(por Fabrício Carvalho, do Rio de Janeiro)A Conmebol marcou para a manhã desta sexta-feira (3) uma reunião de emergência para reavaliar o programa de segurança na final da Conmebol Libertadores entre Boca Juniors e Fluminense, no Maracanã. A informação foi antecipada pela ESPN Argentina e confirmada pela Playmaker Brasil.As informações apuradas com jornalistas argentinos presentes no Rio de Janeiro indicam que a Conmebol ficou muito incomodada principalmente com a reação da Polícia Militar do Rio em relação aos torcedores do Boca Juniors que movimentavam-se pela cidade.Diversas imagens nas redes sociais e relatos na imprensa argentina mostram que policiais agiram em diversos momentos na Zona Sul do Rio (em lugares como Copacabana, Leblon, Botafogo e Lapa, mais localizado na região central) durante a noite buscando dispersar concentrações de torcedores argentinos em pontos turísticos da cidade com bombas de gás lacrimogêneo.Além disso, torcedores argentinos acusam a Polícia Militar do Rio de agir contra a simples presença dos torcedores do Boca Juniors em locais públicos da cidade, ao mesmo tempo em que não são tomadas as mesmas medidas contra torcedores do Fluminense.Algumas informações preliminares na imprensa argentina chegam a afirmar que a Conmebol não coloca como possibilidade o adiamento da final, mas considera como medida mais extrema a realização da partida com portões fechados no Maracanã e a devolução dos ingressos para os torcedores que compraram as entradas. No entanto, esta é uma possibilidade muito remota.Neste momento, o que existe de medida mais concreta é a contratação de uma equipe de segurança privada para os locais onde a Conmebol possui controle, causada por uma insatisfação com a atitude da Polícia Militar do Rio de Janeiro nos conflitos observados durante a quinta-feira (2).Ativada desde a última segunda-feira para promover a final única no Rio de Janeiro, a Fan Fest oficial da Libertadores, localizado na Praia de Copacabana, fechou mais cedo no feriado de quinta-feira (2) por “medidas de segurança”. O local está previsto para seguir ativo até o fim desta sexta-feira, véspera da final.Incidentes marcaram quinta-feira no RJA Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou em nota oficial divulgada à imprensa que dois argentinos e um brasileiro foram detiso após a briga entre torcedores de Fluminense e Boca Juniors na praia de Copacabana, iniciada próximo ao Posto 2, ao lado da Fan Zone.Os vídeos divulgados nas redes sociais mostram que a confusão saiu do controle durante a tarde e a confusão chegou até ao Posto 5. As imagens mostram policiais dispersando torcedores com bombas de efeito moral, causando correria entre banhistas.Durante a noite de quinta-feira (2), novos episódios de violência contra torcedores do Boca Juniors foram registrados pela imprensa argentina nas areias de Copacabana. Além disso, um vídeo mostra integrantes da Young Flu (organizada do Fluminense) espancando torcedores da equipe argentina em um bar na Zona Sul.Na última terça-feira (30), a Polícia Militar já havia registrado episódio de violência envolvendo as torcidas de ambas equipes, quando um grupo de torcedores do Boca foi agredido e roubado na praia de Copacabana.Nota oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro”A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, na tarde desta quinta-feira (2/11), policiais militares do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM), em conjunto com agentes do 19ºBPM (Copacabana) atuaram em uma confusão entre torcedores em Copacabana, na Zona Sul do Rio.De acordo com o comando das unidades, a confusão teve início na área Funfest da Praia de Copacabana e os policiais presenciaram os ataques entre as torcidas.De imediato, os agentes realizaram um cerco na área, controlaram a situação e dois homens, turistas argentinos e um terceiro homem, brasileiro, foram conduzidos à 12 ª DP.Vale destacar que o policiamento no local está reforçado com policiais do batalhão do 19ºBPM, do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM), do Batalhão de Polícia de Choque e com aeronaves fazendo patrulhamento aéreo. Toda a orla segue sendo monitorada para garantir a segurança dos moradores e turistas.”Imagem: Reprodução
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