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Futebol

Com muita emoção, Fluminense derrota Boca e conquista a Libertadores pela primeira vez

(por Rafael Lima)Chegou o grande dia! Neste dia 4 de novembro, o Fluminense foi a campo para sagrar-se campeão da Copa Libertadores da América pela primeira vez em sua história e se tornar o 11° clube brasileiro a alcançar esse feito. Enquanto isso, o Boca Juniors chegou ao Maracanã para conquistar a América do Sul pela sétima vez, igualando o recorde do Independiente, também da Argentina.O Flu chegou à final com um futebol vistoso em muitas partidas, com direito à virada no segundo tempo da semifinal diante do Internacional, no Beira-Rio, e goleada histórica diante do River Plate na fase de grupos. Já o Boca foi muito mais pragmático, lutando por cada palmo de campo e superando os adversários na base da vontade, da marcação firme, do goleiro Romero e do atacante Cavani.A expectativa para a decisão era de um jogo com o Fluminense tomando conta da posse de bola e pressionando na maior parte do tempo e o Boca diminuindo e brigando pela bola o tempo todo para sair em velocidade nos contragolpes, contando também com o faro de gol de seus atacantes. Cano só precisa de uma bolaO jogo começou com o Fluminense controlando completamente a partida. Com a posse de bola até a intermediária, o tricolor tentava furar o bloqueio dos xeneizes no último terço de campo, só que a marcação Argentina era fortíssima. Nesta toada, nenhuma chance de grande perigo nos primeiros 15 minutos, e o Boca, mesmo sem a bola, teve a melhor chegada num contra-ataque em que Merentiel chutou e Fábio defendeu com tranquilidade. Os dois times estavam bem nervosos, antecipando jogadas e muitos jogadores tinham a bola queimando no pé. Aos poucos o Boca Juniors equilibrou a partida, tornando o jogo um perde e ganha. As equipes apresentavam muito mais transpiração do que inspiração. O tempo passava e ambas as equipes tinham dificuldades em pisar na área adversária. O Fluminense, mais técnico, não tinha o menor espaço para criar jogadas, com a dobra de marcação do Boca. Porém, aos 36 minutos, um toque de primeira de Árias para Keno matou a defesa do Boca, e o atacante cruzou por baixo, consciente, nos pés de Cano, que de primeira marcou o primeiro gol da decisão, para explodir o Maracanã nas três cores que traduzem tradição. 1 a 0 para o Tricolor Carioca!Depois do gol o Fluminense seguiu em cima do Boca, pressionando, se aproveitando do momento psicológico mais frágil do time argentino. Entretanto, como na maior parte do primeiro tempo, o time carioca não conseguiu criar mais nenhuma chance clara, assim como os xeneizes também não assustaram Fábio. Assim, a etapa inicial foi pra conta, com o Flu na frente no faro do artilheiro Cano.Fluminense se retraiu e a bola puneNo segundo tempo, o Boca Juniors voltou com a marcação alta, tentando roubar a bola no campo de ataque, porém, por mais que não deixasse o time carioca jogar, a equipe xeneize não trocava muitos passes no campo ofensivo, trabalhando apenas cruzamentos na área. O perde e ganha da primeira etapa seguia, com os times com dificuldades em trocar passes e muitas faltas de parte a parte. O tempo passava com muitas reclamações e praticamente nenhuma chance de gol nos primeiros 25 minutos, exceção a um chute de André bem defendido por Romero e um de Ezequiel Fernández bem defendido por Fábio.Eis que aos 27’, com o Fluminense todo retraído, dando campo para o Boca Juniors, o gol de empate xeneize saiu, com um chute de longe de Advíncula, de perna esquerda, sem ser incomodado. Final empatada no Maracanã.O jogo brigado só interessava ao Boca e assim o Flu sofria muito para criar qualquer tipo de jogada ofensiva. Dos dois lados os treinadores fizeram alterações ofensivas, mas o segundo tempo seguia totalmente amarrado. Na base da vontade, assim como em toda esta edição da Libertadores, os xeneizes igualaram à força do adversário. Na reta final, Fernández chutou com perigo para o Boca, enquanto para o Flu, nos acréscimos, Árias bateu uma falta perigosa que tocou na barreira e foi para escanteio. Só que a melhor oportunidade do segundo tempo veio num lançamento de Lima para Diogo Barbosa, que na cara do gol chutou mal, para fora, ao invés de servir Cano.Depois disso, mais nada aconteceu e a decisão foi para a prorrogação.A estrela de John Kennedy brilhouNo tempo extra os dois times tocaram mais a bola, cercaram bem, mas não eram incisivos. Ambos pareciam com medo do outro. Até que aos oito minutos da prorrogação, Diogo Barbosa deu belo passe na cabeça de Keno, que ajeitou para John Kennedy chutar de primeira e fazer a torcida explodir no Maracanã. Na efusiva comemoração, o jovem artilheiro acabou expulso por receber o segundo cartão amarelo na partida. O restante do jogo seria dramático!Após o gol, o Fluminense, com um jogador a menos, se retraiu e estacionou um ônibus na frente da sua própria área, dando a bola para o Boca. E, no fim da primeira etapa do tempo extra, muita polêmica. O VAR teve que checar um possível pênalti de Guga e uma agressão de Fabra em Nino. Wilmar Roldán, não deu a penalidade, mas expulsou o lateral colombiano do Boca, finalizando assim o primeiro tempo da prorrogação.Ônibus tricolor na frente da área para garantir o títuloNo segundo tempo do tempo extra a tônica era muito clara, o Boca Juniors pressionando na base da vontade e do chuveirinho, enquanto o Flu jogava com os 10 da intermediária para atrás. Com três minutos os argentinos tiveram um chute perigoso com Benedetto. Depois disso, aos cinco, Langoni obrigou Fábio a fazer uma boa defesa. O Boca foi com tudo para cima, dando espaço para o Fluminense e, aos oito minutos, Guga, na cara do gol, teve a chance de sacramentar o título, mas a bola caprichosamente tocou na trave de mansinho. Depois disso, o Boca tentou, mas ficou longe de conseguir o empate. O titulo da principal competição do continente é pela quinta vez consecutiva de um clube brasileiro. Final/prorrogação: Fluminense 2×1 Boca Juniors Festa do campeão merecidoO Fluminense finalmente se iguala ao Flamengo (três vezes) e o Vasco como cariocas que já conquistaram a Libertadores, num título merecidíssimo, pelo time que jogou o futebol mais bonito da competição, sem perder a competitividade. Esta conquista do Flu coroa o trabalho de Fernando Diniz, que provou que é possível jogar com a bola no chão, encher os olhos e ganhar títulos. Além dele, essa taça leva o nome de todo o elenco, desde os experientes Fábio, Ganso e Marcelo, passando pelos já ídolos Nino, Árias, Keno e Cano, além dos jovens André e John Kennedy, que são algumas das caras mais importantes do maior título da história do clube. Show no campo e nas arquibancadas. Se você é tricolor, comemore muito, porque essa conquista jamais será esquecida.

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