Na última temporada de Jurgen Klopp sob o comando do Liverpool, o time vermelho, com 11 desfalques, tinha a sua primeira final. Os Reds tinham os Blues pela frente, um Chelsea jovem, mas com poucos desfalques e jogando pela única chance de ser campeão neste ano.
A tendência era de um jogo pegado e dinâmico, com as equipes insistindo em jogar em velocidade. E assim, aconteceu. O Liverpool, pelo seu time repleto de jovens da base, alternou bons e maus momentos, a partida teve um gol milimetricamente anulado de cada lado, uma bola na trave para cada um, mas um jogador decisivo, que garantiu, no fim da prorrogação, o primeiro título da “Last Dance” de Klopp pelos Reds. Viva Van Dijk! Viva Klopp! Viva a torcida espetacular do Liverpool!
Gol anulado, faltas, equilíbrio e um belo jogo de futebol
A partida começou bastante equilibrada, com os times marcando muito firme sem deixar muito espaço. Para um jogo de times ingleses, as faltas surpreenderam.
Chance de gol, só aos 8 minutos, com Luiz Diaz cabeceando esquisito e deixando a bola nas mãos de Petrovic. Só quatro minutos depois Kelleher apareceu, defendendo um chute tranquilo de Malo Gusto.
A primeira oportunidade mais clara aconteceu aos 13’, Disasi falhou numa saída de bola e Luís Díaz acertou uma bomba, no chão, para grande defesa de Petrovic.
Falando em chance clara, aos 20’ apareceu a melhor do jogo até então. Depois de uma jogada bem construída do Chelsea, Palmer, na pequena área, fuzilou Kelleher, mas o goleiro do Liverpool fez um verdadeiro milagre.
Com mais volume de jogo, o Chelsea passava a ficar no campo de ataque com frequência. E, de tanto rondar, o gol saiu. Aos 31’, Jackson recebeu na direita e cruzou para área, Sterling apareceu em velocidade e colocou a bola na rede. Entretanto, após o VAR, um impedimento literalmente milimétrico manteve o 0x0.
Depois do susto o Liverpool equilibrou mais a partida novamente. Aos 39’, numa trama muito bem feita, Luis Díaz passou para Robertson pela esquerda, que cruzou com maestria na cabeça de Gakpo, que desviou para a bola beijar a trave cuidadosamente, num lance em que Petrovic olhou e rezou.
Na reta final, os Reds seguiram pressionando bastante, a bola rondava a área dos Blues, mas o time de Klopp não conseguia finalizar com a barreira de jogadores do Chelsea na frente do gol.
E, com o Liverpool melhor, o primeiro terminou empatado como o jogo começou.
Gol anulado, chances, equilíbrio e o jogo continuava bom
A etapa complementar iniciou com os Reds atuando em cima do Chelsea. Logo com um minuto, Endo já teve a primeira finalização, com a bola passando ao lado do gol.
Aos poucos o jogo foi ficando mais parelho, com o Chelsea também dando as caras ofensivamente. Primeiro, Enzo Fernández matou um ataque com uma tentativa de calcanhar sem propósito e, depois, Palmer chutou com a bola passando ao lado do gol.
Apesar disso, o jogo era frenético. O Liverpool também deu as caras no ataque, logo na sequência. Após cruzamento da esquerda, Elliott pegou de primeira e fez Petrovic realizar bela defesa.
Só que pouco tempo depois o placar seria aberto. Robertson bateu falta pela esquerda e o craque da zaga, Van Dijk, cabeceou sem chances para Petrovic, colocando nas redes. Após a festa dos Reds em Wembley, o VAR anulou o tento do Liverpool por um impedimento de Endo, que participa bem discretamente da jogada.
A partida era muito dinâmica. Primeiro, aos 18’, Disasi, na pequena área, após escanteio da esquerda, desviou de joelho, mas não conseguiu finalizar como queria. E, no minuto seguinte, Luis Díaz fez fila na defesa do Chelsea e passou para Gakpo, que finalizou forte e por cima da trave.
