1614836819 1290472 1614836716 2182975ap 1vgtrhxtd1w11 news scaled 1
Automobilismo

ACERVO TÉCNICO – Bem-vindos a Baku: como um circuito de rua pode ser um dos mais democráticos em acertos aerodinâmicos na Formula 1

(por Wilson Machado)Como todos sabemos, o próximo GP será no Azerbaijão, percorrido no Baku City Circuit. O circuito conta com um traçado de 6,003 Km no qual serão disputadas 51 voltas, totalizando 306,049 km. O circuito conta com 20 curvas (12 para o lado esquerdo e 8 para o lado direito), 2 zonas de DRS e uma estimativa de 78 trocas de marchas por volta (o que dá em torno de 4000 trocas de marcha em uma corrida inteira), e é uma das pistas com maior possibilidade de variação a termos de aerodinâmica da Fórmula 1. O motivo é bem simples e fácil de se explicar. Com 15 das 20 curvas (sendo dessas 11 de lenta e 3 de média) divididas entre o 1° e o 2° setor, uma alta carga aerodinâmica se faz benéfico para que os carros ganhem mais estabilidade e tração nas saídas das curvas, o que se faria necessário em todas as ocasiões se não fosse o 3° setor, dono das 5 curvas faltantes, que é o setor com maior zona de aceleração máxima da pista, totalizando literais 2.015m de aceleração 100% aberta, vindo da curva 16 (única curva de lenta que se faz necessário o uso do freio) até a curva 1. Os carros permanecem em aceleração constante de 24 segundos fazendo-os chegar a velocidades próximas dos 340 km/h, segundo algumas simulações dos carros desse ano (mas ainda um pouco longe do recorde de 378 km/h que Valtteri Bottas atingiu com sua Williams seis anos atras). Assim como ano passado, na introdução dos carros de efeito solo, as equipes podem usar ajustes priorizando mais as cargas de pressão para ganharem mais tempo nos 2 primeiros setores e sacrificando o poderio de aproximação sem ativação de DRS no terceiro e mais rápido setor da pista. Porém, Baku também é conhecida por um ponto importantíssimo em corridas de alta velocidade, e um asfalto extremamente abrasivo, podendo comprometer muito a durabilidade dos pneus, e isso pode acarretar alguns abandonos cruciais como o de Max Verstappen em 2021, dado pelo alto nível de desgaste sofrido por seus pneus, em parte pelo asfalto. Seguindo as logicas das análises das semanas anteriores, isso seria uma prova em que na teoria a Red Bull Racing teria uma certa vantagem contra Aston Martin e o restante do pelotão, pois sofre menos nos setores rápidos mesmo usando ajustes priorizando de pressão para curva. Com isso em mente, Ferrari, Aston Martin, Mercedes e McLaren acompanharão a RBR nas novas atualizações em seus carros, muitos focando em elementos que estarão sendo focados primariamente em velocidade e comportamento em retas, principalmente as asas. No entanto, existe também um rumor no qual a Ferrari trará uma Sidepod redimensionada, seguindo os padrões existentes, mas só vamos ter mais informações na quinta-feira. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *