(por Cassiano Pinheiro)No estádio Diego Armando Maradona em Nápoles, o Napoli, líder da Serie A recebeu a Juventus para o jogo mais aguardado dessa rodada do campeonato italiano. O clássico que tradicionalmente já possui um clima muito quente, tinha um caráter decisivo maior ainda devido à franca ascensão da “Vecchia Signora” na liga. Eram oito vitórias seguidas, sem sofrer gols no período e agora com a chance de encarar o líder para diminuir a diferença e colocar fogo no campeonato. Após o “susto” da derrota contra a Inter, o Napoli se recuperou contra a Sampdoria e vinha embalado e com o apoio da torcida. Os donos da casa começaram em ritmo frenético desde o início, o setor ofensivo napolitano se aproveitava dos espaços deixados nos lados, por Chiesa e Kostic que pouco voltavam para ajudar o trio de zaga brasileiro (Danilo-Bremer-Alex Sandro). O trio de volantes juventinos (Locatelli, Rabiot e McKennie) eram completamente dominados por Lobotka, Anguissa e Zielinski. O primeiro gol não demorou a acontecer. Após cruzamento de Politano, Kvaratskhelia deu um lindo voleio, o goleiro Szczesny conseguiu defender, mas deu rebote e Osimhen estava lá para conferir. Depois de abrir o placar o Napoli continuou em cima e próximo do fim da primeira etapa veio o segundo gol, novamente a jogada nasceu na direita com Politano, Osimhen disputou a bola com Bremer e deu um passe açucarado para Kvara chegar batendo de primeira para o fundo das redes. Aquela altura o Napoli fez 2×0 em casa, a torcida foi a loucura e parecia que o terceiro era só questão de tempo. No entanto, a Juventus deu um contragolpe em boa hora, três minutos depois, em uma jogada aparentemente despretensiosa e sem muito perigo a bola sobrou para Di Maria, e o craque argentino bateu muito bem de canhota para diminuir o marcador. Por alguns minutos o estádio ficou em silêncio, fim do primeiro tempo e aparentemente a Juventus estava de volta ao jogo. No começo da segunda etapa, uma esperada reação da equipe do norte não aconteceu, simplesmente porque a equipe de Luciano Spalletti foi um rolo compressor. O terceiro gol veio com Rrahmani, pegando de primeira um escanteio cobrado por Kvara. O quarto gol saiu após mais uma falha de Bremer que afastou mal a bola, a redonda sobrou nos pés de Kvara que deu um lindo cruzamento para Osimhen cabecear bonito para o fundo das redes. O golpe fatal chegou através de uma bonita construção ofensiva, quando Di Lorenzo passou para Elmas dar um bonito corte dentro da área, finalizar e contar com o desvio em Alex Sandro para marcar. Ainda havia cerca de 20 minutos de jogo, e o Napoli até ameaçou mas não fez o sexto e no fim acabou diminuindo o ritmo e também substituindo suas principais peças que foram ovacionadas por uma torcida em êxtase. Com a vitória a equipe do sul da bota abre agora 10 pontos de vantagem para Milan (1 jogo a menos) e Juventus e se estabelece como grande favorito ao tão sonhado Scudetto, não só pela diferença de pontos, afinal ainda estamos na metade da Serie A, mas pelo futebol envolvente, praticamente um show de bola em quase toda partida, é o que a equipe de Spelletti vem fazendo nessa primeira parte da temporada europeia. Os napolitanos enfrentaram um adversário que vinha em ótima sequência, não sofria gols há oito jogos, um rival tradicionalmente superior, que impõe medo e simplesmente triturou-o em campo. Para a Juventus é uma sexta-feira 13 daquelas, o time não existiu em campo, somente Di Maria com um gol e uma bola na trave teve uma atuação boa, todos os outros abaixo da crítica, o trio de zaga brasileiro sofreu do início ao fim. Bremer foi facilmente batido no confronto físico e técnico com Osimhen, já Danilo e Alex Sandro sofreram com Kvara e os outros pontas do Napoli. Uma goleada para se impor na Serie A e para ficar na história do time, o que o Napoli fez hoje e vem fazendo durante todo esse primeiro turno o credencia como favorito ao título italiano. Final de jogo: Napoli 5-1 Juventus
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