Quando o Liverpool era mais ofensivo, o Chelsea veio para cima quase de forma letal. Palmer cruzou por baixo da direita e Gallagher finalizou do jeito que deu, mas a bola beijou a trave. Que lance!
O tempo passava e o jogo ficava cada vez mais tenso, um gol provavelmente liquidaria a fatura. Aos 34’, Joe Gomez finalizou para a defesa de Petrovic.
Faltando cinco minutos para o fim do tempo normal, outra oportunidade incrível para o Chelsea, num contragolpe, Palmer deu para Gallagher, que na cara de Kelleher, chutou para a belíssima defesa do goleiro.
Nos acréscimos a pressão aumentou. Dentro da área um bate e rebate espetacular. Nkunku foi travado por Konaté, a bola sobrou para Palmer, que finalizou para a defesa de Kelleher com o pé, ela voltou para Nkunku que bateu do jeito que deu para outra defesa do espetacular goleiro do Liverpool.
O Liverpool aguentou uma pressão absurda e conseguiu, na bacia das almas, levar a partida para a prorrogação. O jogo terminou em 0x0 e os jogadores tinham mais 30 minutos por jogar.
Van Dijk é decisivo e Liverpool conquista o título
A prorrogação começou e o Liverpool, surpreendentemente, foi para cima. Aos três minutos, Elliott cruzou, Van Dijk ajeitou e Danns cabeceou fazendo Petrovic efetuar ótima defesa.
E os Reds seguiam melhores. Aos oito minutos, Luis Díaz recebeu na esquerda e cruzou bem, Elliott, de primeira, finalizou na rede, só que pelo lado de fora. Que chance!
Na reta final da primeira etapa do tempo extra, o Chelsea melhorou, tentou empurrar o Liverpool, mas não criou oportunidades claras.
Já no segundo tempo da prorrogação, o Liverpool parecia mais cansado, enquanto o Chelsea se arriscava um pouco mais. Aos cinco minutos, Madueke finalizou para uma defesa em dois tempos de Kelleher.
Quando o jogo estava morno, Tsimikas fez um cruzamento perfeito, Elliott cabeceou muito bem, mas Petrovic fez um milagre, defendendo com o pé esquerdo em cima da linha, no rebote, Danns ainda tentou, mas nada de gol.
Só que os Reds insistiram e, após escanteio da esquerda cobrado por Tsimikas, Van Dijk antecipou a zaga e desviou de cabeça para o gol, fazendo a torcida vermelha explodir em Wembley.
Depois disso, o Chelsea, já desanimado, não conseguiu nada mais. Que vitória! Que conquista por essas circunstâncias!
Final: Liverpool 1x0 Chelsea
Comentários finais do título do Liverpool
O Liverpool conquista a Copa da Liga Inglesa de forma espetacular, repleto de jogadores sub-20, com 11 desfalques, perdendo Gravenberch no primeiro tempo com uma lesão grave, mas sem perder a organização e o poder de decisão para buscar o título.
Os meninos atuaram de forma adulta, se entregando, lutando o tempo todo e a torcida, que não parou de apoiar, foi premiada com um gol do craque da zaga, Van Dijk, que representa esse Liverpool vencedor. Além disso, é impossível não citar o goleiro Kelleher, que fez uma partida incrível, efetuando defesas fantásticas que mantiveram os Reds vivos no jogo.
Por fim, Jurgen Klopp merece uma conquista nessas circunstâncias, pois mostra o quanto ele é diferenciado, como ele vence as adversidades e coloca uma mentalidade vencedora na cabeça de cada jogador. É um privilégio acompanhar esse Liverpool de Klopp, é uma pena que seja a última dança.
Do lado do Chelsea, o time ainda é muito jovem, embora seja muito caro, mas com um trabalho sério, Mauricio Pochettino pode, com o tempo, fazer esse time voltar aos dias de glórias.
