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Automobilismo

ACERVO TÉCNICO: Decepção ou esperado – Como estão as equipes e os carros no início de 2023 (Parte 2)

(por Wilson Machado)No último texto mencionamos que falaríamos um pouco sobre o desenvolvimento e desempenho dos carros, se eles estavam cumprindo ou não com as expectativas colocadas neles.Já que já falamos sobre as decepções desse início de temporada, hoje falamos sobre as equipes que já se era esperado melhoras para essa temporada, e também as boas surpresas. MELHORAS ESPERADAS RED BULL RACING: Mesmo parecendo que não tinha onde melhorar o RB18, Neway e companhia se superaram. Mesmo com seu antecessor já sendo reconhecido pelas velocidades incríveis de reta, o RB19 trouxe ainda mais melhora para esse ponto, além de sutis alterações de quesito aerodinâmico que trouxeram o carro para um desempenho ainda melhor em partes de média e baixa velocidade, que eram o “pior” ponto do RB18, ganhando um segundo no qualificatório do Bahrein. A RBR considera atualizações consideráveis para Imola, porém, podem ser adiadas segundo Christian Horner.HAAS: Não que se esperava que a Haas fosse virar uma equipe de primeiro escalão, mas com a chegada de um novo patrocinador forte e uma cara nova e experiente para a dupla de pilotos, gerou-se uma ligeira expectativa que o carro pudesse desempenhar melhor. A Haas vem apresentando um início de temporada bem solido, principalmente no que se diz do carro, mesmo usando peças em suas estruturas e formas já estipuladas e fornecidas pela Ferrari, a escuderia vem trazendo algumas adequações nos conjuntos mecânicos para extrair ainda mais de seus conceitos aerodinâmicos (mesmo que parecidos com os da Ferrari). O time da Haas apresentou poucas mudanças no quesito aerodinâmico entre o VF-22 para o VF-23, porém é notório a diferença de acerto em suspensões e assoalho, trazendo uma ligeira melhora em seus tempos.Já mencionado por Gunther Steiner, a equipe americana já pode começar a testar e se não trouxer atualizações em Baku, espera-se que elas sejam usadas mesmo entre as etapas de Imola e Barcelona. GRATAS SURPRESAS WILLIAMS: Desacreditada pelos resultados anteriores, e também pela subida de Logan Sargent, a Williams tinha muitos passos a caminhar com o FW-45, e eles começaram da melhor forma possível.A primeira alteração de grande efeito foi a abordagem com o assoalho, mesmo sendo mais rígido pela TD39, um desenho relativamente diferente do desenho do FW44 e muito mais eficiente para o conjunto, o FW-45 tem um desempenho ótimo nos setores de alta (se aproveitando também da potência do motor Mercedes), porém não foi só no assoalho que se mexeu, layout e dimensionamento da asa traseira e um novo desenho de difusor trouxeram em comparação, uma melhora de 1,2s no qualificatório da primeira etapa, sendo a segunda melhor equipe nesse departamento.Sem muitas informações de James Vowles sobre atualizações, se espera que em Baku sejam apresentadas e testadas para serem implementadas em Imola.ASTON MARTIN: Mike Krack e seus comandados revolucionaram a “Team Silverstone” de uma forma incrível. Contando com um grupo de engenheiros liderados por Dan Fallows e Andrew Alessi, ambos ex-Red Bull, a Aston Martin não só revolucionou o seu carro, mas trouxe um conceito diferente dos já existentes Com um pacote aerodinâmico bem diferente do ano anterior, a Aston Martin trouxe o AMR23 com um desenho lateral um pouco semelhante ao dominante RB18, porem com um corte na parte superior literalmente “escavada”, se assemelhando muito com o conceito da Ferrari.Isso sem contar os conjuntos de asa totalmente redimensionados (mesmo seguindo um conceito semelhante) e também a suspensão dianteira redesenhada, o carro da Aston Martin foi o com maior número de alterações de 2022 para 2023, não a toa no qualificatório do Bahrein, foi o carro com a maior diferença entre os dois anos, sendo de -2,2s, mais que o dobro do segundo colocado no ranking.Mesmo com essa incrível melhora, o carro precisa ser atualizado, e Mike Krack falou que em Barcelona e quando podemos esperar melhorias mais incisivas no carro. Com todas essas alterações, mesmo que visivelmente aparentem ser pequenas, o “Power Ranking” dos carros teve algumas alterações, e é esse o ponto a ser abordado no próximo texto, onde ranqueamos os carros com relação as 3 primeiras etapas e como os pilotos estão extraindo mais ou menos do que os carros tenham a oferecer pro ano. 

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