(por Mattheus Prudente) Para acomodar o horário europeu e ajudar na divulgação da nova corrida realizada em Las Vegas, a Fórmula 1 colocou sessões em horários incomuns, como, por exemplo, às 0h no horário local. Isso ainda teve um agravante por conta do atraso na segunda sessão de treinos livres para reparar as tampas de bueiros que danificaram o carro de Carlos Sainz na sexta-feira. Esses horários foram especialmente difíceis para os mecânicos e outros trabalhadores das equipes, que, depois de uma temporada muito cansativa, ainda tiveram que trabalhar até a madrugada por conta do calendário. Isso gerou uma reação dos chefes das equipes da categoria, que pediram mudanças nos horários das sessões em Vegas na próxima temporada. O chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, reconheceu o sucesso do evento apesar dos problemas, mas disse que a F1 precisa encontrar um meio termo nos horários: “Se tivermos que melhorar, talvez sejam os horários. Não é fácil de encontrar, se você quiser ter um timing decente para a Ásia, Europa, Costa Leste, Costa Oeste. No passado, não tínhamos problemas porque a F1 era apenas para o povo europeu, e tínhamos que seguir o calendário europeu, e estava tudo bem. Agora é um projeto mundial e é muito mais difícil encontrar algo que se encaixe nas expectativas da zona de 24 horas. Mas vamos ajustá-lo,” afirmou Vasseur. Sendo mais incisivo, o chefe da Red Bull, Christian Horner, também fez duras críticas aos horários das sessões: “Em primeiro lugar, é claro, haverá muitas lições a aprender. Uma das coisas a se observar é o cronograma porque tem sido brutal para a equipe e para todos os homens e mulheres nos bastidores. Todo mundo está saindo de Las Vegas um pouco f****! De uma forma ou de outra, foi um fim de semana brutal para todos nos bastidores, e acho que precisamos ver como podemos melhorar isso para o futuro,” disse Horner. Problemas no calendário Após sair de um fim de semana exaustivo em Vegas, a Fórmula 1 vai direto para o último fim de semana da temporada em Abu Dhabi, uma viagem de cerca de 12h após uma longa adaptação ao fuso horário estadunidense. Isso gerou reclamações de todos, sejam mecânicos, pilotos ou jornalistas que acompanham as provas. Isso será um fator ainda maior na temporada que vem, quando o GP de Las Vegas será o começo de uma sequência de três corridas em três semanas com Catar e Abu Dhabi em seguida.
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