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Lesão de Aaron Rodgers reacende debate sobre uso de gramados sintéticos na NFL

(por Pedro Gama)Após a lesão de Aaron Rodgers no último Monday Night Football, onde o camisa 8 rompeu o seu tendão de Aquiles. Se levantou mais uma vez a discussão sobre os gramados sintéticos. Afinal, eles causam mais lesões?Sim! Em estudo publicado no “The American Journal of Sports Medicine” em 2019, analisando lesões entre 2012 e 2016, mostrou que a incidência é 16% maior nos gramados artificiais. O estudo indicou que o impacto da grama natural é menor e a grama artificial aumenta o impacto nos pés dos atletas, aumentado o risco e o número de lesões nos membros inferiores, principalmente em lesões ligamentares.Gramados como o do MetLife, que são 100% artificiais e que possuem pouca semelhança na sua composição com os gramados naturais são ainda piores, pois não soltam folículos como a grama natural, o que reduz no impacto ao pisar no chão. Vários atletas ao longo dos anos reclamam do gramado de Nova York.Opinião dos jogadoresA NFLPA, organização responsável por dar voz aos jogadores, também publicou estudos sobre a diferença do jogo entre os compostos. Em alguns anos a frequência foi a mesma e em 2022 ela foi maior nos gramados sintéticos.Lloyd Howell, diretor executivo da NFLPA é ainda mais extremo e defende o fim da grama sintética na NFL: “Mudar todos os campos dos estádios para superfícies de grama natural de alta qualidade é a decisão mais fácil que a NFL pode tomar. Os jogadores preferem esmagadoramente, e os dados são claros de que a grama é simplesmente mais segura do que a grama artificial. É uma questão que esteve perto do topo da lista de jogadores durante as visitas da minha equipe e uma que levantei com a NFL.”.Além disso o próprio Aaron Rodgers já havia comentado publicamente o seu desejo que todos os campos da NFL fossem de grama natural.Custos entre grama natural e grama sintéticaA explicação de alguns times para a implementação do gramado sintético é justamente a redução de custos e a previsibilidade da superfície para jogos. O caso do MetLife é um exemplo, os dois times de NY dividem o estádio e nesta rodada 1 fizeram dois jogos com uma diferença de 24 horas, em um gramado natural o impacto para o segundo jogo seria muito maior, com a grama estando em uma condição muito ruim, pois não houve tempo hábil para a sua recuperação.Uma solução para esse problema seria a de negociar com a liga um calendário Maia favorável, na rodada que o Giants jogar em casa, o Jets jogar fora, para ajudar na recuperação da grama.Howell reconheceu os altos custos da mudança de grama, mas apontou como os estádios da NFL que sediam os jogos da Copa do Mundo de 2026 mudarão temporariamente para a grama natural para atender aos padrões do torneio.”Embora saibamos que há um investimento para fazer essa mudança, há um custo maior para todos em nosso negócio se continuarmos perdendo nossos melhores jogadores para lesões desnecessárias.”, disse Howell. “Não faz sentido que os estádios tenham que implementar a grama natural para a Copa do Mundo enquanto superfícies artificiais inferiores são aceitáveis para nossos próprios jogadores.”.A NFLPA também demonstrou suas preocupações em novembro de 2022 sobre a segurança dos jogadores jogando em “grama de filme”, exigindo a remoção imediata desses campos e a proibição deles daqui para frente, tanto em estádios quanto em campos de treino. No entanto, o sindicato dos jogadores acrescentou que a liga não concordaria com essas mudanças ou com nenhuma no futuro.

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