(por João Zarif)O técnico Fabián Bustos deu uma coletiva de despedida nesta sexta-feira, antes de sua última partida no comando do Barcelona de Guayaquil, do Equador. O “hermano” já foi anunciado pelo Santos como novo treinador do clube, substituindo Fábio Carille. Ele ainda comandará o time equatoriano por uma última vez, neste sábado, contra o Técnico Universitário, pelo campeonato nacional.Muito emocionado e com a voz embargada, o treinador agradeceu funcionários do clube e disse ter sido difícil tomar a decisão de sair do Barcelona para aceitar o convite do peixe.– Vou tentar não desabar. Agradecer a todos que trabalharam e trabalham no clube. Obviamente, me emocionou muito tomar essa decisão. Foi familiar, acima de tudo. Porque estamos em um lugar onde sempre queríamos chegar. Tivemos as condições ideais. Sempre com apoio incondicional de todo grupo e todos auxiliares. De todos que estavam no dia a dia conosco. Mas é um desafio para vida, de crescimento pessoal, familiar. Me emocionou muito porque amo este clube. Cada vez que entro pelo estacionamento, sinto a grandeza que o clube tem. Vou tentar não falar muito. Vou seguir apoiando esse clube de onde estiver.Bustos lembrou da chegada ao clube mais popular do Equador. Consagrado no futebol local, ele disse ter aproveitado o tempo em que esteve na equipe e torce para que o time chegue na final da Copa Libertadores da América, a ser disputada na casa do Barcelona.– Estamos aqui desde 16 de dezembro de 2019, como disse o presidente. Me lembro de todos os sonhos que tinha e o nervosismo por chegar nessa instituição tão grande. Vou estar eternamente agradecido. É um sonho esportivo de um jogador de futebol que via o Barcelona como algo muito longe, muito complicado para um jogador ou treinador local. Por isso foi tão importante para mim e creio que aproveitei até o último minuto. Agora, vem um novo desafio, de uma instituição enorme também. Como qualquer pessoa que gosta de desafios, vou buscar o êxito e tratar de fazer o melhor possível. Santos não está na Copa Libertadores, mas na Sul-Americana. Ficaria encantado de estar aqui como mais um torcedor apoiando o Barcelona na final da Libertadores.O treinador de 52 anos comentou o desafio de treinar o Santos. O agora comandante do alvinegro praiano sempre teve como objetivo treinar uma equipe do Brasil, visto por ele como o melhor futebol da América.– A decisão foi por algo mais familiar. Desafio que pensava que era muito difícil que chegasse na minha vida. Obviamente, também, pelo lado econômico, pela família. Gostaria de terminar o vínculo com o Barcelona porque era um lugar onde sempre quis chegar. Mas é um belo desafio e vou tratar de fazer o melhor possível.
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