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Futebol

Expulsão complica Athletico e Gabigol decide o tri para o Flamengo

(por Rafael Lima) Chegou o grande dia para os torcedores rubro-negros. Cariocas e paranaenses foram até o Equador em busca da glória eterna. O Flamengo entrou em campo com o favoritismo pelo elenco estelar, porém, o Athletico tinha um treinador experiente e copeiro como Luiz Felipe Scolari, que sabe montar o time em ocasiões assim. A partida começou nervosa e de marcação intensa, como era de se esperar por um jogo final da maior competição sul-americana. O Flamengo tentava adiantar as linhas, mas o Athletico encaixotava o time carioca e conseguia chegar ao ataque com perigo. Aos 11’, o furacão teve boa chance com Vitinho, que bateu para a defesa de Santos, após falha de David Luiz. O lance gerou um escanteio e dele veio uma oportunidade de ouro para os paranaenses, Alex Santana acertou um belo voleio por cima do travessão. Apesar do bom momento do Athletico, a final era tensa e truncada. O Flamengo tinha a bola, mas não conseguia criar. Do outro lado o furacão tinha boas estocadas nos contragolpes, entretanto, nada de chances claras. O Flamengo buscava o ataque, sem ser incisivo, e o primeiro tempo caminhava para nada de interessante acontecer até o fim da etapa. Porém, aos 42 minutos, Pedro Henrique, que já tinha cartão amarelo, perdeu o tempo certo da bola e acertou Ayrton Lucas num lance que ocasionou a expulsão do zagueiro. Com um jogador a mais o espaço apareceu pra o Fla. Everton Ribeiro tabelou com Rodinei e cruzou na segunda trave para Gabigol só tocar para a rede, anotando o primeiro dos cariocas nos acréscimos da primeira etapa. O tento fez o Flamengo levar uma vantagem interessantíssima para os vestiários, já que tinha um gol e um jogador a mais. A situação do Athletico era muito complicada. O Furacão tentou iniciar a etapa complementar marcando em cima. Apesar disso, a bola ficava muito mais nos pés do clube carioca. Aos seis minutos, numa trama rápida pelo meio Arrascaeta, com um toque sutil, deixou Gabigol na frente de Bento, mas o goleiro cresceu para cima do atacante e defendeu. Aos 15’, outra boa jogada de pé em pé com Everton Ribeiro e Arrascaeta. O uruguaio deu bom passe para Pedro, que dominou e finalizou com perigo. Mesmo com um atleta a mais, o Flamengo não matava o jogo. A equipe tocava a bola e parecia esperar o tempo passar, investindo em algumas poucas jogadas agudas, que só aconteciam quando Arrascaeta participava dos lances. Do outro lado, o Athletico parecia não ter forças para reagir, o furacão assistia o Flamengo tocar a bola e não conseguia fazer nada. Num chute de Terans, os paranaenses chegaram ao ataque aos 36’.No minuto seguinte, Everton Ribeiro acertou um bom chute de fora da área e assustou Bento, mostrando que se o Flamengo apertasse um pouco chegaria ao segundo tento. Enquanto isso, por estar no final, o Athletico se lançou ao ataque e Terans demonstrou ser um jogador perigoso. No último minuto do tempo normal Terans bateu uma falta com perigo, obrigando Santos a fazer boa defesa. Na sequência, o Flamengo, em nova trama bem feita, Everton Ribeiro passou para Vidal, que lançou para Pedro na área, só que o centroavante desperdiçou, neste que foi o último momento de perigo da final.  Fim de jogo: Flamengo 1×0 Athletico Paranaense  O Flamengo jogou para o gasto, não foi um time brilhante, mas teve a vida facilitada por ter um jogador a mais desde a reta final do primeiro tempo, fazendo o mínimo para conquistar o tricampeonato da Libertadores, desta vez invicto, levando o caneco para o Rio de Janeiro. Vale ressaltar Gabigol, que tem faro de gol e em finais consegue ser ainda mais decisivo, anotando seu oitavo gol pelo Flamengo em finais e 29º tento pela Libertadores. O atacante foi eleito o melhor jogador da partida. Já Pedro acabou nomeado o principal atleta da competição.Além disso, o título premia o time que tem maior poder de investimento e consegue manter elencos fortes ano após ano, mostrando que a equipe deve se manter no topo do futebol sul-americano por tempo indeterminado. Ao Athletico resta colocar que o trabalho do clube é muito bem feito e, mesmo não estando num dos grandes centros do futebol brasileiro, consegue incomodar e chegar em decisões importantes como esta. Parece clichê, mas o furacão “caiu de pé.”

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