.7 snaps; em 1996 ele cedeu apenas 1.5 sacks o ano inteiro, além de os running backs terem uma média de 5.4 jardas por corrida quando iam em sua direção, mostrando sua habilidade contra corrida e passe. McDaniel também foi a âncora da OL do time em 1998, quando os Vikings foram 15-1 e tiveram o então melhor ataque da temporada, recorde quebrado em 2007 pelos Patriots e que hoje pertence aos Broncos de 2013. Right Tackle: Dan Dierdorf, Saint Louis Cardinals Fechando a linha ofensiva com chave de ouro, Dierdorf é provavelmente o melhor jogador desse grupo, mesmo com um número menor de Pro Bowl (6) e eleições para os times da temporada (5). Assim como alguns jogadores dessa OL, ele não começou jogando na posição que o consagrou e balançou entre guard e tackle em seus primeiros dois anos, até se firmar como right tackle. Dierdorf era um dos pilares da OL dos Cardinals que foi uma das melhores dos anos 70, cedendo o menor número de sacks na NFC por 5 anos, com um então recorde de 8 sacks na temporada – que na época eram 14 jogos. Como é comum nesse grupo, a durabilidade de Dierdorf também era impressionante, jogando todos os jogos entre 1971 e 1977, quando quebrou o queixo e perdeu 2 jogos. Ele voltou a se lesionar em 1979 quando perdeu quase a temporada inteira com uma lesão no joelho, mas voltou em 1980 e foi eleito All-Pro. Por conta de lesões na linha, Dierdorf mudou para center no final de sua carreira e também teve sucesso na posição, mostrando sua versatilidade. Fique ligado, amanhã publicaremos o time de defesa e Special Teams.
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