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Futebol

Opinião: Com o pior futebol da Série A, Corinthians de Luxemburgo não apresenta ideia de jogo e sofre mais a cada partida

(por Rafael Lima)Para alguns, o título pode ser polêmico, já que o Corinthians não segura a lanterna do Brasileirão, porém, nos últimos cinco jogos, contando compromissos por qualquer competição, só o Timão e o Coritiba não venceram nenhuma partida, somando dois empates e três derrotas.Entretanto, neste período, o Coxa anotou cinco gols e sofreu 10, enquanto o Corinthians marcou três e tomou 9 tentos. Além disso, após a chegada de Vanderlei Luxemburgo, a equipe corintiana parece regredir a cada compromisso.Na estreia do treinador, diante do reativo Independiente Del Valle, o Timão deu 18 chutes a gol, sendo seis na meta, e teve 53% de posse de bola. Porém, a equipe acabou perdendo para os equatorianos por 2 a 1 em casa.Na sequência, o Timão teve menos posse de bola que o Fortaleza, com 48%, mas deu 21 chutes, sendo oito na meta, jogando de igual para igual e arrancando um empate em 1 a 1, com gol de Yuri Alberto no fim.Depois, o compromisso corintiano foi no Rio de Janeiro diante do Botafogo. Nesta partida, a posse de bola diminuiu para 46% e o time chutou 12 bolas a gol, sendo quatro na meta. E o placar, acima dos números, mostrou que o clube carioca dominou o embate, com um acachapante 3 a 0.Nas três partidas mencionadas, o Corinthians ou passou ou ficou bem próximo dos 500 passes trocados. Entretanto, a partir daí, o que vimos foi os números do time despencarem.No clássico do último domingo (14), o Timão, em casa, teve uma pífia posse de bola de 33%, chutando 7 bolas ao gol, sendo três delas na meta. Para completar, o Corinthians trocou 344 passes, contra 691 do São Paulo. O placar de 1 a 1, pelo volume de jogo, não foi tão justo.Agora, chegamos no jogo da última quarta-feira (17), no Mineirão, diante do Atlético Mineiro, numa das atuações mais covardes da história do Timão. O Corinthians deu três chutes a gol na partida, nenhum na meta, e teve catastróficos 25% de posse de bola, trocando somente 236 passes, contra 687 do Galo. O resultado de 2 a 0 a favor dos mineiros, foi pouco perto do domínio absurdo do Atlético na partida.O problema está além dos númerosNo futebol, os números dão um panorama das partidas, porém, não revelam verdades absolutas sobre os desempenhos de um time em campo. E, por isso, a situação é ainda mais assustadora para o torcedor corintiano. Pois, assim como em relação aos dados, as atuações da equipe são cada vez piores.Após a derrota para o Del Valle e o empate com o Fortaleza, Vanderlei Luxemburgo passou a tornar o Corinthians mais defensivo, porém, sem ligação no meio-campo e velocidade para os contragolpes, o time é totalmente inofensivo. A bola não chega nas pontas com frequência, laterais não tem espaço para subir e o meio-campo parece não conseguir trocar três passes para frente.O Corinthians não consegue jogar entre as linhas dos adversários e sequer possui um jogador que quebre essas linhas com um passe, não tem força para exercer uma marcação alta e tampouco velocidade na transição, enfim, falta uma forma de jogar a ser treinada e lapidada. Luxemburgo não apresenta convicção alguma na montagem de seu plano de jogo, ora colocando um time mais pesado, como na partida contra o Galo, e outras vezes enchendo a equipe de garotos, sem muita referência.Roger Guedes, que vinha bem com Fernando Lázaro, com Vanderlei fica perdido, se movimentando e, na gíria do futebol, “correndo errado”, enquanto Yuri Alberto, que custou 12,5 milhões de euros ao Timão, mais as perdas dos promissores Du Queiroz e Robert Renan, é um mero espectador na maior parte das partidas.Os atacantes sofrem pela falta de articulação no meio-campo, que é órfão do lesionado Renato Augusto. Porém, um jogador não pode ter tamanha influência em um clube grande como o Corinthians, o que expõe a fragilidade do elenco corintiano e, principalmente, do comandante.Alguns dirão que é cedo, mas o trabalho de Vanderlei Luxemburgo, pelo menos com as peças atuais, não dá nenhum indício de que dará certo, já que o técnico muda esquemas, faz trocas sem ensaios e parece ter parado no tempo, tanto na preparação, quanto nas substituições e até nas entrevistas. Agora, o impasse sobre o futuro do Timão cai no colo do Presidente Duílio Monteiro Alves, que errou na montagem de um elenco que tem excesso de volantes e poucos jogadores pensantes de fato no meio-campo, se equivocou em não avaliar o impacto da contratação de Cuca e se afundou ainda mais adquirindo o semi-aposentado Vanderlei Luxemburgo, que claramente não estava se atualizando enquanto aguardava um convite para algum clube, se é que esperava por isso.O sinal amarelo está aceso em Itaquera e uma correção de rota se faz necessária urgentemente, escolhendo melhor um comandante e trabalhando bastante para a próxima janela de transferências.

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