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Futebol

Avante Azzurra! Na prorrogação, Itália vence Áustria em partida emocionante e avança para as quartas de final

(por Matheus Felippe)Onze vitórias em sequência, trinta jogos sem perder. Assim chegou a Itália de Roberto Mancini nas oitavas-de-final da Euro. Uma ótima fase de grupo, vencendo e convencendo contra todos os adversários. Já a Áustria foi bem ficando na segunda colocação do grupo que tinha a Holanda como principal equipe. O favoritismo era da Azzurra, ainda mais pela espetacular fase e a volta de Verratti ao time titular. Mas a Áustria não tornou as coisas fáceis. A seleção de Franco Foda soube se adaptar ao momento do jogo, e conseguiu levar o jogo à prorrogação com um gol anulado no detalhe durante o tempo regulamentar. Porém, a seleção que venceu a partida comemorou com pizza. Pela primeira vez na história, a Itália venceu uma prorrogação numa Euro.  O início da partida foi bem disputado, com as equipes ainda se estudando dentro de campo. Quando o jogo começou a fluir, foi possível perceber os estilos de jogo que ambas as seleções propunham: a Itália buscava atacar com uma transição rápida pelos lados, procurando alguém que chegasse pelo meio quando a bola estava no último terço. Foi assim que a Azzurra levou perigo com Barella, que deu um belo chute de três dedos após um cruzamento rasteiro de Spinazzola, forçando o goleiro Daniel Bachmann a fazer uma ótima defesa com os pés.A Áustria, por outro lado, gostava de ter a bola nos pés, trabalhando com mais calma e buscando espaços de forma paciente. Entretanto, a intensidade italiana fez com que os austríacos rapidamente mudassem de estratégia. Pressionados, a seleção comandada por Franco Foda recuou, passando a tentar contra-ataques para conseguir chegar ao ataque. Mas, a eficiência era pouca, já que a profundidade pelos lados era quase inexistente.A Itália dominou totalmente a primeira etapa. Além da chance de Barella, Immobile acertou um chute no travessão, arriscando de fora da área. O lateral Spinazzola, um dos destaques em campo, levava perigo sempre que chegava no ataque, com o exemplo de um chute rasteiro já no final do primeiro tempo, forçando outra boa defesa de Bachmann. A principal dificuldade da Azzurra era conseguir superar a barreira defensiva austríaca, que congestionava a grande área.  No segundo tempo, o cenário se inverteu. Foi a vez da Áustria ser superior em campo, jogando com mais intensidade, principalmente ao marcar a saída de bola da Itália. A Azzurra ficou muito previsível com Barella e Verratti pouco criativos na armação de jogadas, e a participação fraca de Immobile no ataque contribuiu para um segundo tempo com uma grande queda de rendimento. As principais ações de perigo surgiram dos pés dos austríacos: a primeira em um chute de fora da área de Sabitzer que desviou em Bonucci, e a segunda em um gol anulado de Arnautovic, que aproveitou um passe de cabeça de Alaba dentro da área para mandar a bola no fundo da rede. O gol foi anulado por posição irregular do próprio Arnautovic.Tentando dar mais dinâmica no meio campo, Mancini sacou Verratti e Barella para colocar Pessina e Locatelli em campo. A situação melhorou um pouco, mas a Áustria continuava levando perigo no ataque. Aos 38 minutos, Berardi teve uma chance de ouro após um cruzamento pela esquerda. O ponta estava praticamente sozinho na área, com total liberdade para dominar e finalizar contra o gol de Bachmann. Mas, o jogador do Sassuolo tentou um voleio, falhando de maneira espetacular e gerando revolta dos próprios companheiros de equipe. Coincidentemente ou não, Berardi foi substituído logo em seguida para dar lugar a Federico Chiesa.Já na casa dos 40 minutos, a Itália tentava bolas longas em direção à Belotti (entrou no lugar de Immobile) e Insigne, mas parava no bloqueio austríaco. A seleção Azzurra conseguiu atacar mais na reta final, conseguindo uma bela falta na entrada da área nos acréscimos, mas sem sucesso. Sendo assim, o tempo regulamentar terminou empatado.Prorrogação  Logo aos quatro minutos do tempo-extra, Federico Chiesa finalmente marcou o primeiro gol da partida. O ponta recebeu um ótimo cruzamento de Spinazzola, dominando mal mas conseguindo consertar logo em seguida ao tirar a bola do zagueiro, concluindo a jogada com uma bela finalização cruzada no canto direito do gol de Bachmann. Um a zero para a Azzurra, que enfim conseguiu sentir um pouco de tranquilidade na partida.No final da primeira etapa da prorrogação, Insigne obrigou o goleiro austríaco a fazer uma grande defesa, após uma bela cobrança de falta. Um minuto depois, já aos 15 minutos, Pessina ampliou o placar. Spinazzola (de novo ele) começou a jogada com um excelente passe para Insigne na esquerda. O atacante cruzou rasteiro para área, Acerbi recebeu e conseguiu fazer o pivô, deixando a bola para Pessina que finalizou no canto esquerdo do goleiro. Dois a zero, e o juiz encerrou o primeiro tempo da prorrogação logo em seguida.Na segunda etapa, a Áustria partiu para o desespero. Sabitzer perdeu uma chance incrível, o substituto Schaub conseguia levar perigo no ataque, e quando falhavam no último terço, a Itália desperdiçava em contra-ataques com o campo praticamente livre para avançar. No “abafa”, a Áustria conseguiu diminuir aos nove minutos. Schaub cobrou escanteio e Kalajdzic, no primeiro poste, cabeceou de peixinho no limite entre a trave e o goleiro Donnarumma. Chiesa quase marcou o terceiro gol após dar um chapéu em Bachmann, mas Trimmel conseguiu vencer na corrida e tirou a bola. O esforço austríaco não foi suficiente, e a apreensão dos italianos terminou quando o árbitro inglês Anthony Taylor apitou o fim da partida.Resultado: Itália 2 x 1 Áustria  A Áustria foi valente, não se importou com o favoritismo do adversário, e colocou o sucesso italiano em cheque em diversos momentos. Um desfecho de partir o coração dos austríacos, mas que consagra o sucesso da excelente seleção italiana de Roberto Mancini. Apaixonados, intensos, objetivos. Talvez o confronto tenha tido um pouco mais de emoção do que o esperado, mas a Azzurra conseguiu segurar os ânimos no ápice do nervosismo. Com “dedo do técnico”, os substitutos Chiesa e Pessina classificaram a seleção, mas é importante destacar a fenomenal atuação de Spinazzola, fundamental nos dois gols de sua equipe.  Além do triunfo, a Itália atingiu a interessante marca de 1.159 minutos sem sofrer um gol; a maior da história da seleção. Em uma partida como esta, estes dados se tornam fúteis, mas é importante para lembrar a consistência defensiva da equipe.A Itália enfrentará o vencedor entre Bélgica e Portugal, partida que acontecerá neste domingo (27).

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