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Futebol

Com virada sofrida, gol de Suárez e muita emoção, Atlético de Madrid vence Osasuna e mantém a liderança da La Liga

(por João Zarif) O líder Atletico de Madrid (80 pontos) foi para o campo pela penúltima rodada (37ª) de La Liga, contra o Osasuna, com a missão de vencer para manter ou ampliar a distância sobre Real Madrid (78 pontos) e Barcelona (77 pontos), e a tarefa se antecipava fácil, já que o Osasuna era apenas o 12º colocado no início desta rodada. Mas, como sabemos, fácil e Diego Simeone, técnico do “Atleti”, não cabem na mesma frase.Muita posse e pouca objetividadeO jogo desde o início foi muito tenso, com o time da casa tendo dificuldades para fazer o gol apesar do domínio total. A primeira grande chance foi aos 9 minutos. Correa chutou da esquerda com a perna direita, a bola foi travada, Luis Suárez brigou pela bola com o goleiro Herrera, que fez a defesa, Juan Cruz apareceu pra tirar o perigo. Aos 14’, Suárez recebeu em velocidade pela esquerda, chutou com a perna canhota, obrigando Herrera a fazer a defesa, Correa pegou a sobra na entrada da área de cabeça, mas o goleiro do Osasuna ficou com a bola. O Atlético tinha mais de 70% de posse de bola, e 7 finalizações nesse momento, até a chance mais perigosa do primeiro tempo.Os “Colchoneros” chegaram aos 21′ com Ángel Correa pela direita, ele cruzou rasteiro para o meio da área, Suárez ajeitou e chutou colocado, e a bola caprichosamente bateu na trave esquerda de Herrera. Aos 27’, Correa novamente foi acionado na direita, matou no peito e bateu de direita, com Herrera fazendo mais uma grande defesa.Logo em seguida, aos 28′, mais uma vez a dupla Correa e Suárez quase marcou. Correa ajeitou para Suárez, que se deslocou para a direita e bateu forte, cruzado, mas a bola passou à direita do gol de Herrera. O time anfitrião continuava pressionando, com chutes e cabeçadas por cima do gol.Aos 40 minutos Saúl quase marcou. O meio-campista recebeu pela direita, na intermediária, ajeitou para a perna esquerda e bateu forte, mas a bola saiu, passando perto da trave de Herrera. Depois de tanta pressão, o time de “Cholo” Simeone baixou a intensidade, e o Osasuna aproveitou. Seria uma injustiça, mas o futebol não perdoa. Aos 44′ Moncayola arriscou de longe pela direita, e a bola passou perto do travessão de Oblak, no que seria um dos gols mais improváveis dessa temporada. Com isso, o primeiro tempo se encerrou, e colocou mais pressão no líder do campeonato, que nesse momento via seus rivais Real e Barça empatando seus jogos com Athletic Bilbao e Celta de Vigo, respectivamente. Susto e vitória na raça O segundo tempo começou e os comandados por Simeone mostravam-se claramente ansiosos por abrir o placar, e começavam a ter dificuldades para completar as jogadas. O Osasuna fazia seu jogo, fechado e esperava. Aos 13 minutos o grito de gol do “Atleti”, enfim, saiu. Cobrança da direita feita por Trippier no primeiro pau, Saúl desviou e o zagueiro Savic completou para as redes do Osasuna, abrindo o placar. Mas, o VAR entrou em ação, e depois de dois minutos de análise, o impedimento foi marcado. O drama “colchonero” parecia não ter fim.Aos 16 minutos, Ángel Correa recebeu um passe com a cabeça de Trippier da direita, no meio da área, e virou um voleio “à la Bebeto” com força, mas no meio do gol, bem defendido por Herrera. Aos 21 minutos, mais drama. Carrasco recebeu de Koke na entrada da área, nas costas da defesa, dominou e bateu de esquerda, para mais uma vez balançar as redes do Osasuna, porém, mais uma vez, para o VAR atuar. Nesse lance para confirmar o impedimento que já anulava o gol.Aos 22’, Koke quase fez uma pintura. Recebeu de frente para a área e deu um tapa colocado que passou perto do gol defendido por Herrera. Nesse momento parecia que nada mudaria o placar do jogo. O time tentava de tudo, mas nada furava o bloqueio do Osasuna. E o maior castigo veio, ao melhor estilo “Quem não faz toma”.Aos 30 minutos o Osasuna chegou pela esquerda com Jony, que cruzou no segundo pau para o croata Budimir cabecear e Oblak fazer grande defesa. O jogo seguiu, mas os jogadores do Osasuna pediam gol. O VAR entrou mais uma vez em ação e, para desespero do Atletico, o gol foi validado. 1-0 Osasuna, que nesse momento tinha quatro finalizações contra 22 do time da casa. Para piorar, o Real Madrid havia aberto o placar sobre o Bilbao, e chegava aos 81 pontos, contra 80 do “Atleti”.Tudo parecia perdido, mas o Atletico de Simeone não desiste. Aos 37 minutos o lateral-esquerdo brasileiro, Renan Lodi, convocado por Tite nesta semana para a seleção canarinho, recebeu belo passe na entrada da área pela esquerda de João Félix, ele dominou e bateu com força, no alto, sem nenhuma chance de defesa para Herrera. Tudo igual no Wanda Metropolitano, 1 a 1 no placar em jogada construída e finalizada por Félix e Lodi, que entraram no decorrer da segunda etapa.A pressão continuava, e o prêmio, enfim, veio. Aos 43’, com Suárez, “el pistolero”. Jogada trabalhada que chegou dentro da área na direita para Trippier, ele puxou para a linha de fundo e cruzou rasteiro para o meio da área, que estava congestionada, caprichosamente a bola procurou aquele que mais tem intimidade para tocá-la para o gol. Suárez bateu chapado, rasteiro, no canto, inapelável, para virar o placar e explodir a comemoração dos jogadores em campo e no banco do “Atleti”. 2 a 1 e a liderança isolada novamente para o time da casa.Aos 47′ João Félix dominou na frente da área, fez que ia bater com a direita, puxou pra esquerda limpando a marcação e bateu forte para Herrera espalmar para longe. O juiz deu cinco minutos de acréscimo e o time de Simeone, que ia a loucura na lateral, precisava apenas deixar o tempo passar. Mas, não era o plano do Osasuna. Aos 50′, Ávila recebeu na esquerda, dominou e chutou da frente da área, mas Oblak fez boa defesa e garantiu a importantíssima vitória do Atlético de Madrid, cada vez mais perto do título da La Liga. Final: Atlético de Madrid 2×1 Osasuna O “Atleti” chega aos 83 pontos, dois a frente do Real Madrid, com 81. O time “colchonero” jogará com o Real Valladolid na 38ª rodada para tentar mais um título comandado por Diego Simeone.

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