(por Mattheus Prudente) No último fim de semana, o polêmico GP do Catar foi realizado em situações climáticas extremas, que foram prejudiciais à saúde dos pilotos, com muito deles passando mal até dentro do carro. Durante a semana, vários pilotos e fãs da categoria reclamaram do que aconteceu, mas, para Jenson Button, isso não é suficiente, cobrando mais atitudes dos pilotos. Para Button, se os pilotos não se juntarem para reclamar, a FIA não vai mudar as diretrizes, mas reconhece que uma solução para essa situação é mutio difícil e precisa ser pensada: “Não senti o quão quente estava, mas um dos maiores problemas do Catar é que esses caras estão com G alto em toda a pista. O calor… quero dizer, tivemos muitas corridas quentes no passado. Mas acho que o maior problema para eles é que seus corpos ficaram em G lateral tão alto, por tanto tempo, que você não consegue respirar. Eles não conseguem levar oxigênio ao sangue, então esse é o maior problema. Você não pode fazer nada além de ar-condicionado, e nunca ouvi falar disso em um carro com cabine aberta. A IndyCar tem um cockpit meio fechado e está claramente quente nesses carros, e eu sei que eles não têm direção hidráulica, então sei que isso os afeta também. Mas eles não exercem as mesmas forças G que um carro de F1 exerce [em uma pista]. Quando corri na NASCAR em Austin, quase parei na corrida. Eu disse à equipe: ‘Não posso mais fazer isso’ – eu estava com muito calor. Portanto, carros diferentes têm problemas diferentes com o calor. Até que os pilotos se manifestem, eles não vão mudar isso. Lembro-me de correr F1 na Malásia, quando minha garrafa de água quebrou, tive grandes problemas na corrida. Você começa a tremer e depois perde a visão. Então fica perigoso. Eu senti o quão ruim pode ser,” disse Button. Pilotos com problemas físicos Logan Sargeant, da Williams, teve que abandonar a prova devido a problemas físicos, enquanto Esteban Ocon, da Alpine, também passou mal. Lance Stroll, da Aston Martin, chegou perto de desmaiar após sair do carro, tendo que ser amparado, enquanto outros pilotos tiveram que se dirigir ao centro médico após o final da corrida. O inglês Lando Norris, da McLaren, considerou a forma como a prova aconteceu extremamente perigosa, deixando claro que não achava que tinha sido seguro. “Nunca é uma situação agradável de se estar. Algumas pessoas acabam no centro médico ou desmaiam, e coisas assim. Então, é muito perigoso”, declarou o piloto. Medidas da FIA Para o GP do Catar da próxima temporada, algumas situações estão sendo revisadas pela FIA, principalmente a data da prova, que estava acontecendo no meio da primavera. No entanto, a entidade vai lançar uma investigação completa no que se diz respeito ao circuito, para que não aconteçam os problemas com pneus que aconteceram neste ano.
Automobilismo
