Diante de um cenário terrivelmente marcado pelas chuvas em Porto Alegre e em boa parte do Rio Grande do Sul, a dupla Gre-Nal se prepara para iniciar sua avaliação em meio aos estragos e prejuízos que irão sofrer em seus patrimônios na capital gaúcha. Grêmio e Internacional mantiveram suas atividades suspensas frente a um cenário totalmente incerto, e focalizam nesse momento suas atenções aos funcionários, atletas, e a comunidade em geral, devastada por este período tão triste, que ultrapassou a enchente de 1941.
O imortal e o colorado estão com seus jogos suspensos até o dia 27 de maio pela CBF, e pretendem dar início à avaliação dos danos causados pelas enchentes que assolaram Porto Alegre nos últimos dias, contabilizando o valor que deverão desembolsar para a reestruturação dos clubes após este tenebroso período vivenciado pelo RS. A cheia do Rio Guaíba, apontada como a maior da história, superando a de 1941, deixou marcas profundas nas estruturas da dupla Gre-Nal, e até o presente momento, ainda demonstra estar em reação contra o momento em que ambos procuram se recuperar, junto da comunidade porto-alegrense.
O Gre-Nal e suas semelhantes realidades em meio às chuvas em POA
Desde o início das chuvas em todo o Rio Grande do Sul, a capital Porto Alegre foi uma das áreas mais afetadas do estado, junto de regiões como o seu entorno, a região metropolitana, e áreas como a Serra Gaúcha, Vale do Taquari e Vale dos Sinos. Pessoas comuns, empresários de pequeno e grande porte, visitantes, todos foram muito afetados em meio ao violento episódio climático que tem sido acompanhado pelo Brasil e pelo mundo com todas as atenções. As imagens disparadas nos últimos dias mostram um verdadeiro cenário de guerra instaurado no RS, e na parte do futebol, o quanto a dupla Gre-Nal também sofreu muito com os estragos sofridos até aqui.
Do lado do Grêmio, o tricolor sofreu inundações no CT Luiz Carvalho e na Arena, e não têm recebido visitas em meio a cheia que ainda se encontra em seus domínios. Ambos os locais seguem em estado de alerta, e possivelmente, levarão meses para serem devidamente recuperados para o funcionamento normal. Se por um lado os equipamentos de setores como a academia e o departamento médico, e a estrutura do centro de treinamento, se encontram não tão afetados, o CT gremista teve seus campos alagados, e o solo coberto pela água das enchentes. o que levariam meses para se recolocar em condições de uso.
No caso da Arena do Grêmio, o clube prevê dificuldades para voltar às atividades em menos de 30 dias. O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, declarou em entrevista ao SporTV na última terça feira, que não há condições nem de pensar em futebol nesse momento delicado que o RS têm enfrentado num todo.
Não tem como pensar em futebol num espaço curto, 15, 20 dias. Depois vamos ver as condições dos estádios, não acredito que na Arena e Beira-Rio vamos conseguir mandar jogos em menos de um mês.”
— Alberto Guerra, presidente do Grêmio.
Pelo lado do Inter, a realidade é semelhante a vivenciada pelo rival nessa catástrofe climática. O CT Parque Gigante também ficou submerso em meio às enchentes provocadas pela cheia do Rio Guaíba e não apresentam mínimas condições de treino até o presente momento. O colorado prevê em sua agenda retornar com as atividades a partir de segunda-feira, dia 13, porém, deixa em aberto a possibilidade de remarcar, devido à continuação das chuvas na capital e no estado todo.
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Além de seu centro de treinamento, o Internacional também estima prejuízos no Beira-Rio, estádio no qual manda suas partidas, e passava por uma troca de gramado, o qual assim como o da Arena do Grêmio, foi muito atingido e não possui mais as devidas condições para uso. O campo esteve sendo utilizado para atividades do elenco desde a suspensão das atividades no Parque Gigante após as primeiras chuvas, porém, também se encontra submerso, o palco colorado se encontra bem próximo ao Guaíba.
Também em entrevista ao SporTV, o presidente do Internacional, Alessandro Barcelos, foi na mesma direção do executivo do rival ao comentar o assunto, e afirmou que a prioridade desse momento, é a vida das pessoas, e tirá-las dessa situação.
O mais importante agora é o patrimônio da vida, tirar as pessoas dessa situação. São consequências que serão levantadas depois, do ponto de vista material. O complexo Beira-Rio, nosso CT, estruturas todas tomadas por água, uma situação que ainda não nos permitiu fazer esse levantamento.”
— Alessandro Barcelos, presidente do Internacional.
Enquanto a dupla Gre-Nal não se encontra em condições de atuar dentro de campo, ambos têm apresentado boas atuações diante desse cenário histórico vivenciado pelo Rio Grande do Sul em anos, colocando a solidariedade em ação. Atletas como os goleiros Caíque e Rochet, o volante Thiago Maia, e o centroavante Diego Costa, estão ajudando no resgate de atingidos, e suas equipes, Grêmio e Internacional, estão auxiliando seus funcionários e jogadores em meio ao momento que tem servido para unir adversários e reconstruir o que se perdeu.
As estruturas serão avaliadas após a diminuição das cheias em Porto Alegre e a população da capital se reorganizar em meio ao caos vivenciado nas últimas semanas. Até aqui, a dupla Gre-Nal e o Juventude, equipes gaúchas que figuram entre as 20 na disputa do Campeonato Brasileiro, tiveram seus jogos suspensos pela CBF até o dia 27 de maio.
