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Tenis

Wawrinka dispara contra organização dos Grand Slam e associação de jogadores

(por Mattheus Prudente) Em uma entrevista franca ao L’Equipe, o tenista suíço Stan Wawrinka não hesitou em expressar críticas contundentes não apenas à organização dos Grand Slam, mas também à Professional Tennis Players Association (PTPA), liderada pelo sérvio Novak Djokovic e pelo canadense Vasek Pospisil.”Não precisamos de um sindicato de jogadores, mas sim de tenistas que estejam envolvidos na tomada de decisões. As instituições fazem o que querem sem nunca nos consultar, não nos levam em conta,” disse o suíço.Para o suíço, o cerne do problema reside na falta de uma visão de longo prazo e na ausência de previsão para os problemas que podem surgir. “O que fazemos é colocar remendos,” continuou.Wawrinka, atual número 50 do mundo, fez essas críticas por conta da decisão do Australian Open de começar um dia antes sem consultar os jogadores. Isso é um problema visto que a maioria dos jogadores jogam outros torneios antes do Grand Slam.A discussão da padronização das bolasSeguindo a mesma linha crítica, Wawrinka abordou a questão das bolas no tênis. “Os torneios não querem chegar a um acordo porque cada um tem seus interesses comerciais. Estou no circuito há 20 anos e estamos sempre falando dos mesmos problemas. Nosso grande problema são os Grand Slam.Os Grand Slam não redistribuem entre os jogadores os enormes rendimentos que geram e acumulam demasiado poder. Quanto mais ricas são as federações, menos dinheiro oferecem aos tenistas, é ridícula a percentagem econômica que nos dão de tudo o que faturam,” reclamou o suíço.Wawrinka enfatizou que os Grand Slam parecem priorizar apenas os interesses de seus próprios países, demonstrando uma falta de vontade de melhorar o esporte em escala global. “Chegará um dia em que nós, atletas, ficaremos fartos desta situação e diremos basta”, acrescentou Wawrinka, apontando para um possível ponto de ruptura no relacionamento entre os jogadores e as entidades que governam o tênis mundial.

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