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Tenis

Wimbledon 2023 – Guia das favoritas

(por João Vitor Nascimento)O mais famoso e prestigiado torneio de tênis do mundo inicia sua chave principal na próxima semana: o Torneio de Wimbledon, o terceiro Grand Slam do ano de 2023.Neste ano, a LTA (organizadora do torneio) decidiu por permitir que atletas russos e bielorrussos participassem de Wimbledon, após a decisão controversa de baní-los no ano passado, por conta da invasão russa à Ucrânia. Decisão esta que se tornou um grande fiasco, pois uma russa, naturalizada cazaque (Elena Rybakina), foi a grande campeã no feminino.Outra mudança será o retorno da pontuação do Grand Slam. Em resposta ao banimento dos russos pela organização do torneio, a ATP e a WTA se uniram e decidiram não contabilizar o ganho de pontos na edição de 2022 (somente as perdas de 2021). Fazendo com que vários atletas desistissem da temporada de grama, por não se sentirem contemplados.Do lado feminino, embora exista internacionalmente o sentimento de “chave aberta”, pois não há uma franca favorita (igual havia em Roland Garros), existem sim nomes competentes, capazes de chegar muito longe, e brigar pelo título mais icônico do tênis mundial.Aqui, detalharemos cinco delas.5 – Petra Kvitova (República Tcheca)Duas vezes campeã de Wimbledon, Kvitova vem à Inglaterra com a expectativa de mais uma grande campanha.A tcheca, que venceu o WTA 1000 de Miami, neste ano e retornou ao Top 10 do ranking mundial, vem grande para Wimbledon após vencer o WTA 250 de Eastbourne, na semana passada.Prós: Já conhece o caminho da vitória em Wimbledon. Vem em boa fase, e por estar no top 10, terá o sorteio da chave “ao seu favor”.Contras: Pelo seu histórico, sempre existe a possibilidade do físico de Kvitova não aguentar a correria desenfreada que é o jogo na grama.4 – Ons Jabeur (Tunísia)Se isto fosse um clássico filme de ação, Jabeur seria a personagem principal. A heroína, que todos simpatizam e amam, volta ao palco da derrota, em busca de vingança.Embora isso pareça mais um roteiro hollywoodiano, a verdade é que Ons busca chegar à final de Wimbledon de novo, onde era favorita para vencer, no ano passado, mas que foi superada por um jogo mais constante da sua adversária. Uma das imagens mais famosas do torneio do ano passado tem a tunisiana, na coletiva de imprensa pós-final, mostrando seu novo papel de parede do celular. Era o troféu de Wimbledon, que ela havia deixado escapar, minutos antes. Isso mostra o nível de motivação dela para este ano.Prós: Absolutamente NINGUÉM quer mais ser campeã do que Ons Jabeur. E ela usará das mesmas armas que a fizeram chegar à final em 2022: curtas, lobbies, bolas de curva e afins, para isso.Contras: Talvez, não venha da melhor forma possível. Tem uma lesão crônica na coxa, que a incomoda, e a faz perder desempenho, de vez em quando. Existe a chance dessa lesão a assombrar novamente. Além de apresentar um tênis bem inconstante, nesse ano.3 – Iga Swiatek (Polônia)Ok, essa é a hora que você xinga o autor. Mas, saiba que a melhor tenista do mundo tem altíssimas chances de ir longe, e até mesmo levantar a taça. Só que embora Iga tenha sido campeã do juniores de Wimbledon, em 2018, ela teve problemas quando subiu para o adulto.Ela costuma ter alguns apagões no torneio, como por exemplo no ano passado, onde vinha de uma temporada avassaladora, com mais de trinta vitórias seguidas, e acabou sendo aniquilada por Alizé Cornet na quarta fase. Neste jogo, Swiatek errava muito mais por conta própria do que por outra coisa, e isso acabou custando sua sequência. E desta vez vem para fazer uma campanha melhor, com a concorrência chegando perto (mais sobre, depois).Prós: É a Iga. A melhor jogadora do mundo, que conseguiu recentemente defender seu posto de número 1 do mundo, após ser ameaçada pela primeira vez, de forma real. A polonesa vem aos poucos aprendendo a jogar melhor na grama, e isso tem sido notório. É questão de tempo até ela vencer Wimbledon algum dia.Contras: O histórico não é favorável. Por mais que tenha melhorado muito, Swiatek ainda precisa se adaptar melhor à velocidade do piso. Além do mais, novamente, a pressão da concorrência está batendo na porta da polonesa. Resta saber, se assim como em RG, fará bonito de novo.2 – Aryna Sabalenka (Bielorússia)Após ter sido uma das prejudicadas do banimento no ano passado, Sabalenka faz o melhor ano da carreira. Campeã do Aberto da Austrália (seu primeiro Major da carreira), busca mais uma conquista de grande porte, em 2023.A bielorussa costuma ser um bom exemplo na grama, graças ao seu estilo de força. Aryna tem grandes qualidades, que a fazem ser uma boa jogadora em superfícies mais rápidas.Prós: Sabalenka tem um estilo de jogo perfeito para jogar na grama. Bolas retas, potência e saques precisos podem fazer a diferença contra outras rivais diretas. Além do mais, Sabalenka era aquela ameaça que fora mencionada no texto de Swiatek. Ela continua no páreo para se tornar a nova número 1 do mundo.1 – Elena Rybakina (Cazaquistão)Atual campeã do torneio, e hoje número 3 do mundo, Elena Rybakina roubou a cena no filme que foi mencionado no texto de Ons Jabeur.Não entenda mal, Rybakina, de forma alguma, era a vilã naquela história. Mas acabou se tornando a maior protagonista.Contra tudo e contra todos, como nos melhores filmes de faroeste, Elena era a cowgirl forasteira que chegou em uma cidade onde não era bem-vinda. Para quem não sabe, Rybakina nasceu em Moscou, mas se naturalizou cazaque, após uma série de benefícios do governo local, que a atraíram, assim como outros atletas de elite.O fato é que a conquista de Rybakina, em Londres, deixou muita gente com um sorriso amarelado. E Elena fez muito por merecer, conseguindo neutralizar grandes competidoras, como Simona Halep, na semifinal, e Ons Jabeur, na finalíssima. Além disso, era considerada a azarona, em ambos os confrontos.Vem a Wimbledon sem pressão, pois graças à falta de pontos ganhos no ano passado, não defende neste ano, nada além do troféu, em si. Prós: Atual campeã. Mostrou ao mundo que é uma ótima jogadora de grama e que exige ser levada a sério, sempre. É mais uma que tem o “molho” necessário para os grandes jogos. A prova disso é o grande ano que vem fazendo: vice-campeã do Aberto da Austrália, vencedora dos WTA 1000 de Indian Wells (dando o troco da Austrália, em cima de Sabalenka), e de Roma.Contras: Vem bem doente, há umas semanas. Motivo este que a fez dar W.O em Roland Garros, onde fazia a melhor campanha da carreira no saibro francês. Graças a essa doença, jogou muito pouco na preparação para a temporada de grama.

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