(por Pedro Gama) Fluminense e Internacional se enfrentaram nesta quarta-feira (27) no Maracanã em partida válida pela ida da semifinal da Libertadores. Com direito a 90 minutos de trocação franca entre os dois times, a semifinal começou com um 2 a 2. German Cano fez os gols do Fluminense, enquanto Hugo Mallo e Allan Patrick fizeram os gols do Internacional.AnáliseO confronto brasileiro em semifinais de Libertadores acabou se tornando algo corriqueiro. Desde 2019, esta é a quarta vez que dois times do Brasil decidem uma vaga para a final Este duelo específico, colocou frente a frente dois técnicos com ideias de jogo bastante parecidas mas com formas excepcionalmente diferentes de executa-las. Tanto Fernando Diniz quanto Eduardo Coudet gostam de ter a bola para si e quando não a tem, preferem recuperar ela o mais rápido possível, dê preferência no campo de ataque. Partindo deste ponto, a expectativa criada para que as equipes entreguem dois grandes jogos.Diniz mexeu na forma do seu time jogar, colocando um time ainda mais ofensivo do que o que foi a campo no primeiro jogo contra o Olimpia e, para a surpresa de todos, deixou John Kennedy e PH Ganso em campo simultaneamente Coudet também não deixou barato. Havia a expectativa de que o treinador argentino levasse um time mais conservador a campo, já que faz o segundo jogo no Beira Rio, mas o Inter veio a campo com o objetivo de atacar o Fluminense.O jogo Logo aos sete minutos, já vimos o que seria esse jogo: os dois times buscando o ataque em tempo integral. Keno recebeu a bola na entrada da área, partiu pra cima dos três defensores que o cercavam e obrigou o goleiro Sergio Rochet a fazer uma boa defesa Mas a resposta veio de maneira imediata. Renê – que pela falta de homens no meio campo do Flu, tinha bastante liberdade para subir ao ataque – iniciou a jogada que chegou nos pés do lateral Hugo Mallo, que cruzou na área para Enner Valencia parar em Fábio. Aos 10, em bola recuperada no ataque por John Arias, após pressão em Renê, o colombiano avançou até a área, tocou para John Kennedy, que com um lindo giro. achou German Cano sozinho na área. O argentino ajeitou o corpo e de primeira mandou pro fundo do gol para abrir o placar.O Fluminense começou melhor o jogo e, após o gol teve mais uma chance de perigo com Keno, aos 19, parando novamente em Rochet. Pouco a pouco, o Inter ia ganhando espaço no jogo. O time de Coudet levava muita vantagem na marcação pressão, conseguia fazer os encaixes e com um meio campo pouco povoado, e o Fluminense, sempre que saía com a bola, tinha que escalar uma montanha, o que o tornava mais suscetível a erros. Foi assim, que, aos 24, Felipe Melo foi pressionado por Enner Valencia, errou uma saída de bola e perdeu a posse no meio campo. O equatoriano conduziu em velocidade até a área e/ tocou para Alan Patrick, que perdeu tempo e chutou fraco, facilitando a defesa de Fábio. Mas o lance ilustrava uma carência que a este momento já era evidente: homens ajudando a povoar o meio campo Cada vez mais confortável no jogo, o Inter subia a sua marcação e pressionava o Fluminense o mais em cima possível. O tricolor não conseguia sair jogando, e muito menos gerar contra ataques rápidos, para de alguma maneira fazer com que o Internacional recuasse.Aos 34, ao ser pressionado, Felipe Melo novamente perdeu a bola para Enner Valencia, porém desta vez na pequena área, o equatoriano de embolou com a bola pois parecia não contar com o erro de Felipe, e perdeu a chance.A ideia que Diniz teve para o jogo definitivamente não deu certo, pois, diferente do Olímpia, o Inter não foi ao Maracanã ver o Flu jogar, gerava superioridade no meio e tinha muito espaço para ataca as costas dos laterais. A situação ficou ainda mais difícil pro time da casa quando, aos 44, Samuel Xavier recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Bem no jogo e agora com um a mais, o Inter aproveitou o bom momento e foi pra cima do time da casa com todas as suas forças, buscando se aproveitar da vantagem em jogar com um homem a mais, o que aconteceu ainda no primeiro tempo. Aos 49, após ter muita liberdade para cruzar, Renê colocou na cabeça de Hugo Mallo que apareceu em velocidade as costas de Marcelo para empatar o jogo. Diniz desfez a sua mudança e no intervalo e promoveu Marlon, Aleksander e Guga para o lugar de Ganso, Felipe Melo e John Kennedy. As mudanças fizeram efeito é o tricolor passou a ter mais força no meio campo. Mas o time de Coudet voltou do intervalo muito melhorTendo menos posse no primeiro tempo, o Inter soube se aproveitar da vantagem numérica e começou a rodar a bola com muita velocidade, em busca de espaços, além da pressão que, até essa altura era impecável. A estratégia deu certo e o Colorado virou o jogo, aos 63, após troca de passes rápidos, Com Alan Patrick, que deixou Marcelo na saudade e marcou o segundo.Ganhando de 2 a 1 fora de casa e com um jogador a mais, todos pensaram que o Inter iria em busca de mais um ou dois gols para aumentar a sua vantagem para o jogo de volta, mas o time cansou, recuou. e permitiu que o Fluminense trocasse mais passes, confiando na sua linha de marcação e buscando recuperar a bola e matar o jogo em um contra ataque Mas as mudanças de Diniz fizeram efeito e o seu time voltou a ser competitivo, Aleksander, principalmente, tocava muito na bola, ditava o ritmo do meio campo e tinha paciência para achar espaços. Sem conseguir os contra-ataques, o Inter foi ficando cada vez mais vulnerável do jogo, até que, aos 78, após cabeçada de Nino, Cano desviou de costas e empatou o jogo novamente. O Fluminense foi para o abafa final, na expectativa de virar o jogo, mas sem sucesso, e o empate prevaleceu em um dos grandes jogos do futebol brasileiro neste ano.Final: Fluminense 2-2 Internacional
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