Em uma decisão anunciada nesta quarta-feira (21), o ex-piloto da Fórmula 1 Nikita Mazepin teve as sanções contra ele revogadas pelo Tribunal Geral da União Europeia. A União Europeia afirmou que não tinha justificativa para manter o russo em uma lista de pessoas sancionadas devido à invasão russa na Ucrânia em 2022.
Na época, tanto Mazepin quanto seu pai, Dmitry, foram identificados como sujeitos a medidas restritivas, incluindo o congelamento de ativos financeiros e a proibição de entrada nos países membros da UE. Essa decisão vem após Mazepin ter sido dispensado pela equipe Haas antes da temporada de 2022, quando a equipe americana anunciou a rescisão de seu contrato, assim como o de seu patrocinador, a Uralkali, devido à situação na Ucrânia.
O ex-piloto da Haas F1 Team há tempos vinha pressionando pela remoção de seu nome das listas de sanções globais, sem sucesso. No entanto, a UE agora mudou sua posição, afirmando que Mazepin deveria ser retirado das sanções, uma vez que não havia evidências de que ele estivesse mais do que apenas familiarmente ligado ao seu pai. Embora a empresa Uralkali de seu pai já tenha patrocinado suas atividades de corrida, esse apoio não era mais relevante, dado que Mazepin não estava mais na Haas.
O que diz o Tribunal Geral
O Tribunal Geral da União Europeia emitiu uma declaração argumentando que colocar Mazepin na lista de sanções apenas por sua associação com o pai estava incorreto.
“O Tribunal Geral lembra que o critério de ‘associação’, aplicado a Nikita Mazepin, inclui pessoas geralmente conectadas por interesses comuns. De acordo com a jurisprudência estabelecida, esse critério requer um vínculo além de uma relação familiar, com base em evidências específicas, precisas e consistentes. Nas circunstâncias deste caso, o Tribunal considera que o Conselho não conseguiu provar tal vínculo. A associação entre Nikita Mazepin e seu pai não foi estabelecida em termos econômicos, de capital ou por interesses comuns no momento em que as medidas foram adotadas.”
Pronunciamento de Mazepin
Nikita, que atualmente corre na Asian Le Mans Series, recebeu positivamente essa mudança, embora improvável que tenha um impacto significativo em sua tentativa de retornar à Fórmula 1. “Estou muito encorajado pela decisão de hoje e grato ao Tribunal Europeu por julgar meu caso de forma justa. Este é, sem dúvida, um marco crucial,” disse em comunicado.
(Foto: Mark Thompson/Getty Images)
