(por João Zarif)A espera acabou! Depois de 33 anos a torcida napolitana pode comemorar o título do campeonato italiano. A equipe não vencia desde a temporada 89/90, quando Diego Armando Maradona envergava a camisa número 10 do time. Apesar da larga vantagem de pontos em relação aos concorrentes de campeonato, o time sofreu no jogo do título. Após um frustrante empate no último final de semana, por 1-1, em casa, contra a Salernitana, a equipe precisava apenas de um empate em Udine, contra a Udinese, mas os anfritriões não venderam barato o pontinho do título.Logo aos 13 minutos o drama foi instaurado. Udogie recebeu na esquerda, viu a entrada de Lovric pelo meio e soltou nele, o meia dominou, puxou para a perna direita e bateu no ângulo de Meret, que nada pôde fazer. 1-0 pro time da casa, e o “scudetto” escapando mais uma rodada das mãos do Napoli.O jogo se arrastava para os líderes do campeonato, que não viam Kvaratskhelia ou Osimhen em noite inspirada. Com isso o tempo foi passando, e as chances teimavam em aparecer. Na segunda etapa o time se lançou de vez ao ataque, mas a Udinese se segurava com certa tranquilidade.Apreensão que baixou quando a equipe teve escanteio pela esquerda, e após cruzamento e boa defesa do goleiro Silvestri em chute de por baixo de Kvaratskhelia , a bola sobrou para Osimhen dominar no meio da área e bater pro gol, empatando a partida aos 7 minutos do segundo tempo, para explosão da grande torcida visitante que foi até o norte da Itália. Daí para frente o jogo virou uma mera formalidade, com torcedores chorando de emoção, e após 41 minutos, o juiz apitou, para iniciar sem dúvida nenhuma a maior festa que a Itália verá nos últimos 30 anos. O Napoli novamente é o dono da Itália!Final: Udinese 1×1 NapoliCom a saída de jogadores como Insigne, Mertens, Koulibaly e Fabián Ruiz, o cenário parecia de terra arrasada, mas o técnico Luciano Spalletti se manteve à frente do projeto, conseguiu encontrar substitutos como Kim Min-Jae e Kvaratskhelia, que vieram na janela de verão, e outros que já estavam na equipe e assumiram protagonismo importante como Lobotka, Zielinski, Lozano e Elmas. Jogando talvez o futebol mais vistoso da Europa, a equipe dominou a primeira parte da temporada, e garantiu ótima vantagem, que mesmo com tropeços nas últimas rodadas, deu um título histórico para a pobre cidade de Nápoles. A festa começou, mas não tem hora e nem dia para acabar.
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