Dorival Júnior Seleção Brasileira
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Opinião: Dorival Júnior supera desconfiança no auge da carreira

A Seleção Brasileira conseguiu superar a desconfiança do torcedor com a disputa dos amistosos diante de Inglaterra e Espanha. Toda a expectativa em torno da estreia do técnico Dorival Júnior para os primeiros jogos no comando de uma das maiores instituições do futebol mundial acabou sendo superada com desempenhos notáveis.

Os fracassos recentes em todas as equipes da Seleção Brasileira comandadas pela CBF de Ednaldo Rodrigues deixavam uma dúvida totalmente justa quando ao desempenho da nova seleção principal sob comando de Dorival, que deixou o São Paulo para embarcar em uma aventura cercada de pressão por todos os lados.

Na convocação, alguns nomes como Fabrício Bruno, Pablo Maia, Rafael e Murilo chamaram atenção negativamente de forma notável, enquanto outros atletas como Bremer (erro corrigido posteriormente) e Murillo, do Nottingham Forest, acabaram ficando de fora.

Desconfiança na convocação eliminada com triunfo sobre os ingleses

Com bastante desconfiança e um clima pesado envolvendo os assuntos extracampo de Robinho e Daniel Alves, a Seleção Brasileira encarou um Wembley lotado com bastante personalidade. A Inglaterra naturalmente pressionou nos minutos iniciais e os desfalques de Bukayo Saka e Harry Kane fizeram falta aos ingleses, mas o Brasil foi o mais prejudicado em relação à desfalques e cortes nos relacionados por lesões.

A velocidade nas transições ofensivas para conduzir contragolpes assustou os ingleses e o Brasil deveria ter deixado o primeiro tempo com uma vantagem no placar. Na etapa complementar, com o jogo numa intensidade mais baixa, o técnico Dorival Júnior fez as alterações necessárias e fez a Seleção Brasileira passar com tranquilidade pelo meio-campo inglês, fechando a boa atuação com o gol do predestinado Endrick.

Dorival Júnior ajustou e dominou a Espanha no segundo tempo

Diante da Espanha, sem a mesma desconfiança e com uma expectativa ainda maior, a Seleção Brasileira expôs problemas comuns para uma equipe de futebol que trocou de técnico de forma recente: a falta de entrosamento e comportamentos táticos não automatizados, permitindo muita liberdade nas finalizações adversárias na entrada da área.

Desconsiderando os erros de uma arbitragem confusa (e potencialmente tendenciosa), o Brasil sofreu dois gols no primeiro tempo, mas Dorival Júnior conseguiu força para reagir graças à uma característica que talvez seja a principal neste momento: competitividade.

A postura da Seleção Brasileira na volta do intervalo com quatro alterações, preenchendo mais o meio-campo e marcando com linhas adiantadas acabou dando certo com menos de cinco minutos, colocando uma pressão em cima da Espanha em pleno Santiago Bernabéu. Felizmente, mesmo com os erros de arbitragem, o Brasil conseguiu evitar o que seria uma injusta derrota.

Dorival Júnior para muitos não consiste na melhor opção para trabalhos de longo prazo e nem mesmo suas ideias de jogo agradam á todos, mas o técnico demonstrou com apenas dois jogos que mais uma vez é o melhor nome do futebol brasileiro para neutralizar crises e implementar estratégias de forma eficiente.

Imagem: Rafael Ribeiro / CBF

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