(por João Vitor Nascimento)O título do WTA 1000 de Miami, conquistado neste sábado pela tcheca Petra Kvitova, traz um importante sinal para as tenistas mais jovens do circuito feminino (especialmente para as Top 10): as atletas mais experientes do esporte, ainda são bem capazes de dar trabalho, e conquistar títulos na WTA. Somando a conquista de Kvitova com a grande campanha de Victoria Azarenka no Aberto da Austrália deste ano, percebe-se o valor que estas jogadoras ainda tem no circuito. Kvitova venceu uma edição de WTA 1000 pela primeira vez em cinco anos, e solidificou-se ainda mais no hall das maiores campeãs em atividade no tênis feminino. Enquanto Azarenka, que muitos já davam como “carta fora do baralho”, por conta da idade, e principalmente pela fase que voltou após sua gravidez, chocou muita gente ao ser semifinalista de um Major depois de tudo isso que viveu. No mesmo torneio, no ano passado, a estoniana Kaia Kanepi, no auge dos seus 36 anos, também surpreendeu ao ir bem longe na chave de simples, fazendo grandes partidas contra bons nomes das gerações posteriores, como Aryna Sabalenka (que seria campeã no ano seguinte) e Iga Swiatek. Outra que promete voltar com tudo é a alemã Angelique Kerber. A tri campeã de Grand Slam, e vice-campeã olímpica no Rio de Janeiro vem incitando, nas redes sociais, seu retorno às quadras, após o período pós gravidez, aos 35 anos de idade. Estas jogadoras aqui citadas já não têm mais nada a provar na carreira. São nomes consagrados internacionalmente no esporte (talvez, com exceção de Kanepi, que tem seus louros mais limitados nacionalmente), e usam de sua experiência para enfrentar as mais novas. Com a conquista, Kvitova retorna ao top 10 mundial, e isso é um grande feito para a tcheca. O título pode impulsioná-la a ganhar cada vez mais “momentum” para tentar chegar mais confiante para o tri em Wimbledon (onde já foi campeã em 2011 e 2014). Certamente, não há nenhuma dúvida que Kvitova tem o que é necessário para chegar aos ápices novamente, e em um período breve. Estas mulheres não precisam mais de premiações milionárias, e nem de se mostrar para ganhar atenção da mídia esportiva. Jogam porque amam o tênis, e o circuito.
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