(por Matheus Correia)Mikal Bridges fez um cesta surreal nos segundos finais do confronto, levando o jogo para a prorrogação. No entanto, isso não foi suficiente para evitar que os Estados Unidos retornassem para casa da Copa do Mundo de mãos vazias. Após 87 anos de espera, o Canadá conquistou novamente uma medalha em um dos maiores palcos do basquete. Na manhã deste domingo (10), as duas equipes norte-americanas se enfrentaram em Manilla, Filipinas, para definir o terceiro colocado da competição.Confira o resumo da partida:Como era de se esperar, o duelo foi equilibrado desde o início. No entanto, o Canadá conseguiu abrir uma vantagem considerável no placar por conta do fator “SGA”. O astro de OKC dominou inteiramente a defesa americana, que não possuia ninguém em quadra capaz de parar a velocidade e os drives do ala-armador. Com Jaren Jackson Jr. sendo “poupado” por Steve Kerr após um mata-mata vergonhoso, Shai puniu os EUA posse após posse no garrafão, conseguindo faltas com frequência.No segundo período, os estadunidenses perceberam que não teria vida fácil arremessando do perímetro. Com Walker Kessler no post e Anthony Edwards apostando nas infiltrações, os EUA conseguiram se recuperar e voltaram ao jogo, chegando a virar o placar. Entretanto, a equipe de Steve Kerr não contava com o fator “Dillon Brooks”. Um verdadeiro personagem na NBA, o ala teve atuações muito questionáveis no torneio mundial. Porém, ele soube aparecer no momento certo.Impecável nos arremessos de longa e média distância, o “esquentadinho” do Houston Rockets doutrinou a defesa dos Estados Unidos e botou o Canadá na frente do placar novamente. Os Maple Leafs tiveram controle do terceiro quarto, mas viram a recuperação dos americanos no último período. Com uma boa atuação de Tyrese Haliburton, a equipe de Steve Kerr conseguiu equilibrar o jogo em quadra. Tudo ficou para ser definido nos segundos finais do confronto. Com os Estados Unidos atrás do placar por quatro pontos e com apenas 4,2 segundos restantes no relógio, Mikal Bridges fez o impensável. O astro do Brooklyn Nets foi para linha de lance-livre e acertou o primeiro. No segundo arremesso, Mikal errou intencionalmente e correu para pegar o rebote enquanto a bola quicava em direção ao canto direito. Bridges pegou a bola, girou e arremessou justamente atrás da linha de três pontos, convertendo o arremesso à la Lebron James contra os Wizards nos playoffs de 2017. De maneira surreal, os Estados Unidos levaram a partida para a prorrogação.No entanto, a equipe de Kerr levou um balde de água fria logo após o arremesso milagreiro de Bridges. Desta vez com uma aula de basquete de Shai Gilgeous-Alexander, os canadenses tiveram domínio total do tempo extra, anotando 16 pontos e segurando os estadunidenses a apenas sete. Resultado: Canadá 127 – 118 Estados UnidosMais uma edição da Copa do Mundo sem medalha para os Estados Unidos, supostamente “donos” do melhor basquete do planeta. Assim como em toda a competição, Anthony Edwards foi o destaque da equipe de Steve Kerr, anotando 24 pontos e 5 rebotes. Austin Reaves (23 pontos e 5 rebotes) e Mikal Bridges (19 pontos, 9 rebotes e 4 assistências) também tiveram boas contribuições.Mas está na hora de falarmos do verdadeiro astro da conquista do bronze canadense. De vilão à herói, de vaiado a “MVP”. Estamos falando de Dillon Brooks, senhoras e senhores. 39 pontos, 4 rebotes, 5 assistências e 2 tocos. 67% de aproveitamentos nos arremessos de quadra, 7 de 8 nas bolas de três pontos. A maior pontuação de um jogador contra os Estados Unidos na história da Copa do Mundo. Você duvidou, eu sei. E provavelmente também brincou com uma possível ida à China quando Brooks ficou livre no mercado. É, amigo… Mas também vale ressaltar que Dillon Brooks não ganhou a partida sozinho. Astro da seleção, Shai também teve uma atuação espetacular, anotando 31 pontos, 6 rebotes e 12 assistências. RJ Barrett apareceu no “clutch” e teve uma ótima contribução com 23 pontos e 7 rebotes.
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