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Automobilismo

Cinco lições que tiramos do GP do Catar

(por Pedro Gama) No último domingo (08), Doha sediou mais uma etapa do Campeonato Mundial de F1 de 2023, o GP do Catar, e a Playmaker Brasil destacou cinco lições que podemos tirar da corrida.Incompetência coletivaA curva 18 do Grande Prêmio, que circunda o Estádio Lusail, palco da última final da Copa, mostrou-se muito mais desafiadora do que uma simples tangente. Devido ao formato da zebra, a Pirelli, em conjunto com a FIA, constatou que o atrito com o local causava danos estruturais aos pneus. Como resultado, no sábado, foi emitida uma diretiva técnica limitando o uso de um composto por até 18 voltas. Isso causou confusão tanto para os competidores quanto para os telespectadores. Com mais de 54 paradas nos boxes, a prova tornou-se difícil de ser acompanhada, pois o grid mudava constantemente. A corrida realizada na primavera também expôs outro fator já conhecido: as altas temperaturas da região, causando sérios danos físicos a vários pilotos e até mesmo resultando em abandonos devido à desidratação. Essa condição precária coloca em risco não apenas os pilotos, mas todo espetáculo, devido ao aumento considerável do risco de um piloto desmaiar e causar um acidente sob tais condições.Mercedes: de volta para o passado?Logo na primeira curva, o heptacampeão Lewis Hamilton, em uma manobra imprudente para ultrapassar o líder Max Verstappen, colidiu com seu companheiro, George Russell, que ficou espremido entre os dois carros. Como resultado, Hamilton teve que deixar a corrida, e Russell precisou fazer uma parada nos boxes, caindo do terceiro para o último lugar. Embora George tenha conseguido se recuperar e terminar a corrida em quarto lugar, a situação revela um problema crescente na equipe Mercedes. Pela segunda corrida consecutiva, seus dois pilotos se encontraram na pista, e, desta vez, houve reclamações de George pelo rádio. Toto Wolff tem indiscutivelmente dois pilotos rápidos e competentes, mas ele terá que resolver esse problema rapidamente para evitar que a situação se assemelhe a 2016, quando Hamilton e seu companheiro, Nico Rosberg, colidiram várias vezes na pista.McLaren: azedou?A equipe inglesa, com a vitória do australiano Oscar Piastri na Sprint Race do sábado, atingiu a incrível marca de 500 pódios em sua história na Fórmula 1. Além disso, teve mais um bom desempenho na corrida de domingo, com seus dois carros novamente no pódio. No entanto, desde a prova em Suzuka, novos elementos surgiram na equipe. Lando Norris expressou sua frustração pelo rádio durante a corrida, alegando que estava mais rápido e desejava ultrapassar Oscar, mas teve sua solicitação negada. Com seu companheiro, um novato que já venceu corridas, Lando parece estar frustrado com o tratamento da equipe. Vale a pena observar como Zal Brown lida com o ego de seus dois jovens talentos.Logan Sargeant: de novo…O piloto americano da Williams abandonou mais uma corrida, sendo a terceira consecutiva em que não conseguiu completar a prova. Sob pressão, muita expectativa estava sobre Logan neste fim de semana, especialmente porque James Vowles deu uma entrevista garantindo que ele teria a chance de correr até o final do ano. No entanto, é um fato que o assento de Sargeant é um dos mais disputados da F1. Se ele quiser permanecer na categoria no próximo ano, Sargeant precisará começar a se hidratar durante as provas e melhorar seu desempenho.Lance Stroll: já deu, né?Nesta semana, a Aston Martin anunciou que disputará o Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC) nas próximas temporadas, aumentando os rumores sobre uma possível saída de Lance Stroll da F1. O canadense está tendo uma temporada aquém das expectativas e, mais uma vez, não conseguiu pontuar, apesar de sua equipe lutar pelo vice-campeonato mundial de construtores. Os pontos que Lance deixa escapar em cada corrida são cruciais. Mesmo que seu pai seja o dono da equipe, e a pressão dos patrocinadores por um piloto mais consistente e que ajude a equipe está aumentando a cada corrida. Nesta reta final de temporada, é importante observar o futuro do piloto canadense e como ele lidará com a pressão real sobre seu desempenho pela primeira vez em sua carreira.

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