O Santos, no ano mais desafiador de sua história, conseguiu se reconstruir, contratando praticamente um time novo e, desde o início do Paulistão, mostrou que brigaria de igual contra os principais times do estado. Agora, na primeira partida da decisão, o Peixe enfrentou um dos melhores elencos da América, querendo dar um presente para sua torcida, que sofreu muito nos últimos anos.
Já do outro lado, o Palmeiras, favorito ao título desde antes do início do campeonato, chegou à final invicto. Com uma defesa fortíssima e jogadores ofensivos como Raphael Veiga e o novo fenômeno do futebol brasileiro, Endrick, o Verdão tinha um handicap favorável, entretanto, clássicos podem equilibrar as forças e o Verdão teria que jogar o que sabe para vencer na Vila Belmiro.
No final, o Santos foi melhor, mais incisivo, pareceu querer mais e saiu com a vantagem de 1 a 0 da Vila Belmiro, o que possibilita ao Peixe empatar para conquistar o Paulistão pela 23ª vez.
Santos é melhor, mas não consegue abrir o placar
O Santos começou ditando o ritmo, ficando com a bola e trocando passes. Entretanto, a primeira boa chance da partida foi palmeirense. Após um erro no meio do campo, Flaco López recebeu uma bola em velocidade de Endrick e saiu na cara do gol. O argentino chutou na frente de João Paulo, mas o goleiro santista cresceu pra cima dele.
Após esse lance, o Santos continuou mais com a bola, buscando bastante o atacante Guilherme pela esquerda. Aos poucos o time foi se soltando e empurrando o Palmeiras para atrás. Aos 13’, o próprio Guilherme teve um ótimo chute, que desviou e passou perto da trave direita de Weverton.
Três minutos depois, Otero, em cobrança de falta, fez Weverton trabalhar. O Santos era melhor e encurralava o Palmeiras nos primeiros 20 minutos.
Depois dessa pressão, o Palmeiras se encontrou mais no jogo e quebrou o domínio do Santos adiantando mais a marcação. Isso não significa que o Peixe abdicou de atacar, aos 27’, Guilherme novamente obrigou Weverton a trabalhar.
O jogo teve uma queda de intensidade, mas o Santos seguiu melhor, com Guilherme sendo o jogador mais perigoso do Peixe. Mas, na reta final, nenhum dos times criou muito e o zero a zero fechou o primeiro tempo de forma justa.
Guilherme faz a jogada e Otero garante a vitória do Peixe
O segundo tempo começou e o Santos já foi diretamente para a pressão. Logo aos dois minutos, Guilherme, sempre ele, avançou pela esquerda e cruzou na medida para o baixinho Otero, de cabeça, abrir o placar.
Mesmo após o gol, o Santos seguiu empurrando o Palmeiras para atrás, pressionando e querendo mais. Aos 13 minutos, a bola ficou perecando na cara do gol, dentro da área do Verdão e, por muito pouco o segundo gol não saiu, com Weverton defendendo uma bola de Joaquim e a defesa afastando nas tentativas do Peixe.
Três minutos depois foi a vez do Palmeiras atacar. Endrick fez ótima jogada em cima de João Schmidt e passou para Mayke, que finalizou para ótima defesa de João Paulo.
Depois desse momento o Palmeiras passou a gostar mais do jogo e empurrou o Santos para atrás, marcando a saída de bola e lançando a bola na área, mas sem levar um perigo claro ao gol de João Paulo.
Nesta pressão, as chances começaram a sair. Aos 31’, o Verdão teve uma chegada excelente, Marcos Rocha bateu firme e João Paulo fez ótima defesa. Na sequência, o próprio capitão do Palmeiras cruzou e Rony, na área, finalizou por cima.
Dois minutos depois, outra chance incrível do Palmeiras. Vanderlan surgiu sozinho na esquerda e cruzou por baixo para Rony finalizar com muito perigo.
De novo os visitantes seguiam em cima do adversário. Aos 39 minutos, uma cobrança de escanteio da esquerda quase resultou em gol contra de Felipe Jonatan, mas João Paulo salvou em cima da linha.
Apesar das tentativas do Verdão, nenhuma chance clara de gol aconteceu e o Santos, merecidamente, saiu de campo com o resultado positivo.
Final: Santos 1x0 Palmeiras
Comentários finais da vitória do Santos
O Peixe jogou melhor, demonstrou um enorme empenho na marcação, na aplicação tática e, mesmo não criando tantas chances claras, venceu de forma merecida um Palmeiras que só acordou após sofrer o gol.
A defesa do Santos esteve muito bem postada, Diego Pituca novamente foi bem e Guilherme se destacou fazendo um carnaval pela esquerda, voltando para marcar e puxando seu time ao ataque.
Do outro lado, o Palmeiras pecou na falta de criatividade. Raphael Veiga esteve sumido em campo e os atacantes apareceram pouco, para ser mais exato, Flaco López teve uma chance no início, mas não finalizou bem.
Tudo está aberto para a segunda decisão e, jogando no Allianz Parque, o Palmeiras é favorito, embora o Santos tenha jogadores experientes e possa dificultar muito a vida dos atuais campeões brasileiros.
A expectativa é de um jogaço na finalíssima do Paulistão.
(Foto de Capa: Abner Dourado/AGIF)
