(por Fabrício Carvalho)Nesta terça-feira (21), o site “The Coaches’ Voice” divulgou uma entrevista onde Renato Paiva fala pela primeira vez sobre a sua saída do Bahia. O técnico português revelou que não seria demitido pelo Grupo City (dona de 90% da SAF do tricolor baiano) quando optou pela saída.”É importante deixar claro que o Grupo City não iria me despedir até o final do campeonato. Não havia qualquer ameaça de demissão. Pelo contrário, senti muita confiança e apoio vindos de Manchester”.Renato Paiva chegou em dezembro de 2022 ao Bahia, mas acabou tendo diversos momentos de altos e baixos no comando técnico desde o início da passagem, marcada por resultados muito negativos na Copa do Nordeste no Campeonato Baiano, mesmo com a conquista do estadual.No auge da pressão o técnicoo português sofreu bastante pressão de torcidas organizadas e da imprensa local, criando diversos momentos de embate com jornalistas nas entrevistas coletivas. Paiva afirma que houve “falta de respeito” em momentos específicos de todas as partes. Por fim, o treinador repetiu a mesma crítica feita por outros colegas de profissão ao falar que no Brasil “só se olha para os resultados” nas avaliações de trabalho.”A minha sensação é que o Bahia estava em evolução quando saí. Era visível que a equipe jogava cada vez melhor. O Bahia era a sexta equipe, entre 20, que menos chutes a gol concedia ao adversário. E era a quinta com mais finalizações.””Ou seja, em termos coletivos, havia um trabalho, uma ideia. No Brasil, porém, só se olha para os resultados. E, de fato, os resultados não eram bons. Senti que era o momento de ir embora. A pressão era muito grande e eu não queria aquele ambiente para os meus jogadores”Renato Paiva deixou o Bahia com 19 vitórias, 15 empates e 15 derrotas com 49 partidas, acumulando 49% de aproveitamento em todas as competições. O encerramento do trabalho ocorreu após o empte por 1 a 1 contra o Vasco, na 22ª rodada.Imagem: Divulgação / Bahia
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