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Futebol

As grandes vendas que ajudaram equipes do interior de São Paulo a mudar o seu patamar

No mercado de transferências, em meio ao período de vendas de jogadores para clubes nacionais e internacionais, dirigentes estão constantemente buscando lucrar com suas jóias e talentos formados internamente, muitas vezes alcançando cifras impressionantes para jogadores promissores ou renomados.

Diante desse cenário de negociações, equipes menores ao redor do mundo acabam frequentemente vendendo suas promessas e grandes porcentagens de jogadores para clubes maiores, muitas vezes por valores inferiores ao esperado para um atleta destacado. Os motivos para essas transações variam desde a necessidade de saldar dívidas, fechar o ano com saldo positivo ou investir em um futuro promissor.

Entretanto, mesmo com porcentagens menores nas vendas, algumas equipes conseguem mudar significativamente seu status. Pensando nisso, a Playmaker Brasil preparou alguns exemplos de equipes que conseguiram mudar o seu patamar apenas com vendas “terceirizadas”:

Confira a lista das vendas:

Mirassol

O Mirassol é um exemplo notável de reconstrução baseada nesse modelo. Em seus 98 anos de história, a equipe teve um crescimento incrível nos últimos anos. Ao manter vinte por cento dos direitos do jogador Luiz Araújo após sua transferência para o São Paulo, onde teve sucesso, e posteriormente para o Lille, da França, em 2018, o Mirassol recebeu R$ 7,7 milhões após a venda terceirizada.

Esse montante deu início a um projeto ainda maior, incluindo a construção de um luxuoso centro de treinamento de 1,5 mil metros quadrados, melhorando seus atletas e contribuindo para a formação de jovens talentos. Atualmente, a equipe colhe os frutos desse projeto, com ambições ainda maiores do que o esperado, como o quase acesso à Série A em 2023 e a passagem para a segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, caindo para o Grêmio. O Mirassol agora ostenta o status de ser o clube mais bem estruturado do interior de São Paulo.

Ituano

O Ituano é outra equipe que alcançou grandes feitos em sua recente história, especialmente com o impressionante título no Paulistão de 2014, onde eliminou três gigantes de São Paulo (Palmeiras, Corinthians e Santos). Apesar de ter sido menos expressiva em competições nacionais e estaduais, o clube iniciou um projeto ambicioso que foi sustentado financeiramente por uma venda espetacular de Gabriel Martinelli para o Arsenal, da Inglaterra.

A equipe de Itu mantinha cem por cento dos direitos do jogador, e a transferência gerou R$ 30 milhões em 2019. Atualmente, o clube não apenas mantém uma equipe competitiva em competições da Série B e A1 do Paulista, mas também modernizou seu estádio, revelou bons jogadores e conquistou uma boa reputação no cenário brasileiro recentemente.

XV de Piracicaba

O mais recente a se beneficiar financeiramente é o XV de Piracicaba, uma equipe tradicional no futebol paulista. O clube encheu os olhos e os cofres com a venda do zagueiro Lucas Beraldo para o Paris Saint-Germain, da França, por um valor expressivo de R$ 107 milhões. O XV de Piracicaba, que possuía vinte por cento dos direitos do atleta, recebeu R$ 20 milhões.

Segundo o presidente do clube, Luís Guilherme Schnor, esse valor é suficiente para cobrir os gastos do clube por três temporadas integralmente. Essa injeção financeira abre caminho para a apresentação de um projeto de médio prazo, possivelmente levando o XV de Piracicaba a competir por uma vaga na elite do futebol nacional.

Atualmente na Série A2 do estadual, o clube buscará o acesso à primeira divisão, além de participar da Copa Paulista e, quem sabe, garantir uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Inspirado por projetos bem-sucedidos como o do Mirassol, mencionado no texto, o XV se vê encorajado pelo ano de 2024, já colhendo uma grande vitória financeira que pode levá-los a patamares mais altos nos anos futuros, inclusive na Série B nacional.

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