O time principal do Flamengo desembarca em solo brasileiro nesta terça-feira (30) para finalmente iniciar a temporada. Na bagagem, o Rubro-Negro traz dos EUA a certeza de que o técnico Tite fez os testes que precisava para enfim focar no primeiro objetivo do ano: o Campeonato Carioca.
A equipe é apenas a oitava na tabela, após três jogos disputados. Os titulares golearam o Audax na estreia, mas os garotos acabaram empatando com Nova Iguaçu e Portuguesa. Na quarta (31), o Fla encara o Sampaio Corrêa, em Belém.
Além da oportunidade de comandar o time durante a pré-temporada, o treinador também ganhou reforços e o principal deles é o meia De La Cruz. Desejo antigo da diretoria, o uruguaio chegou dando ao torcedor a expectativa de que possa ser o substituto à altura de Everton Ribeiro, que de 2017 a 2023 foi o dono do lado direito do meio-campo rubro-negro.
No primeiro amistoso diante do Philadelphia Union, De La Cruz fez sua estreia e atuou por 45 minutos na vitória por 2 a 0. Contra o Orlando City, o uruguaio começou como titular, jogando no lugar de Luiz Araújo pela direita, apesar de cair por dentro muitas vezes, abrindo o corredor para o lateral Varela.
“Na qualidade técnica individual, ele (De La Cruz) pode jogar como articular. Central, mas como do lado para dentro. Nessa tripla função, como segundo meio-campista, externo com liberdade ou um meia mais avançado, ele tem essa versatilidade”, disse Tite em entrevista à Fla TV.
O principal reforço do Flamengo para temporada, de fato, pode ser uma espécie de “Coringa” para o treinador. Na maioria de seus times, Tite já demonstrou preferir jogar com dois pontas. Se optar por manter Gerson ao lado de Pulgar no meio, Luiz Araújo é quem deve sair para a entrada de De La Cruz. Em outra situação, com o uruguaio por dentro, Gerson é quem pode perder posição.
Importância de De La Cruz na temporada do Flamengo
Tite ressaltou que De La Cruz será fundamental para a longa temporada, sobretudo pelo seu estilo de jogo.
“O que ele tem é essa qualidade técnica individual, uma mobilidade muito grande, a gente faz essa transição. Precisa de um jogador mais agudo, tem ele, precisa de articulação maior, tem ele, que pode jogar por dentro. O ano todo, a sequência de jogos, te exigem que tenha jogadores de versatilidade”, afirmou.
De La Cruz jogou 38 partidas na última temporada pelo River Plate. Além de ser importante nas construções em campo, o meia marcou sete gols e deu três assistências pela equipe argentina, número menor que na temporada anterior, quando deu oito passes para gol e marcou seis vezes em 42 jogos disputados.
