Por muitos anos, a Ferrari sempre trabalhou com os títulos de “primeiro e segundo pilotos”, principalmente nos anos em que Michael Schumacher estava em seu auge, tendo Rubens Barrichello como seu companheiro de equipe, entre 2000 e 2005. O próprio heptacampeão já teve esse papel no time italiano, depois do acidente que sofreu no GP da Inglaterra de 1999, quando fraturou as pernas e voltou no fim do campeonato.
Naquela época, o seu companheiro, o norte-irlandês Eddie Irvine, conquistou duas vitórias seguidas, fez pódios e entrou pra valer na briga pelo título contra Mika Häkkinen (McLaren) e Heinz-Harald Frentzen (Jordan). Quando voltou, Schumi teve que “tirar o pé” para o companheiro, que ficaria com o vice. Em 2024, o chefe da Scuderia, Fredéric Vasseur, garante que não haverá favorecimento nem a Charles Leclerc e nem a Carlos Sainz.
Vice-campeão em 2022, o monegasco terminou a temporada 2023 na quinta posição, com 206 pontos, enquanto o espanhol foi sétimo, com 200. Sainz, inclusive, foi o único piloto não-Red Bull a vencer uma corrida na temporada, com o GP de Singapura.
No jantar de fim de ano da Ferrari, Vasseur disse aos jornalistas que nenhum dos dois pilotos terá privilégio em 2024, tal como Schumacher, Fernando Alonso e Sebastian Vettel tiveram em suas fases em Maranello.
“Lembro-me claramente do número de perguntas que recebi nesta mesma sala no ano passado sobre quem seria o número 1 e o número 2 entre Charles e Carlos. Penso que provamos em muitas ocasiões que tratamos os nossos pilotos de forma mais do que igualitária e Singapura foi um exemplo perfeito disso.
É assim que continuaremos a abordar essa questão da ordem dentro da equipe. Não preciso de um piloto de segunda classe quando temos dois carros fortes. Ambos pilotos conquistaram a sua parte nos pontos de construtores da equipe e gostariam que isso continuasse no futuro,” disse o chefe da Ferrari.
(Foto: Twitter Scuderia Ferrari)
