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Confira a trajetória de Kevin Randleman, eleito para o Hall da Fama do UFC no último sábado

(por Rafael Lima) Na semana passada o UFC informou que Georges St-Pierre foi incluído no Hall da Fama da organização. Já no último sábado, o eleito foi Kevin Randleman, morto em 2016 por ataque cardíaco, que recebeu a homenagem póstuma. Confira um pouco da trajetória desse verdadeiro monstro que deixou saudades, mas terá o seu legado preservado com essa eleição. Kevin Randleman foi um dos melhores wrestlers universitários dos Estados Unidos, com o impressionante cartel de 122 vitórias e 11 derrotas na modalidade. Após esta carreira de sucesso, o monstro, incentivado por seu técnico Mark Coleman (lenda do UFC), resolveu entrar para o antigo vale-tudo, começando sua trajetória nos primórdios das artes marciais mistas em eventos brasileiros, onde conseguiu ser campeão do Universal Vale Tudo Fighting 4. Nesta “andança” pelo Brasil, Kevin Randleman enfrentou nomes importantes da história do nosso MMA, como Ebenezer Fontes Braga, lutador que ele derrotou, e o grande Carlão Barreto, que acabou finalizando o americano, na primeira derrota de Randleman como profissional.O monstro estreou no UFC em 1999, vencendo o experiente e bem conceituado Maurice Smith por decisão unânime, chocando o mundo das lutas. Na seqüência, Kevin Randleman já foi alçado para a disputa do cinturão contra o lendário lutador holandês Bas Rutten, que estava invicto há 19 lutas na ocasião. Para muitos, Randleman venceu aquele combate, porém, os juízes deram a vitória para Rutten por decisão dividida.Então, Bas Rutten decidiu se aposentar e, com isso, Randleman teve uma nova chance de disputar o cinturão. Desta vez, ele não deixou a oportunidade escapar, e venceu o striker Pete Williams na decisão unânime. Na primeira defesa do título, o monstro enfrentou um trocador ainda mais forte, o brasileiro Pedro Rizzo, e conseguiu se manter campeão com seu wrestler bem ajustado. Um ano após a conquista do cinturão dos pesados contra Williams (novembro de 1999), Randleman enfrentou Randy Couture em mais uma defesa, porém, foi nocauteado com um saraivada de socos, pois pela primeira vez na carreira de lutador de MMA enfrentou um wrestler de classe mundial, que anulou seu jogo.Depois dessa derrota, Randleman ainda sofreria um belo nocaute diante de Chuck Liddell no primeiro round. Mas, depois dos dois resultados negativos, Kevin Randleman venceu o brasileiro Renato Babalu por decisão unânime, e assim, terminou sua trajetória no Ultimate Fighting Championship, na edição 35, em 2002.Após a saída do maior evento de artes marciais mistas do mundo, Kevin Randleman lutou no Pride onde venceu grandes nomes como Murilo Ninja e Mirko Crocop, mas foi derrotado por outras lendas como Quinton “Rampage” Jackson, Kazushi Sakuraba, Fedor Emilianenko, Maurício Shogun e o próprio Crocop na revanche.Randleman passeou por outros eventos japoneses e, já na reta final da carreira, fez lutas no Strikeforce, onde chegou a ser finalizado por Roger Gracie.O cartel de Kevin Randleman no MMA é irregular, 17 vitórias e 16 derrotas, mas sua importância para a modalidade é inegável, ajudando a popularizar o esporte com seu estilo que unia força, velocidade, técnica na luta agarrada e muita explosão.Essa representatividade de Randleman ficou bem clara na fala de Dana White sobre a inclusão do ex-lutador no Hall da Fama do UFC. “Kevin Randleman foi um dos primeiros atletas de verdade nos primórdios do UFC. Ele foi bicampeão nacional de wrestling da Divisão I da NCAA e um All-American na universidade Ohio State. Ele foi o quinto campeão peso-pesado na história do UFC e um dos primeiros atletas a competir com sucesso tanto no peso-pesado quanto no meio-pesado. Ele foi um pioneiro do esporte e é uma honra incluí-lo na classe de 2020 do Hall da Fama do UFC”.  

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