Com o maior público na história do Estádio Cívitas Metropolitano, Inter de Milão e Atlético de Madrid se enfrentaram no jogo de volta das oitavas de final da Champions League. O jogo só foi decidido nos pênaltis, com Oblak sendo o “herói”, enquanto Lautaro Martínez foi o “vilão”.
Análise
Do início ao fim, o confronto entre Atlético de Madrid e Inter de Milão foi marcado pela ofensividade dos dois times. Os italianos não se fecharam na defesa, jogando a favor do placar; muito pelo contrário, quando tinham a bola sempre procuravam pela melhor forma de explorar as falhas no sistema defensivo dos espanhóis. Já os Colchoneros dominaram logo cedo a posse de bola, procurando o gol a partir do primeiro minuto de jogo.
Quem influenciou bastante a partida, principalmente no primeiro tempo, foram os dois alas: de um lado Samuel Lino, do outro Dumfries. Ambos tiveram chances de balançar as redes em determinado momento dos 45 minutos iniciais. No entanto, o grande nome da partida foi Antoine Griezmann. Autor do gol do Atlético de Madrid, o francês tentava participar de todas as jogadas ofensivas da equipe.
O segundo tempo foi um pouco diferente. As duas equipes voltaram bem do intervalo, mas o momento ofensivo durou pouco. Os jogadores de ambos os times sentiram a parte física logo cedo na segunda etapa. E com o passar dos minutos, a Inter de Milão focou em se defender, já que estava conseguindo a classificação. E isso fez com que os espanhóis se lançassem ao ataque, deixando muito espaço para os italianos usarem para contra-atacar.
A pressão ofensiva do Atlético de Madrid deu resultado, e Memphis Depay empatou tudo nos minutos finais. Com mais vontade em campo, os espanhóis foram em busca da vitória ainda no tempo regulamentar, com os italianos aparentando muito, muito cansaço. No entanto, Riquelme desperdiçou o que seria o gol da classificação nos acréscimos do segundo tempo, e o jogo foi para a prorrogação.
Como as duas equipes não produziram tanto ofensivamente nos dois tempos adicionais, a decisão foi para os pênaltis. A “estrela” de Oblak brilhou mais forte, com o goleiro pegando dois pênaltis, sendo o destaque na classificação do Atlético de Madrid.
O jogo
A primeira chance de gol da partida foi protagonizada por um brasileiro. Logo nos primeiros 10 minutos, Lino bateu dois defensores na base da velocidade e invadiu a grande área. O camisa 12, na hora de finalizar, teve calma e paciência, chutando rasteiro, o que exigiu grande defesa de Sommer.
Na sequência, a Inter de Milão respondeu com muito perigo. Dumfries também usou a sua velocidade para ultrapassar o seu defensor, invadindo a grande área. O camisa 2 finalizou cruzado, rasteiro, e Oblak precisou fazer a intervenção. No rebote, Dumfries tentou novamente, mas parou de novo no goleiro esloveno.
Depois de muita “trocação” ofensiva, e com Morata desperdiçando chance de cabeça, a Inter de Milão abriu o placar. Aos 32’, Barella recebeu já na grande área e tocou para trás, achando Dimarco. O camisa 32, livre próximo a pequena área, só teve o trabalho de deslocar Oblak.
Porém, os italianos não ficaram em vantagem por muito. Aos 34’, a defesa da Inter de Milão cometeu dois erros infantis ao tentar cortar um passe, já na grande área. E depois do bate-rebate dos jogadores da Internazionale, a bola sobrou para Griezmann. O francês girou e finalizou com força, sem chances para Sommer. Tudo igual.
Não demorou muito para o Atlético de Madrid assustar no segundo tempo. Logo aos 50’, Griezmann foi servido já na grande área, e o francês não pensou duas vezes e finalizou com força. Porém, o atacante parou em Sommer.
Aos 75’, a grande chance para “matar” o jogo “caiu” nos pés de Thuram. O atacante recebeu já dentro da área e tomou seu tempo para chutar, porém o francês isolou, de frente para Oblak.
Minutos depois, aos 80’, um contra-ataque “mortal” ficou a disposição da Internazionale. Após cobrança de escanteio, Lautaro Martinez, que pouco participou do jogo, partiu do próprio campo da Inter e tocou para Barella. O meio-campista invadiu a grande área, mas chutou com pouca força, já sentindo o desgaste da partida.
Em momento dominado pelo Atlético de Madrid, Memphis Depay ficou a centímetros do gol. Após bate-rebate, aos 84’, a bola sobrou para o atacante, que não pensou duas vezes e chutou com muita força, rasteiro, da entrada da área. A bola carimbou a trave de Sommer, que só observou.
E logo na sequência, aos 86’, o holandês teve nova chance, sem desperdiçar desta vez. Depay recebeu já dentro da área, e com um pé dominou e com o outro finalizou, cruzado, e Sommer não alcançou.
No último lance da partida, os espanhóis tiveram a chance para garantir o resultado no tempo regulamentar. Já nos acréscimos, Griezmann fez jogada individual, invadiu a grande área e tocou para o meio. Completamente livre, de frente para Sommer, Riquelme isolou. A decisão ficou para a prorrogação.
O primeiro tempo de prorrogação foi marcado por duas chances claras de gol, uma para cada lado. Lautaro Martínez, de cabeça, teve a sua oportunidade, assim como Depay, que parou em Sommer. Outro momento marcante foi a “apertada” de Thuram em uma região “sensível” de Savic. Já o segundo tempo teve muita correria e poucos chutes ao gol. Então, a decisão foi para os pênaltis.
Çalhanoğlu cobrou primeiro e converteu, e Memphis veio logo na sequência, também marcando. Alexis Sánchez pegou a bola e foi para a cobrança, mas Oblak pegou, assim como Summer na cobrança de Saúl. Oblak voltou a defender, desta vez em chute de Klaassen. Riquelme colocou o Atlético de Madrid em vantagem, Acerbi convertendo logo na sequência. Côrrea também marcou a sua penalidade, não deixando de contar com a ajuda do travessão. Lautaro Martínez foi para a última cobrança da Inter e isolou completamente.
