Na noite desta quinta-feira (14), o Fortaleza recebeu o Retrô-PE no Castelão em duelo único válido pela segunda fase da Copa do Brasil. Mais uma vez, o Leão teve uma atuação ineficiente e não conseguiu superar a retranca da equipe pernambucana no tempo normal. Nos pênaltis, o Tricolor de Aço aproveitou três cobranças desperdiçadas do time adversário para conseguir a pouco convincente classificação para a terceira fase do torneio.
Análise e resumo da partida:
O início do jogo já começou com domínio do Fortaleza, mas a equipe de Vojvoda deu espaço para o Retrô contra-atacar nos minutos iniciais. A equipe pernambucana, no entanto, não soube aproveitar o que foi provavelmente seu melhor momento em todo o confronto. Com o passar do tempo, o Leão do Pici passou a ter domínio das ações em campo, mas com um futebol pouquíssimo incisivo.
A equipe mandante teve uma postura bastante passiva, errando passes bobos no último terço do campo e muitas vezes desperdiçando chances por falhar no passe final. Para piorar a situação, a noite dos atacantes do Fortaleza não era nada inspiradora. Moisés participou pouco pela esquerda, enquanto Lucero teve o que foi provavelmente sua pior atuação com a camisa tricolor.
Já na reta final do primeiro tempo, o Retrô tinha seu “ferrolho” montado em campo: com praticamente 10 jogadores defendendo e apenas o atacante Giva isolado entre os marcadores do Leão, a equipe treinada por Roberto Fernandes montou uma linha de cinco defensores e conseguiu ficar muito bem compactada, frustrando o ataque do Fortaleza.
No segundo tempo, pouco mudou. O Fortaleza passou a arriscar mais, mas sem muita precisão. O time de Vojvoda passou a levar mais perigo ao gol de Paulo Ricardo após as entradas de Calebe (voltando de lesão), Marinho e Pedro Rocha, no entanto, o arqueiro do Retrô brilhou e evitou o gol tricolor em diversas ocasiões.
Lucero ainda teve uma oportunidade claríssima de fazer o gol após um belo lance de Marinho pela direita, dominando já na pequena área e ficando com o gol completamente aberto em sua frente. De maneira inacreditável, o argentino isolou a bola, coroando uma atuação terrível e que definitivamente foi um dos principais fatores pelo empate sem gols no tempo normal.
O Retrô conseguiu fazer aquilo que havia proposta durante todo o confronto: evitar o gol. Destaque para o zagueiro Dankler, que foi de longe, o melhor jogador de linha da partida. O defensor ganhou praticamente todos os duelos em sua zona e demonstrou uma excelente disposição física até o fim da partida.
Resultado no tempo normal: Fortaleza 0 – 0 Retrô
A disputa de pênaltis foi um verdadeiro show de horrores. Provavelmente, uma das piores em toda a competição até o momento. Quem começou cobrando foi o Retrô, com o veterano Fernandinho (aquele mesmo de Flamengo, São Paulo e Grêmio). O jogador sentiu a parte física durante a partida, mas se sacrificou para estar em campo na disputa de pênaltis.
E tudo isso, para cobrar o pênalti de maneira horripilante. O camisa 10 do time pernambucano teve uma lenta caminhada para a bola, ameaçou uma paradinha e cobrou no meio do gol, para a defesa do goleiro João Ricardo. Na sequência, Calebe, pelo Leão, não fez diferente. Uma cobrança fraca e no meio do gol, com Paulo Ricardo defendendo sem problemas.
Renato, pelo Retrô, bateu para fora. Lucero, tentando sua redenção, também errou, com Paulo Ricardo defendendo. Parecia que a rede não iria balançar no confronto. Até que Edson, do time visitante, balançou as redes pela primeira vez no Castelão.
O jovem venezuelano Kervin Andrade teve personalidade e pediu para bater – com uma bela cobrança no canto direito de Paulo Ricardo, o atacante deixou tudo igual. Luizinho, pelo Retrô, isolou. Zé Welison converteu e Giva marcou para o time pernambucano. Tinga, capitão do Leão, cobrou o último pênalti e colocou com categoria no ângulo de Paulo Ricardo, assinalando a classificação sofrida do Fortaleza para a terceira fase da Copa do Brasil.
