(por Mattheus Prudente) O presidente do Automóvel Clube da Itália, Angelo Sticchi Damiani, anunciou em uma entrevista à Gazzetta dello Sport que um acordo se aproxima entre o clube e a Liberty Media para manter os circuitos de Ímola e Monza no calendário da Fórmula 1 até 2030. No entanto, a realização de ambos os Grandes Prêmios na Itália dependerá da assistência política para cobrir os custos financeiros associados aos eventos.Recentemente, o CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, levantou dúvidas sobre a manutenção de dois GPs na Itália, devido à expansão do calendário da categoria para novos mercados, bem como a necessidade de melhorias nas infraestruturas dos autódromos.Monza é considerado uma das corridas “históricas” devido à sua longa presença no calendário, mas nos últimos anos seu futuro permaneceu incerto. A direção da Fórmula 1 expressou seu interesse em manter pistas como Monza, Silverstone e Spa no calendário, desde que sejam atualizadas para atender aos padrões modernos.Ambos os circuitos, Monza e Ímola, estão passando por uma série de reformas para atender às necessidades da Fórmula 1. No caso de Ímola, as intervenções incluem a construção de passagens subterrâneas, vias adicionais para melhorar o fluxo do público e a repavimentação da pista com materiais de última geração. A renovação também deve abranger parte dos novos boxes e, futuramente, a construção de novas arquibancadas para proporcionar uma imagem mais moderna.Damiani está otimista de que parte desse trabalho pode ser concluída a tempo para a corrida do próximo ano. No entanto, as negociações com a Liberty Media para renovar o contrato que expira em 2025 continuam em andamento. Damiani confirmou que já existe um acordo para estender ambos os GPs italianos por mais cinco anos, com o objetivo de garantir isso até o final de 2024.”A ideia é assinar um pré-contrato até o final de 2024. A situação de Ímola é mais clara, porque a região da Emilia Romagna e o município estão comprometidos com a modernização do local até a primavera, incluindo a cobertura dos boxes e a nova estrutura do Paddock Club, o que traz benefícios para todos.””No caso de Monza, há uma questão ambiental devido à localização do circuito em uma área verde. Portanto, é necessário renovar o contrato com o Consórcio que administra o parque, que expira no final de 2028.”Damiani enfatiza a importância de garantir a continuidade dos GPs italianos até 2030, especialmente diante da crescente demanda internacional para sediar uma corrida de Fórmula 1. Além disso, ele observa que os custos para a realização do GP da Itália aumentaram consideravelmente desde 2017, e é necessária a assistência das instituições para cobrir esses custos.”O aumento dos custos a partir de 2026 era inevitável, uma vez que Monza atualmente paga menos do que todos os outros países europeus. Hoje, é impossível cobrir os custos de um GP de Fórmula 1 apenas com a receita dos ingressos.””Em todo o mundo, os governos cobram impostos para apoiar esses eventos. Cada parte deve fazer a sua parte, e não podemos colocar uma pressão excessiva sobre as contas do Automóvel Clube da Itália”, concluiu Damiani.
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