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É dinheiro ou não é? Athletico arrecada quase R$ 900 milhões em 2023, segundo balanço anual

Foi aprovado na última segunda-feira (29) pelo Conselho Deliberativo do Athletico Paranaense, o balanço de demonstrações financeiras do clube que apontam a arrecadação de R$ 898,9 milhões em 2023, além de ter um superávit de R$ 383,2 milhões. Os números apresentados são um recorde na história do furacão, que apresenta um superávit pelo 10° ano consecutivo.

Em comparação a 2022, o Athletico fechou com lucro de R$ 47,6 milhões, com receita total de R$ 424 milhões. Tudo isso foi impulsionado principalmente pela venda de atletas, dos R$ 241 milhões arrecadados, R$ 228,5 milhões foram de jogadores vendidos. 

Uma das vendas que impulsionou nos números, foi a de Victor Roque ao Barcelona, que foi fechada em 40 milhões de euros fixos, e recebendo R$ 160 milhões pelo atacante, além do lateral-esquerdo Abner, negociado junto ao Betis, da Espanha, R$ 30,4 milhões. Pelo lateral-direito Khellven, negociado com o CSKA Moscou, foram R$ 24 milhões. Por fim, o meia David Terans, na época vendido ao Pachuca, do México, rendeu R$ 13,6 milhões.

Sobre os patrocínios, o Athletico recebeu R$ 27,5 milhões. Houve uma queda nos direitos de transmissão, de R$ 129,1 milhões para R$ 79,7 milhões. Nas premiações, o Athletico recebeu R$ 26,8 milhões pela Libertadores (parou nas oitavas de final) e R$ 9,7 milhões pela Copa do Brasil (quartas de final).

As receitas de jogos renderam R$ 78,4 milhões, com R$ 45,3 milhões do Sócio-Furacão, contabilizando 40 mil sócios ao todo, e outros R$ 29 milhões em bilheteria. A loja oficial do clube rendeu faturamento de R$ 24,5 milhões. A venda dos naming rights da Arena da Baixada para a operadora Ligga Telecom gerou R$ 8,1 milhões no primeiro ano.

O balanço também detalhou os valores da negociação com a Liga Forte União, com a venda dos 20% dos direitos de transmissão por 50 anos fechada em um total de R$ 202,9 milhões, com R$ 121,7 milhões recebidos em 2023. O Athletico também apontou um aumento na poupança em relação ao balanço financeiro anterior. A reserva saltou de R$ 87,5 milhões para R$ 150,2 milhões.

 

DESPESAS, DÍVIDAS E ACORDO DO ATHLETICO COM PREFEITURA E GOVERNO

Agora a parte mais “triste”, as despesas. Elas também cresceram, pulando de R$ 320 milhões para R$ 428 milhões. A maior fatia está no geral de despesas com atletas, com R$ 154 milhões – em 2022 era de R$ 51,3 milhões. Deste montante, R$ 52,7 milhões foram gastos com transações de jogadores. 

Ao todo foram R$ 20,8 milhões por Bruno Zapelli, R$ 9,8 milhões por Lucas Esquivel, R$ 3,3 milhões pelo lateral Fernando, R$ 2,6 milhões pelo zagueiro Marcos André, da base, e R$ 500 mil por Kaíque Rocha, além de R$ 1,7 milhões em outros atletas que não foram nominados individualmente.

A dívida consolidada do Athletico atualmente é de R$ 231,3 milhões. Destes, R$ 52 milhões devem ser pagos ainda em 2024. Outros R$ 179 milhões serão pagos pelos próximos 14 anos. Estas dívidas estão ligadas também ao acordo tripartite entre o Furacão, a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná pela reforma da Arena da Baixada, atual Ligga Arena, para a Copa do Mundo de 2014.

Em relação à dívida com a Fomento Paraná, o Athletico pagou R$ 50 milhões à vista (já depositado em julho). Os outros R$ 136 milhões serão parcelados em 15 anos, com juros de 1,9%, com a primeira parcela vencendo em junho de 2024. Como garantia, no acordo, o clube colocou os R$ 200 milhões que receberá pelo mesmo período da negociação dos naming rights da Ligga Telecom.

Concluímos essa matéria fazendo a pergunta clássica de Silvio Santos: É dinheiro ou não é?

(Foto: Fernando Rudnick/UmDois Esportes)

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