Em relatório divulgado nesta semana, técnicos da FIFA avaliaram as candidaturas para sediar a edição de 2027 da Copa do Mundo Feminina, e a do Brasil recebeu a maior nota entre os concorrentes a sede do torneio. Além do país, havia um consórcio com três países da Europa: Alemanha, Holanda e Bélgica.
Em uma escala de 1 a 5, a nota brasileira foi 4. A nota da candidatura europeia foi de 3,7. O relatório com as avaliações foi publicado na noite da última terça-feira (07). A votação para decidir onde o Mundial Feminino de 2027 será sediado acontecerá em 17 de maio, durante o congresso da FIFA que reunirá as 211 associações nacionais de futebol na Tailândia.
Para defender as suas candidaturas perante as demais entidades nacionais, cada chapa terá 15 minutos. A candidatura do Brasil tem na delegação nomes como Aline Pellegrino e Formiga. Caso seja escolhido, o Mundial teria à disposição quase todos os estádios utilizados na Copa do Mundo de 2014, com exceção da Arena da Baixada e Arena das Dunas, em Curitiba e Natal, respectivamente. A meta da comitiva verde e amarela é não focar tanto na estrutura já existente, pondo um outro fator preponderante: o desenvolvimento da modalidade, e a formação de uma sociedade melhor para o gênero feminino.
A candidatura da Europa tem treze estádios, ao todo, sendo cinco na Holanda, quatro na Bélgica e Alemanha, com abertura na Johan Cruyff Arena, em Amsterdã. A final seria no Signal Iduna Park, em Dortmund. Na do Brasil, por sua vez, a abertura e a grande final seriam no Maracanã. Sobre o país sul-americano, os executivos da FIFA falaram no relatório da candidatura brasileira e do apoio do Governo Federal e Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A candidatura do Brasil oferece bons estádios, construídos especificamente e geralmente configurados para os maiores eventos internacionais, tendo recebido a Copa do Mundo de 2021. Apresenta também uma forte posição comercial, com uma combinação potencial de arrecadação e de eficiência nos custos.”
A CBF o governo brasileiro demonstraram apoio à candidatura e compromisso em sediar o evento, o que é particularmente importante, já que seriam necessários certos investimentos em infraestrutura e serviços para garantir o sucesso do torneio. Por último, vale a pena notar que, se a candidatura for bem sucedida, a América do Sul seria a anfitriã da competição pela primeira vez, o que teria impacto tremendo da vida do futebol feminino da região.”
Notas brasileiras para o Mundial de 2027 em relatório da FIFA
Avaliação das Candidaturas
Critério | Notas do Brasil | Notas da Holanda | |
Estádios | 3.7 | 3.4 | |
Estruturas para times e árbitros | 3.3 | 3.5 | |
Hospedagem | 4.6 | 4.5 | |
Centros de mídia | 3.3 | 4.0 | |
Sedes para Fan Fest | 3.7 | 3.3 | |
Avaliação comercial | 4.5 | 4.0 | |
Média | 4.0 | 3.7 |
Até a última semana, México e Estados Unidos também seguiam com sua candidatura de pé, porém a retiraram visando sediar a edição de 2031. Na sexta-feira da semana que vem, a entidade máxima do futebol internacional definirá a candidatura vencedora para sediar a próxima edição do Mundial Feminino daqui três anos.
Foto: Divulgação/FIFA.