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Opinião – Mesmo sem ‘estrelas’, Combine segue importante para a NFL

O Combine é um momento importante para todo prospecto que sonha em jogar na NFL. É um evento onde todos os atletas convidados vivem a sua primeira experiência real com o futebol americano profissional. Mas nos últimos anos, alguns jogadores optam por abrir mão da oportunidade, com o objetivo de se preservar para o Draft. Grandes talentos fizeram isso, e continuam fazendo em 2024, o que pode tirar a importância do evento.

Braden Fiske, Florida State, durante sua participação no Combine 2024 (Foto: Sports Illuastrated)
Braden Fiske, Florida State, durante sua participação no Combine 2024 (Foto: Sports Illuastrated)

Destaques de 2024

Porém, existem muitos casos onde o Combine pode mudar a vida de um jogador, e esse é o caso de Braden Fiske. Poucos ouviram falar do defensive line até a última quinta-feira, 29, quando aconteceu o primeiro dia de testes. Considerado com um talento de segundo dia, o jogador da Universidade de Florida State se colocou como o grande destaque do Combine, e isso levando em conta o evento por inteiro.

Fiske se destacou em todos os exercícios que fez, do dash de 40 jardas ao pulo vertical, entrando em um seleto grupo. De acordo com o Next Gen Stats da NFL, Fiske se torna o primeiro defensive tackle desde Tank Johnson em 2004 a liderar a sua posição em todos os três testes. Além disso, o linha defensivo se tornou o quinto mais rápido jogador da posição no dash de 40 jardas, com 4.78, ficando atrás de nomes como Aaron Donald. Vale o destaque que, com esse tempo, Fiske bateu a marca feita por Patrick Mahomes durante o seu Combine.

Agora, depois de sua atuação, uma verdadeira “corrida” começou por Fiske. Várias franquias já mostraram o seu interesse no atleta. Por conta disso, hoje o defensive line deve ser selecionado na primeira rodada.

Outro momento de destaque do evento de 2024 foi o desempenho histórico de Xavier Worthy, da Universidade do Texas. O wide receiver bateu o recorde no dash de 40 jardas ao correr 4.21, e esse fato já fez com que o nome do recebedor deixasse o segundo dia, sendo considerado agora um talento de primeira rodada. Além do dash de 40 jardas, outro recorde foi batido em 2024, quando Garret Greenfield pulou 97 centímetros no teste de salto, sendo essa a maior marca entre jogadores de linha ofensivo na história do Combine.

Agora um nome conhecido também se destacou no Combine: Luke McCaffrey. Irmão do running back do San Francisco 49ers, Luke, que é recebedor, teve 4.47 no dash de 40 jardas, batendo a marca de Christian em 2017 (4.48). E sem os três principais quarterbacks atuando no evento, quem aproveitou a oportunidade foram J.J. McCarthy, Joe Milton e Bo Nix. Os três jogadores mostraram a força no braço durante os testes de lançamento longos, tirando o foco de Caleb Williams, Drake Maye e Jayden Daniels.

Momentos como esses mostram que o Combine segue como um fator decisivo para a carreira profissional dos jogadores que buscam ter seu nome chamado no Draft, mesmo que nomes como Caleb Williams, Marvin Harrison Jr., Drake Maye e Jayden Daniels, dentre outros, não estejam “desfilando” no evento. Mas também existem riscos.

Nate Wiggins, Clemson, durante o Combine 2024 (Foto: NFL.com)
Nate Wiggins, Clemson, durante o Combine 2024 (Foto: NFL.com)

Pontos negativos do Combine

Dentre todas as posições, quem mais sofreu foram os cornerbacks. As franquias que precisam reforçar a posição no Draft de 2024 viram um dos principais nomes da classe sofrer lesão durante o dash de 40 jardas. Nate Wiggins, de Clemson, considerado o terceiro melhor jogador disponível na posição, correu 4.29 (um dos melhores tempos), mas após o teste, confirmou que sentiu uma lesão muscular. Para a sorte do cornerback, o problema não é considerado sério. Já o principal prospecto da posição, Kool-Aid McKinstry, de Alabama, descobriu uma fratura no pé durante os exames médicos no Combine.

Mais dois momentos negativos marcaram o Combine de 2024. O primeiro foi Caleb Williams. Considerado o principal prospecto da classe, o quarterback se tornou o primeiro jogador da história do evento a se negar a realizar exames médicos com todas as 32 franquias. A expectativa é que Williams só divulgue seus exames ao Chicago Bears, dono da primeira escolha geral.

O segundo momento negativo foi protagonizado por Tyler Owens. O safety de Texas Tech, durante coletiva de imprensa, afirmou: “Não acredito no espaço”.

Agora, após quase todos os prospectos mostrarem um pouco o que podem fazer, só podemos esperar o Draft.

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