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Futebol

Transferências que nunca deveriam ter acontecido: A saída de Coutinho do Liverpool para o Barcelona

(por Leonardo Costa) A partir de hoje, com certa recorrência, vamos trazer para vocês uma série de textos abordando, de uma forma bem opinativa, algumas transferências do mundo do futebol que não deveriam ter ocorrido.Levaremos em conta jogadores que eram estrelas em seus clubes de origem e consolidados no futebol mundial, mas que, ao trocarem de equipe, por inúmeros motivos, não conseguiram manter o mesmo nível de atuação e viram suas carreiras estagnarem e, até mesmo, regredir.E para começar, vamos de exemplo brasileiro: a saída de Philippe Coutinho do Liverpool para o Barcelona.O ano era 2018. Philippe Coutinho estava em sua quinta temporada atuando pelo Liverpool e era o grande jogador do tradicional clube inglês. Há algumas janelas de transferências o brasileiro já era cobiçado por outros gigantes europeus, até que em janeiro daquele ano o Barcelona desembolsou a bagatela de 135 milhões de Euros para tirá-lo da Inglaterra.O Liverpool resistiu até onde foi possível. Afinal, Coutinho era o maestro do clube e correspondia dentro de campo. Além do mais, o jogador tinha apenas 25 anos na época da negociação, ou seja, ainda tinha muita lenha para queimar pelos Reds. Entretanto, não é todo dia que surge uma oferta como a do Barcelona, o que transformou o meia na então segunda maior transferência da história do futebol mundial.A chegada Coutinho, por obviedade dos valores e também pelo que ele apresentava na Premier League, foi cercada de muita expectativa na Espanha. Mais que isso: no fundo, ainda havia a esperança de encontrar no brasileiro uma estrela capaz de substituir Neymar, que havia sido negociado com o PSG, e formar uma dupla de sucesso com Lionel Messi. Mas, nem tudo saiu conforme o planejado.O brasileiro chegou na janela de inverno, com metade da temporada já disputada. De qualquer maneira, seu encaixe foi rápido e ele terminaria com nove gols e sete assistências em 22 jogos, ajudando o Barcelona a conquistar mais um título de La Liga.Na temporada seguinte o rendimento do meia caiu drasticamente e as críticas não paravam de crescer. Como resultado, empréstimo para o Bayern de Munique, onde alternou bons e maus momentos, apesar das conquistas da Bundesliga e da Champions League. Retornou ao Barcelona para a temporada 2020/21 e durante o ano sofreu uma lesão no joelho que o afastou do gramado por diversos meses e o limitou a somente 14 partidas.Após longo período de recuperação, já não detinha grande prestígio dentro do Barcelona e sua saída parecia questão de tempo. Contra o jogador pesava o fato de seu alto salário, que por um lado dificultava sua permanência no clube espanhol, que precisava diminuir urgentemente sua folha salarial, e por outro, impedia o acerto com diversos clubes que não poderiam arcar com seus altos vencimentos.A solução encontrada foi um empréstimo ao Aston Villa com o Barcelona pagando 45% do salário do jogador. No clube inglês, Coutinho voltaria a encontrar um ex-companheiro de Liverpool, Steven Gerrard, agora como treinador. Com o fim do empréstimo, os Villans compraram o jogador em definitivo por 20 milhões de euros, seis vezes menos do que o Barcelona gastou para tirar o brasileiro da Inglaterra.Em sua passagem pelo Barcelona, Philippe Coutinho disputou 106 partidas, com 25 gols e 14 assistências, porém, com exceção de sua primeira temporada, seus números na Catalunha foram pífios perante tamanho investimento. Já em seus tempos de Liverpool, o brasileiro entrou em campo 201 vezes, anotando 54 gols e contribuindo com 45 assistências, fazendo jus ao apelido de ‘Pequeno Mágico’.Entendo que ciclos terminam, e que também o ‘inferno astral’ de Coutinho poderia ocorrer no próprio Liverpool. Além do mais, falando especificamente do clube inglês, a venda parece ter sido acertada, mesmo desfazendo-se de seu principal jogador. Sem o brasileiro no elenco, Mané e Salah explodiram, o clube conquistou a Champions League e ainda encerrou o jejum na Premier League.Enfim, são por apostas como essa que fazem do futebol um esporte tão incrível de acompanhar. Sorte do Liverpool, azar do Barcelona.

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