0001231953 hires 0en3f1e04zdb5v0jfoimq0fl6gwm
Automobilismo

CInco lições que aprendemos com o GP da Holanda

(por Pedro Gama)Neste último domingo (27) aconteceu, em Zandvoort, na Holanda, mais uma etapa do campeonato mundial de F1, e a Playmaker Brasil traz cinco lições que podemos tirar da corrida.Confira:1 – Red Bull toca o céu Em um final de semana que para qualquer equipe do grid seria um desastre completo, a equipe austríaca mostrou porque venceu todas as etapas da temporada. Mesmo com um chove e seca e diferentes tipos de estratégia, a Red Bull não se precipitou e dominou a corrida, primeiro com Sérgio Pérez que, com mais uma classificação ruim, largou lá atrás, mas assumiu a liderança logo na primeira volta graças a rápida decisão da equipe de parar antes do pico da chuva.Sergio saiu de oitavo para primeiro com 11 segundos de vantagem para o segundo, Max Verstappen. Verstappen que, por sua vez foi novamente implacável. O bicampeão, com um ritmo alucinante, chegando a tirar 2 segundos por volta após cair para a segunda posição parecia imparável. Max atingiu uma conexão com o seu carro quase inacreditável. Com uma pilotagem muito madura e ao mesmo tempo arrojada, o holandês não comete erros e não a toa igualou um recorde que parecia inalcançável: as nove vitórias seguidas de Sebastian Vettel. É questão de tempo para Max e a Red Bull vencerem o campeonato.2 – Aston Martin: voltando a brilharA equipe que, das “normais”, é a grande sensação da temporada, vinha de finais de semana difíceis, com as suas concorrentes aumentando o ritmo e até andando mais rápido, mas, na Holanda, finalmente as atualizações chegaram e a equipe novamente voltou a andar rápido. Destaque para Fernando Alonso, que vive um dos seus melhores anos na carreira. Dentro da pista parece ter encontrado o equilíbrio entre maturidade e velocidade. Logo na largada, assumiu a segunda posição e soube administrar os problemas com a chuva, e, mesmo com um pit stop de 8.3 segundos que o colocou em sexto, Alonso novamente escalou o pelotão e voltou para o segundo lugar.Fernando não é mais aquele piloto mimado que reclama publicamente da sua equipe e cria problemas. Ele é visto como o grande líder da Aston, o homem que faz o time ir para frente em busca de um objetivo maior. Talvez aprendeu algo com os muitos erros de sua brilhante carreira.3 – Alexander Albon: ainda sou o problema?Albon vive um dos mais legais arcos de superação da F1. Após uma saída muito humilhante da Red Bull, em que se questionou a sua qualidade, o anglo-tailandês se viu como espelho na Williams, fazendo algo inesperado juntos. Algo mais inacreditável do que o quarto lugar na classificação é como Alex cuida bem dos seus pneus. Mais uma vez, Albon andou 46 voltas com o composto macio, com o adendo de não ter parado durante a chuva inicial, o que lhe fez assegurar a posição na pista, já que, na corrida o seu carro costuma andar pra trás. Albon tem uma pilotagem muito consciente, ele parece saber exatamente quem é e o que tem nas mãos, talvez por isso seja tão bom no que faz.4 – O inferno de Charles Leclerc O monegasco Charles Leclerc vive uma eterna crise na Ferrari – algo comum nos últimos 75 anos de F1. Parece viver os últimos dias de um casamento que com muitas juras de amor virou uma dor de cabeça. Charles não encontra ritmo, reclama abertamente da equipe, essa que, por sua vez trocou o seu diretor técnico trazendo Frederic Vasseur com quem Charles teve sucesso na Alfa Romeo, tentando resolver os problemas técnicos e de relacionamento, mas sem sucesso. Leclerc não parece ser mais aquele jovem de 21 anos que tinha a cara e a vontade de ser o futuro da Scuderia de Maranello.5 – Lando Norris: erros e acertosVindo de um 2023 de muito crescimento, Lando cada vez mais se consolida como o grande piloto que se esperava. Com um início de temporada ruim, Lando pouco fez, mas após as melhorias na McLaren voltou a se colocar na briga por pódios, conseguindo dois em sequência. Mas o jovem piloto inglês ainda comete alguns erros que não são compatíveis com alguém de seu talento. Assim como em Sochi 2021, Norris não tomou a melhor decisão no momento de dificuldade. O piloto da Mclaren largou em segundo e teve a chance de ficar na pista ou entrar nos boxes logo na primeira volta. Por uma decisão sua, ele resolveu ficar e viu a sua chance de vitória ir por água a baixo, caindo para 17º, mas voltando para conseguir marcar pontos no final.Se ele quer ser o primeiro piloto da McLaren e disputar o título, precisa melhorar essas decisões e não desperdiçar chances reais de vitória, como infelizmente tem feito.Menções honrosasPierre Gasly Gasly conseguiu um terceiro lugar após boas decisões e um forte ritmo de corrida, o piloto francês vai se consolidando como líder de uma nebulosa Alpine. Yuki Tsunoda Tsunoda vem sendo muito criticado pelo seu desempenho, mas o japonês mostra muita maturidade e principalmente velocidade. Tsunoda andou o ano inteiro à frente de De Vries, estava empatado com Ricciardo e mostrou a sua diferença para Lawson na sua estreia, soube lidar com as adversidades da corrida e quase conseguiu pontuar. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *