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Automobilismo

POR DENTRO DO PADDOCK: Mazepin, Hitech e F1 – A possível ligação que pode recolocar o russo no grid

(por Mattheus Prudente)Nesta semana, mais uma equipe decidiu fazer oficializar a sua proposta para entrar na Fórmula 1 a partir de 2026. Trata-se da Hitech, uma renomada equipe das categorias de apoio da F1 que agora tenta dar o próximo passo no automobilismo. A Hitech, já consolidada na Fórmula 2 e Fórmula 3, além de diversas categorias de Fórmula pelo mundo, foi fundada em 2002. Desde então, conquistaram seis títulos de pilotos (incluindo o título de Felipe Guimarães na F3 Sul-Americana) e quatro títulos de construtores em quatro categorias diferentes, todas de nível F3 para baixo. Entre os pilotos famosos que já passaram pela equipe, estão Rinus Veekay, que conquistou o título da F3 asiática com a equipe em 2019, e Alex Palou, hoje em dia na Fórmula Indy, além do brasileiro Lucas di Grassi. No entanto, existe um famoso que tomou os rumores da F1 desde que o interesse da Hitech foi reportado. Trata-se do russo Nikita Mazepin, que correu pela Hitech durante os seus tempos de Fórmula 2, conquistando, lá, a sua vaga na Fórmula 1, onde esteve durante a temporada 2021, pela Haas. Ao lado do experiente italiano Luca Ghiotto, Mazepin conseguiu o melhor resultado da Hitech na F2, um quarto lugar no campeonato de construtores, com 270 pontos. O principal motivo pelo qual Mazepin estava guiando pela Hitech, no entanto, estava no fato de o seu pai, Dmitry Mazepin, ser um sócio da equipe na época, trazendo o aporte financeiro da Ural Kali, que depois também entraria na Fórmula 1 com a Haas. Mesmo depois que Nikita subiu para a principal categoria do automobilismo, o patrocínio russo continuou com a Hitech. No entanto, depois da invasão russa ao território da Ucrânia e as sanções impostas contra várias empresas russas, além da pressão para que não houvesse envolvimento do país no mundo esportivo, Dmitry acabou vendendo a sua parte da Hitech e parou de patrocinar a Haas, ao mesmo tempo que seu filho perdeu a vaga no grid da F1 para Kevin Magnussen. Apesar de a relação comercial entre os dois ter acabado, rumores afirmam que a relação entre Dmitry e o chefe da Hitech, Oliver Oakes, ainda é “muito boa”. Por isso, existem rumores de que uma possível entrada da Hitech seria um caminho para Nikita retornar à Fórmula 1. Vale lembrar que, além da Ural Kali, a Fungosa Management também era uma empresa ligada à Hitech, e muitos falam que eles também têm envolvimento com os Mazepins.A saída de Mazepin da F1, mesmo que impulsionada pela invasão russa, não teve nada a ver com alguma proibição da categoria, já que a FIA permitiu que os pilotos russos corressem normalmente, sob bandeira neutra. No entanto, após a saída do patrocínio da Ural Kali, a Haas decidiu ir para outro caminho, com o chefe da equipe, Guenther Steiner, recentemente afirmando que “não queria destruir a carreira” de Mazepin.Por isso, se a Hitech quiser colocar Mazepin em um de seus carros na Fòrmula 1, eles não serão impedidos pela categoria. No entanto, será que o envolvimento russo seria bom para uma equipe que está entrando agora e precisa de patrocinadores grandes para sobreviver? Será que a Ural Kali retornaria junto com Mazepin? O que se sabe, no momento, é que a Hitech tem um aporte de um grande empresário cazaque, Vladimir Kim, e que a equipe espera que esse aporte seja o suficiente para que eles consigam bancar a sua vaga na F1. Cenas dos próximos capítulos vão nos ajudar a entender a que pé está a relação entre os russos, a Fórmula 1 e a Hitech.

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